Melhoria de Processos

03/12/2016

Última atualização: 25/01/2023

Cadeia de Valor e o LoP: como estes dois conceitos se dividem?

O que é a cadeia de valor?


Cadeia de Valor: a cadeia de valor, segundo a definição de Michael Porter, em seu livro Competitive Advantage, de 1985, é uma maneira de representar uma organização como “um conjunto de atividades desempenhadas para projetar, vender, entregar e dar suporte a seu produto”. Três dimensões do conceito da cadeia de valor trazem, a ideia de Processo Central ao foco:


A cadeia de valor reforça a interconexão-chave entre atividades de negócios e o sucesso corporativo. Cada função desempenha um papel (ou deveria desempenhar) na meta básica da organização: fornecer um valor singular ao seu mercado e clientes. Qualquer quebra ou ligação fraca na cadeia (ex: rivalidades internas) diminui o valor fornecido.


As funções primárias estão envolvidas na criação física do produto (ou serviço) e em sua venda e transferência ao comprador, além da assistência pós-venda”. Funções classificados por Porter como “atividades de suporte” incluem recursos humanos, finanças, fornecimento e até mesmo a alta gerência. No mundo corporativo, geralmente, as funções de suporte têm mais influência ou recebem mais atenção do que as funções primárias. É o caso clássico do “rabo abanando o cachorro”.



Como definir uma Cadeia de Valor?


Cadeia de valor é, algo normalmente definida no nível da unidade operacional de uma organização. Uma cadeia de valor que abranja toda a corporação, englobando várias unidades de negócios, seria de menor significado.


O conceito de cadeia de valor, como apresentado por Porter, tem a ver com a organização como um conjunto de processos, tal qual profetizado por Deming na icônica reunião da JUSE de 1950. Porém, quando você se aprofunda nas atividades da cadeia de valor que ele descrever, poderá ficar surpreso. Por que? Porque as atividades são muito mais parecidas com departamentos ou funções, ligadas a visão tradicional de “organograma” de uma empresa, e não com a visão do processo proposta por Deming.


Apesar da mensagem relevante paras empresas que estão tentando definir e priorizar seus processos de negócios ser clara. A mensagem é: aqueles processos que fornecem produtos e serviços aos clientes são primários, e os outros, secundários.


No artigo que escrevemos sobre a organização como sistema de Deming, vimos que a visão em processos se dá de fato. E, ao invés de processos centrais (ou core) e processos de suporte, Deming divide os processos em 3 classes. São elas: direcionadores, missão e de suporte. Os processos de gestão estratégica e coletar feedback dos clientes, estão agrupados nos direcionadores. Já os processos principais, como chamados por Porter, Deming chama de missão ou main-stay. Estes, são os mais importantes para que a empresa entregue a sua missão. Já os que sobram, são chamados de processos de suporte e tem como missão, suportar os processos principais.


Assim, fica claro aos nossos Green Belt e Black Belt a relação interessante que há entre o LoP do Deming e o conceito de cadeia de valor de Porter. Porém, mesmo sendo um conceito 35 anos mais novo, ainda prefiro Deming. Porter, retoma a cadeia de valor, mas esquece de conectar os processos e, quando você entra numa grande organização, a ausência de processos, promove o caos.


Mas, para ilustrar, vale a pena mencionar alguns exemplos de processos centrais e processos de suporte.



São processos Centrais



São processos de Suporte



Como o Lean Seis Sigma turbina sua cadeia de valor?



As organizações que aplicam os princípios Lean Six Sigma às suas cadeias de valor podem criar uma vantagem competitiva, aumentar as receitas e melhorar o moral dos funcionários.

Enfim, estes são apenas alguns dos processos ilustrados por Porter no seu livro sobre cadeia de valor. Para se aprofundar mais, recomendo nossas certificações Black Belt e Master Black Belt. Se quiser ir mais fundo, o livro do Peter Scholtes irá ajuda-lo nesta tarefa.