Empatia: qual sua importância e como praticá-la
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, prestar atenção, tentando entender as dores do outro. Isso abrange pensamentos, ações ou sentimentos em relação a qualquer assunto que esteja sendo tratado. Confira nesse artigo tudo sobre o conceito, a importância da sua prática e como desenvolver a empatia cognitiva, através dos seguintes tópicos:
- O que é empatia?
- Por que a empatia é importante?
- Qual a importância da empatia no ambiente de trabalho?
- Como desenvolver empatia?
O que é empatia?
O conceito de empatia parte do mesmo princípio que outras habilidades do dia a dia no relacionamento humano, a capacidade de identificação. Sua prática consiste na identificação e compreensão em nível emocional, para com o que o outro sente ou vive.
Ou seja, trata-se da habilidade de internalizar o contexto apresentado, ou vivido, pela outra pessoa e capacidade de se colocar “no lugar dela”.
Para que essa internalização emocional seja possível, é preciso aceitar suas próprias vulnerabilidades e problemas, para assim, admitir que todos têm falhas e não julgar ou condicionar as realidades adversas sem antes tentarmos ser empáticos.
Basicamente, o princípio de que “você não fará com os outros, aquilo que não gostaria que fizessem com a sua pessoa”, é a explicação da empatia de forma rápida e clara.
Quais são os tipos de empatia?
Existem diferentes tipos de empatia que nos permitem compreender e nos conectar com os outros de várias maneiras. Os três tipos principais de empatia são:
- Empatia cognitiva: também conhecida como "perspectiva", a empatia cognitiva envolve a capacidade de compreender e reconhecer os pensamentos, crenças e visões de outra pessoa. Isso nos permite prever como alguém pode se sentir ou reagir em uma determinada situação e ajustar nosso comportamento de acordo.
- Empatia emocional: empatia emocional refere-se à capacidade de compartilhar os sentimentos e emoções de outra pessoa. Isso pode incluir alegria, tristeza, raiva ou medo, por exemplo. Quando sentimos empatia emocional, somos capazes de nos conectar com os outros em um nível mais profundo e apoiá-los de maneira mais eficaz.
- Empatia compassiva: Também chamada de empatia afetiva, a empatia compassiva vai além de simplesmente entender e compartilhar os sentimentos dos outros. Ela envolve o desejo de agir e ajudar a outra pessoa que está passando por um situação difícil. Esse tipo de empatia nos motiva a prestar apoio emocional, oferecer ajuda prática ou tomar decisões que melhorem a vida da pessoa.
É importante ressaltar que os diferentes tipos de empatia não são mutuamente exclusivos e, muitas vezes, se sobrepõem. Ao desenvolver e aplicar essas diferentes formas de empatia, melhorar nossa habilidade de nos conectar e apoiar as outras pessoas de maneira mais eficaz, criando relações mais fortes e significativas.
Qual a diferença entre empatia e simpatia?
A simpatia é a capacidade de sentir pena ou compaixão por outra pessoa que está passando por uma situação difícil ou desagradável. A simpatia pode ser expressa através de palavras ou gestos de apoio, mas não envolve necessariamente uma compreensão profunda dos sentimentos da outra pessoa.
Já a empatia é a capacidade de entender e compartilhar os sentimentos de outra pessoa. Ela envolve a habilidade de se colocar no lugar do outro, ver a situação a partir da perspectiva da outra pessoa e sentir suas emoções como se fossem suas próprias. A empatia pode levar a uma maior conexão emocional com a outra pessoa e pode ajudar a construir relacionamentos mais fortes e saudáveis.
Por que a empatia é importante?
Desde sempre a empatia é vista como uma competência comportamental importante mas, ultimamente, tem ganhado maior visibilidade para sua necessidade e aderência, principalmente no ambiente de trabalho e, até mesmo, no marketing digital.
Desenvolvê-la é de suma importância para que você esteja preparado para se desenvolver pessoal e profissionalmente, e reagir, de forma positiva e assertiva, à situações de adversidade. Além disso, a empatia cognitiva nos possibilita enxergar contextos sob outros pontos de vista e, assim, ampliar nossa visão e ferramentas de solução de problemas.
Por que praticá-la?
Partindo do ponto que vivemos em sociedade, temos o dever de nos relacionarmos com outras pessoas, tentando entender como lidar com seus sentimentos e emoções.
A melhor forma de fazer isso, é através da empatia. Afinal, ser empático é entender melhor e se colocar no lugar de outra pessoa para então, expor suas próprias opiniões. Ou seja, os benefícios são mútuos e diretos.
Sentir empatia pode nos tornar capazes de desenvolver nossa inteligência emocional, o que, por si só, é extremamente benéfico e útil para a vida toda. Somado a isso, nos proporciona uma melhoria da qualidade de vida, pois os níveis de estresse são menores, uma vez que situações adversas, como discussões por exemplo, são solucionadas mais calma e objetivamente.
Portanto, não se trata de ceder ou concordar com tudo, mas sim, colocar-se no lugar do outro. Empatia é a capacidade de saber e assimilar qual a conduta seria mais adequada, se a conversa ou atitude fosse tomada para com você.
Quais as características de uma pessoa empática?
Uma pessoa empática é um indivíduo em posição de referência e deve apresentar as seguintes características:
- Pensa e considera o receptor antes de falar;
- Sabe escutar: é um ouvinte ativo e encorajador;
- Tenta compreender e reconhece a importância das perguntas;
- Cria conexões diversas.
Como desenvolver a empatia?
A empatia, assim como outras demais competências, pode ser desenvolvida. Para isso, você pode criar o hábito de praticar as seguintes posturas. Veja:
- Esteja acessível e disposto a ajudar;
- Saiba se comunicar, considere o outro;
- Respeite a opinião alheia;
- Avalie sua perspectiva em relação a outra pessoa;
- Saiba reconhecer e interpretar suas emoções.
Pratique estas atitudes e as aprimore ao longo do tempo. O resultado de colocá-las em ação é se tornar mais empático e preparado para a vida como um todo. Contudo, é preciso reforçar que nem todo mundo desenvolve a empatia, e nem toda pessoa se torna mais empática. Afinal, essa é a capacidade de, acima de tudo, se abrir e se importar com os demais, e é normal que nem todos os indivíduos estejam dispostos, ou preparados, a isso.
Quais são os benefícios da empatia para a vida pessoal e profissional?
No ambiente de trabalho, estamos constantemente lidando com pessoas com as quais não convivemos durante o dia a dia e que, não necessariamente, desenvolvemos alguma relação afetiva.
Contudo, isso não nega a importância das boas práticas de convivência, tentando entender o outro. Assim ser empático traz algumas vantagens para o convívio de uma equipe, sendo elas:
Opiniões mais fluidas
Uma equipe de pessoas empáticas compartilha informações e opiniões de maneira mais fluida e concisa, pois a constante busca para encontrar um “denominador comum” para novas ações e cenários exige isso. Quer dizer, a comunicação dessa equipe é fundamentada em conhecimento técnico e filtrada por habilidades sociais, para que encontre o receptor da melhor forma.
Ambiente de trabalho mais saudável
Ser empático no âmbito corporativo é algo fundamental para que as relações de trabalho sejam saudáveis, e assim se mantenham para que melhores resultados, dentro de uma equipe ou departamento, sejam obtidos em conjunto e agreguem para a empresa.
Gestão de equipe
Se você almeja um cargo de liderança, a empatia cognitiva pode te ajudar e muito ao lidar com recursos humanos, pois criar e cultivar a empatia no ambiente de trabalho é uma das formas mais assertivas e inteligentes de se aprimorar na gestão de equipes.
Ambientes harmoniosos e que proporcionam baixa frustração, são mais produtivos, adaptam-se melhor a mudanças e estão mais propícios a estabilidade.
Trabalho em equipe
Uma gestão que lida bem com recursos humanos e tem ambiente mais harmonioso, tende a ter uma melhora significativa no desempenho do time como um todo. Além de aumentar a confiança dos membros do time a trabalhar com feedbacks assertivos.
Melhoria nos relacionamentos
A empatia pode ajudar a construir relacionamentos mais fortes e saudáveis, pois permite que as pessoas se conectem emocionalmente e se compreendam melhor.
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Qual é a importância da empatia na resolução de conflitos?
Ajuda a diminuir a tensão emocional
Quando as pessoas se sentem compreendidas e ouvidas, elas tendem a se acalmar e a diminuir a tensão emocional em um conflito.
Fomenta a comunicação
A empatia permite que as pessoas se comuniquem de forma mais aberta e honesta, o que pode ajudar a resolver mal-entendidos e a clarificar as preocupações de cada parte.
Permite a compreensão das perspectivas diferentes
A empatia permite que as pessoas entendam os pontos de vista e preocupações uns dos outros, o que é essencial para encontrar soluções mutuamente satisfatórias.
Ajuda a encontrar soluções criativas
Quando as pessoas se colocam no lugar uma da outra, elas podem ser mais criativas na busca de soluções que atendam às necessidades de ambas as partes.
Existe algum limite para a empatia?
Autopreservação
Em algumas situações, a empatia pode ser difícil, especialmente quando uma pessoa precisa proteger sua própria segurança ou bem-estar. Por exemplo, se uma pessoa estiver em perigo iminente, ela pode precisar colocar sua própria segurança em primeiro lugar e não se preocupar com os sentimentos da outra pessoa.
Sobrecarga emocional
Quando uma pessoa é exposta a muitas situações emocionais intensas, ela pode se sentir emocionalmente sobrecarregada e ter dificuldade em sentir empatia por outras pessoas.
Falta de conhecimento ou experiência
É difícil sentir empatia por situações que a pessoa não conhece ou nunca experimentou. Nesses casos, é importante ter cuidado para não julgar a outra pessoa com base em preconceitos ou falta de compreensão.
Dificuldades pessoais
Quando uma pessoa está lidando com suas próprias dificuldades emocionais ou traumas, pode ser difícil para ela sentir empatia pelos outros, pois sua atenção e energia emocional podem estar focadas em sua própria recuperação.
Diferenças culturais ou linguísticas
A empatia pode ser limitada em situações em que há diferenças culturais ou linguísticas significativas, pois as nuances da linguagem e das interações sociais podem ser difíceis de entender.