Faculdade de Gestão de Qualidade: tudo sobre o curso e se vale a pena fazê-lo
Já ouviu falar da faculdade de Gestão de Qualidade? Esse curso de ensino superior busca te capacitar para atuar como um gestor de qualidade em diferentes setores e empresas. Nesse sentido, em um mundo que tem indicadores como parâmetro, dominar as normas internacionais – ISO, Inmetro, e outras – é imprescindível. Mas será que é de uma graduação que você precisa? Descubra a seguir!
O que é uma graduação em Gestão de Qualidade?
A princípio, a graduação em Gestão de Qualidade é um curso que busca capacitar alunos a atenderem e adequarem-se às normas internacionais de qualidade. Uma vez que possui um perfil interdisciplinar, por lidar com diferentes indústrias e segmentos, é um curso que tem crescido exponencialmente. Sendo assim, a cada ano novos índices e associações são criadas para ratificar a qualidade e credibilidade das empresas, e estar atento à gestão de qualidade é indispensável para fazer parte delas.
Ela é reconhecida pelo MEC?
Sim, pois existem cursos de graduação em Gestão de Qualidade reconhecidos pelo MEC como instituições de Ensino Superior. Além disso, esses cursos podem ser especializações dentro de cursos mais amplos, como administração, ou graduação próprias, tanto em modelo de ensino a distância quanto em ensino presencial.
Que instituições têm o curso reconhecido pelo MEC?
Qual a duração de um curso de Gestão de Qualidade?
Em suma, como é possível observar na tabela e avaliando a média dos cursos, possuem uma duração em torno de 2.780 horas. O período comporta diferentes intervalos de tempo e semestres de aulas, normalmente entre 2 e 4 anos. Então durante eles, os alunos têm contato com diversos materiais, como tópicos específicos do segmento em que estejam se especializando, conceitos gerais de administração e qualidade e atividades práticas.
Qual o preço médio do curso de Gestão da Qualidade?
O preço médio varia muito entre as instituições de ensino – algumas, como a USP, são gratuitas, porém restritas a um segmento específico, enquanto outras, como a UNIBTA e o ETEP possuem volumes grandes de alunos e pouco contato com professores, com mensalidades que variam de R$ 99 a R$ 154,90. Já a Faculdade da Indústria é, na verdade, um curso de administração, com habilitação em Gestão de Qualidade, que cobra uma mensalidade de R$ 942,65.
Como o mercado de trabalho recebe esse profissional?
Portanto, uma coisa é fazer uma faculdade de Gestão de Qualidade, outra é como o mercado irá receber esse profissional. Visto que com muito conteúdo teórico e pouca disponibilidade de ferramentas, como softwares e equipamentos para uma avaliação criteriosa de qualidade, por vezes esses cursos deixam a desejar. Entenda como o mercado percebe cada aspecto do curso.
Proficiência em ferramentas
Sobretudo, muitas ferramentas e softwares são importantes na gestão de qualidade – desde algumas mais teóricas como o desenho de um diagrama de Ishikawa, até mais tecnológicas, como a criação de dashboards em Power BI ou Google Data Studio. Essas ferramentas são muito requisitadas pelo mercado e pedem outra coisa: certificados.
Certificados
Uma vez que saber operar uma ferramenta e aplicar um método são atividades consideradas qualificadas, um certificado – seja emitido pela instituição que criou o programa, seja por terceiros competentes no meio – é essencial para ingressar em uma vaga ou pleitear aquela promoção.
Conhecimento teórico
Um pouco mais difícil de avaliar, ao passo que o conhecimento teórico de um curso de graduação costuma ser bem interdisciplinar. Dessa maneira, quem opta por esse tipo de formação consegue “falar a língua” de diferentes profissionais. Contudo, esse mesmo conhecimento interdisciplinar pode levá-lo a não apresentar o perfil mais procurado pelas indústrias: o profissional “T”.
Profissional “T”
Esse conceito se refere a um profissional que possui conhecimento operacional e superficial em diversos segmentos (o traço superior do "T''), enquanto se aprofunda em uma área específica de atuação (a “perna” do “T”). Esse profissional é procurado por saber dialogar com múltiplos segmentos, e ao mesmo tempo desempenhar atividades específicas de alguma área.
Renome das instituições
Embora cada vez menos, o renome de uma instituição pesa muito na hora de fazer uma escolha entre dois currículos semelhantes. Essa “história de origem” pode auxiliar um candidato a um cargo, mas não garante a permanência: há bons e maus profissionais em qualquer curso, e só o tempo e a atitude no mercado vão mostrar qual o perfil do profissional.
Curso Livre ou faculdade de Gestão de Qualidade?
Porém, a graduação não é a única opção para alguém que quer se qualificar enquanto um gestor de qualidade. Pois pessoas de diferentes formações – engenheiros, médicos, administradores, operadores do mercado financeiro – podem pleitear uma qualificação em gestão de qualidade sem precisar tomar o tempo ou gastar os recursos de uma graduação. É o exemplo de cursos livres ou assinaturas de conteúdo, como a da FM2S.
Então, através desses métodos alternativos – e por vezes com igual ou até maior consideração no mercado de trabalho – o profissional pode receber certificados de cursos e apresentá-los como qualificadores do seu trabalho. Dessa forma, dominando as ferramentas e elevando o padrão das empresas onde trabalham, haverá pouca preocupação se o profissional responsável é formado, graduado, tecnólogo ou pós-graduado: nenhum desses quesitos é observado pela norma ISO na hora de atribuir um selo de qualidade.
Conclusão: Existe um momento certo para tudo
Em resumo, é importante medir se faz sentido para a sua carreira optar por um certificado em gestão de qualidade em nível de graduação ou tecnólogo. Além disso, isso precisa estar alinhado com seus recursos financeiros e de tempo. A partir disso, é possível traçar uma estratégia e definir qual a melhor opção para a sua carreira.
Então, caso você tenha conhecimento em determinada área e a gestão de qualidade pareça uma boa alternativa de progressão de carreira, resta ver se ela se alinha com o que você pode fazer. Se você não conhece algumas das ferramentas que citamos anteriormente, verifique se uma assinatura de cursos não faz sentido.
Com um valor semelhante – e às vezes mais baixo – do que as mensalidades observadas pelos demais cursos, é possível ter um certificado de operação em softwares ou ferramentas indispensáveis para o mercado hoje. Portanto, há um tempo para tudo, e talvez seja melhor optar por uma assinatura de cursos do que por uma graduação.