Inovação

14/01/2025

Última atualização: 14/01/2025

Geração beta: Uma nova Era de transformação

A geração Beta chegará ao mundo em um momento de transformações rápidas, onde a tecnologia, a sustentabilidade e a colaboração definirão novos padrões. Mas como as decisões que tomamos hoje moldarão o perfil de liderança dessa geração?

A FM2S acredita que a liderança é uma habilidade construída por meio de conhecimento sólido, prática consistente e visão estratégica. Por isso, nesse blog vamos explorar como nossas escolhas e prioridades atuais moldarão os líderes desta geração que está por vir. 

O que é e quem são os Betas e como eles moldarão o futuro? 

Quando se fala de gerações, é relevante lembrar que não há uma delimitação exata e conclusiva de quando cada uma começa e termina. No entanto, a divisão mais amplamente aceita é: 

Seguindo a lógica da ordem alfabética grega, a próxima geração foi nomeada de Geração Beta, composta pelos nascidos a partir de 2025

Embora ainda não estejam no mercado de trabalho, é fundamental antecipar tendências para entender como essa geração irá moldar o futuro, especialmente no contexto corporativo e educacional. 

O que é a geração beta? 

A geração Beta será a primeira geração a viver em um mundo completamente ligado e integrado à tecnologias avançadas, com dispositivos, sistemas e inteligência artificial (IA) profundamente enraizados em todos os aspectos do cotidiano.

Nascidos nesse período de 2025 até 2039, eles crescerão em um ambiente de avanços tecnológicos exponenciais, em que a interação com tecnologias sofisticadas será tão natural quanto interagir com o ambiente físico. Além disso, essa será uma geração que estará profundamente conectada às questões de sustentabilidade. 

Crescendo em um mundo onde a preservação ambiental será uma prioridade global, moldando seus valores desde do começo e incentivando o uso responsável dos recursos. 

Gerações ativas no mercado de trabalho 

Sendo distintas não só em suas décadas,cada geração apresenta características específicas. Sendo em suas formas de pensar, agir ou aprender ou no local escolar e profissional. 

Estar familiarizado com essas características é essencial para lidar de forma mais assertiva com o público de cada grupo geracional

Nesta geração, estão os profissionais entre 60 e 78 anos, que apresentam aspectos como a lealdade e o comprometimento, grande competitividade e foco em resultados. São indivíduos que enxergam os avanços tecnológicos de forma mais gerencial ao invés do que aplicada à mudança de hábitos. 

Além disso, usam seus aparelhos de modo mais tradicional, como fazer ligações, trocar sms ou navegar na internet. No que se refere às expectativas profissionais, geralmente são pessoas que não buscam um emprego até o final da vida. Contudo, prezam pela estabilidade financeira

Essa geração tem um raciocínio mais linear, que foca na aprendizagem com início, meio e fim, igual a leitura de um livro. Com isso, tem a preferência de seguir programas de ensino mais tradicionais, e valorizam os treinamentos. 

Profissionais entre 44 e 59 anos, são os profissionais da geração X, eles prezam por estabilidade, independência e empreendedorismo

Em sua maioria, tem um perfil mais cauteloso e equilibrado, evitando tomar decisões impulsivas. Por isso, as vezes podem mostrar certa resistência à mudança. No âmbito profissional, buscam a ascensão profissional. Por estarem cada ano mais próximos da aposentadoria, querem aprimorar suas habilidades para conquistar mais resultados. 

Conseguem se adaptar mais rapidamente às tecnologias, porém preferem o consumo de informações de forma híbrida (online e offline). São alunos que valorizam a flexibilidade e a aprendizagem colaborativa. 

Essa é a geração mais ativa no atual mercado de trabalho. Tendo sua faixa etária entre 28 e 43 anos, essa geração é mais informal e imediatista e tem maior facilidade para assumir riscos e buscar recompensas tangíveis. Tem maior potencial inovador, pela sua alta capacidade de multitasking e pela sua autonomia. 

Vivenciaram o momento de transição entre o analógico e digital e, portanto, estão muito conectados. Mas isso não significa que abrem mão da comunicação ao vivo. 

No mercado de trabalho, estão sempre buscando oportunidades melhores e anseiam por um tratamento com igualdade, independentemente do nível hierárquico. Possuem grande capacidade criativa e de inovação em suas carreiras

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Sendo a última geração com uma letra do calendário gregoriano, essa geração agrega pessoas entre 12 e 27 anos. Esses jovens são pessoas que se arriscam, são realistas, competitivas e independentes.Uma geração que  estima a consciência coletiva, deseja expor suas opiniões e procura por autenticidade. 

São profissionais recém-chegados no mercado de trabalho e se guiam por um propósito e se preocupam em fazer parte da empresa. Mas diferente das gerações anteriores, para eles, não existem fronteiras geográficas e preferem o sistema híbrido de trabalho e o conceito de ser nômades digitais. Apesar de estarem sempre conectados em redes sociais, podem não trabalhar bem em equipes na realidade, por serem muito independentes. Decidem as coisas de forma ágil e sentem a necessidade de uma rápida ascensão de carreira e adoram um feedback

Diferente da geração dos baby boomers, não tem um raciocínio linear e consomem informações via mobile, tendo preferência por conteúdos mais visuais ou apenas de áudio, como tiktoks e podcasts. 

Considerada o “futuro da nação”, a geração Alpha é composta por crianças de menos de 12 anos, e que ainda estão longe de ingressarem no mercado profissional. Porém, é uma geração que apresenta um grande potencial para o futuro

É uma geração bastante observadora e atenta, demonstrando autonomia e espontaneidade. Além de terem a capacidade de adaptação muito acelerada. Sendo a primeira geração a nascer totalmente online, são muito movidos por estímulos sensoriais, com foco nos visuais. 

Qual será o papel da geração beta no mercado e na sociedade? 

Essa geração, crescerá em um ambiente completamente imerso pela  inteligência artificial  (IA) e pela hiperconectividade. Estima-se que até 2035, eles representarão cerca de 16% da população global, sendo a primeira geração a viver em um mundo completamente ligado por tecnologias avançadas, automação de máquinas, inteligência artificial gerativa e sistemas autônomos. 

Contudo, viver em um mundo onde a IA gera grande parte do conteúdo online (projeções da revista Forbes indicam que até 2026, 90% do material digital poderá ser criado por IA) traz um dilema único: como navegar em um ambiente onde a verdade se torna um conceito fluido? 

Essa realidade modelará não apenas suas vidas pessoais, mas também seus comportamentos profissionais e as expectativas em relação ao mercado. Apesar de sua conexão inevitável com a tecnologia, é possível que a geração Beta também desenvolva um fascínio por experiências e objetos “analógicos", como uma forma de buscar autenticidade em um mundo altamente digital. 

Assim como as gerações anteriores romantizam aspectos da era pré-digital, os Betas poderão valorizar atividades que ofereçam conexões tangíveis e experiências mais humanizadas, influenciando tendências de consumo e práticas de trabalho. No mercado, essas características podem abrir caminhos para produtos e serviços que equilibrem inovação tecnológica com autenticidade, criando um impacto profundo na forma como empresas criam e entregam valor para essa geração. 

Por que antecipar-se à geração Beta? 

Antecipar hábitos de consumo e preferências das próximas gerações pode gerar insights estratégicos valiosos para profissionais de diversas áreas. No universo corporativo, compreender e acompanhar mudanças no comportamento do consumidor é crucial para manter a competitividade.

Na educação e no mercado de trabalho, por exemplo, será fundamental adaptar metodologias para atender às demandas de uma geração totalmente imersa em inteligência artificial.A integração de métodos tradicionais com tecnologias avançadas, como IA generativa e realidade aumentada, será indispensável para criar experiências de aprendizado mais envolventes, interativas e eficazes, alinhadas às expectativas dessa nova era.

A IA como protagonista para essa geração

A geração Beta será a primeira a viver em um mundo onde a inteligência artificial (IA) não apenas facilita os processos, mas transforma profundamente a maneira como os relacionamentos, aprendizado e o trabalho. Para eles, a IA será tão natural quanto a eletricidade foi para as gerações anteriores – invisível, mas onipresente em tudo o que se faz, e essencial para as operações cotidianas. 

Mais do que simplesmente conviver com a tecnologia, esta geração precisará entender como colaborar com sistemas inteligentes de maneira eficiente. A IA não será apenas uma ferramenta passiva, como em seus primeiros anos de criação, mas um recurso ativo para a resolução de problemas, tomada de decisões e criação de novas oportunidades. 

Isso significa que o aprendizado, não só para os Betas, relacionado à IA não pode ser apenas técnico – será necessário desenvolver uma compreensão estratégica de como utilizá-la de forma ética e criativa.

Outro ponto crítico será o impacto da IA nas relações humanas. Com tantas interações mediadas por algoritmos e dados, os Betas talvez enfrentem o desafio de equilibrar as vantagens da automação com a necessidade de conexões genuínas. 

A empatia e a capacidade de se comunicar se tornarão skills importantes em um mundo onde as máquinas fazem o trabalho básico, mas os humanos ainda têm seu espaço em algumas áreas. 

Profissões que irão sobreviver à onda de IA 

De acordo com Bill Gates, fundador da Microsoft, em um artigo publicado pelo mesmo, ele acredita que três profissões persistirão às transformações e avanços na automação e inteligência artificial: 

1. Desenvolvimento de energias alternativas 

Gates acredita que a urgência em combater as mudanças climáticas já impulsiona uma busca por novas fontes de energia mais limpas, e não irá faltar oportunidades nesta área

“Energia eólica e solar continua a ser uma parte chave do futuro, mas líderes reconhecem agora que você precisa complementá-las com algo mais confiável quando o sol não está brilhando ou o vento não está soprando”, escreveu em seu artigo. Para o empresário a energia alternativa é o caminho.

2. Biociências da saúde

Essa é a segunda área em que Gates enxerga como uma oportunidade valiosa no mercado de trabalho, já que ela é baseada na necessidade do ser humano de fazer processos, especialmente na criação de novos medicamentos e vacinas –  área em que o fundador da Microsoft faz investimento. Inclusive, o programador acredita que a inteligência artificial pode servir como aliada dos cientistas da saúde. 

Em seu artigo, ele cita um projeto que trabalha em ultrassons com ferramentas de IA para identificar gravidezes de risco na Índia. 

Esse equipamento, com seu nível de automação, consegue se ajustar a dois idiomas e ao nível de experiência do profissional da saúde que realizará o exame. 

3. Desenvolvimento da IA 

Bill Gates acredita que, ironicamente, uma área em que a máquina não pode superar o homem é o próprio desenvolvimento dela. Hoje, tendo IA em seus avanços iniciais, o empresário enxerga potencial para a área

“A inteligência artificial está prestes a acelerar o nível de novas descobertas a um ritmo que nunca vimos antes”, diz. No entanto, a criatividade é uma habilidade central de como essa área deve crescer –  algo que um sistema não pode antecipar. 

Para Gates, há bastante espaço de crescimento nessa área, pois é importante criar ferramentas cada vez mais específicas, que sejam customizadas para as pessoas que irão utilizá-las. 

Além disso, a IA também trará, para os Betas, questões de ética mais complexas, como o uso responsável de dados ou do Big Data, privacidade digital e o impacto das decisões automatizadas.  A compreensão dessas questões não será opcional –  será uma parte essencial da formação e do papel que essa geração desempenhará no mercado profissional e na sociedade. 

Gerações passadas e o futuro da geração Beta

Ao longo dos anos, cada geração que se passou trouxe contribuições únicas ao mercado de trabalho e à sociedade, moldando os padrões de inovação, liderança e comportamento. Os Baby boomers ajudaram a construir a base de companhias sólidas, enquanto a geração X trouxe equilíbrio e resiliência em tempos de transição tecnológica. 

Já os Millenials impulsionaram a busca por propósito no trabalho, integração digital e práticas mais colaborativas, enquanto a geração Z consolidou a conexão global e a rapidez na adaptação a mudanças. Agora surgem os Betas, como o próximo capítulo dessa evolução, trazendo novas expectativas e desafios. 

Crescendo em um mundo profundamente conectado e moldado pela inteligência artificial, eles terão um ambiente onde a automação e os sistemas autônomos não serão apenas ferramentas, mas um componente essencial do dia a dia. 

Profissões focadas em criatividade, pensamento estratégico e gerenciamento de tecnologia serão mais relevantes do que nunca, já que essa geração precisará se destacar em áreas que a IA ainda não domina, com habilidades como empatia, liderança e inovação disruptiva

No mercado de trabalho, essa geração herdará um legado de busca por flexibilidade, diversidade e sustentabilidade. Empresas que desejam atrair e reter talentos dessa geração precisarão se adaptar a valores que privilegiam a autenticidade, a ética no uso de dados e a criação de ambientes mais colaborativos. 

Ferramentas tecnológicas, como a IA generativa, não apenas transformarão processos internos, mas também demandam profissionais que saibam aliar habilidades humanas a recursos digitais. A geração Beta, portanto, não apenas aproveitará os avanços deixados pelas gerações anteriores, mas também será protagonista em redefinir o que significa o trabalho e a liderança em um mundo onde o digital e o físico estão completamente integrados. 

As ações tomadas hoje  –  na educação, inovação e preparação para o mercado de trabalho  –  serão fundamentais para garantir que essa nova geração encontre oportunidade de criar um futuro mais equilibrado, ético e inovador. 

O progresso é um legado, e a geração Beta está prestes a transformar o que foi deixado para eles em algo ainda maior. 

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