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17/07/2015

Última atualização: 25/01/2023

Há uma maneira melhor de treinar colaboradores?

Como treinar colaboradores na empresa?

Uma questão importante para treinar colaboradores no treinamento corporativo - especialmente nas indústrias técnicas - é a falta de compreensão em torno dos modelos básicos de ensino e treinamento. O que eles são, como eles funcionam, e quando eles são melhor utilizados? Existem dois modelos fundamentais: pedagogia e andragogia. Embora esses termos possam parecer esmagadoramente científicos, muitos de nós já vimos evidências dessas abordagens ao longo de nossas carreiras acadêmicas e profissionais. Todos nossos Treinamento (Green Belt e Black Belt) são baseado nos conceitos da andragogia.

Uma definição enganosa associada a estes dois termos é que a pedagogia é definida como o ensino de crianças, enquanto a andragogia é definida como o ensino de adultos. Embora cada um tenha sido atribuído a essas definições, está presumido que a maneira pela qual nos aproximamos de ensinar crianças é ou deveria ser diferente da dos adultos, de acordo com o livro 1990, Guia de Individualização de Roger Hiemstra e Burton Sisco.

Mas se você já participou de um treinamento onde o instrutor dominou a conversa e lecionou oito horas seguidas, enquanto cada um dos alunos tomou notas ou provou, fingiu tomar anotações enquanto pensava no fim de semana, então você saberá que essa suposição simplesmente é falsa.

Melhores definições de pedagogia e andragogia são:

Como treinar colaboradores com Andragogia?

Então, a questão permanece: "Como começamos a usar técnicas andragógicas nas aulas corporativas de treinamento?" Aqui estão cinco estratégias práticas:

Como é a importância da Gestão do Conhecimento?

A gestão do conhecimento é uma parte fundamental de qualquer organização. As empresas precisam aprender e precisam colocar em prática o que foi aprendido. Como elas normalmente fazem isso? Com treinamentos, obviamente!

Estima-se que mais de 80% das empresas (grandes, pequenas ou micro) investem em algum tipo de treinamento para os seus funcionários, em geral treinamentos técnicos sobre o trabalho a ser feito. Obviamente, nas grandes empresas essa porcentagem é ainda maior. Todo esse investimento, criou um mercado chamado de Treinamento & Desenvolvimento (ou T&D, para simplificar). O mercado de T&D movimenta, no Brasil, alguns bilhões de reais por ano. Apenas com palestras, gaste-se algo em torno de R$100 milhões de reais por ano. É um bom dinheiro para ouvir uma pessoa falar por algumas horas (as vezes nem isso). Conheça nossas soluções de EAD Corporativo.

E por que se investe tanto em T&D?

A resposta é lógica: quanto mais eu treinar o meu funcionário, mais ele vai render. Ou vai poder começar a render mais rápido... Esse pensamento tem toda a lógica do mundo, mas fica a pergunta: será que que uma palestra cumpre este objetivo? Será que todo este dinheiro gasto está tornando o Brasil mais produtivo? Como reverter esse quadro?

Uma das obras primas da literatura científica, que deveria pautar pautar os treinamentos (mas não pauta), é um livro chamado “The Adult Learner” escrito por Malcom Knowles. Neste livro, ele discorre sobre como os adultos aprendem. Ele estabelece 6 pilares, ou seis princípios, se preferir, os quais influenciam no aprendizado de um adulto:

  1. Os adultos precisam saber o motivo de aprenderem algo.
  2. O aprendizado deve vir de dentro do aluno, como algo que ele deve buscar para cumprir suas metas pessoais. Ele deve ser autônomo, não enfiado guela abaixo.
  3. O aprendizado deve levar em contas as experiências passadas dos adultos. A ordem com que se apresentam os novos conhecimentos devem fazer sentido nos seus modelos mentais.
  4. O aluno tem que estar pronto para o conhecimento, ou seja, aquilo precisa fazer sentido no seu momento de vida atual.
  5. O aprendizado deve ser focado na solução de problemas práticos, não em conhecimentos teóricos ou motivacionais que pouco se correlacionam com o a sua vida.
  6. O conhecimento novo deve recompensar o aluno de alguma maneira, servindo de ferramenta para ele atingir suas metas pessoais.

Treinar Colaboradores: EAD Corporativo

Estes conceitos parecem tão verdadeiros e óbvios, não é mesmo? Como o mercado de T&D os deixou passar? A resposta está no formato em que se dão os treinamentos. Knowles pregava uma educação mais próxima, pessoal, no dia a dia. Isso vai contra a visão de mercado da indústria de T&D. É muito mais fácil juntar várias pessoas em uma sala e dar uma aula a eles do que capacitar pessoas para ensinar no dia a dia.

Uma possível solução para este dilema é criar a figura do multiplicador interno. Alguém dentro da empresa que trabalhe junto com os “alunos”, disseminando o conhecimento que ele possui, seja em atividades de manufatura ou até ferramentas de análise. Atualmente, tivemos a oportunidade planejar e testar um programa para a formação de multiplicadores internos. Os resultados são ótimos, especialmente quando os multiplicadores entendem os princípios citados acima. Caso gostem do tema, escreveremos mais posts sobre isso!