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04/12/2015

Última atualização: 25/01/2023

Cenário econômico: como avaliar para enxergar as oportunidades?

Como a análise de dados ajuda no cenário econômico?


Cenário econômico: No blog de hoje quero retomar o tema análise de dados. A situação brasileira não está para peixe e os jornais não param de noticiar a crise. Diante deste cenário, optei por não mais publicar análises econômicas aqui no site, mas chega uma hora, que os leitores pedem e nós temos que publicar. Para começar com o pé direito, vamos analisar a produtividade do Brasil. Como será que estamos?



Figura 1: evolução da produtividade brasileira.


Estamos iguais ao DeLorean do McFly. Voltamos 20 anos no tempo e chegamos aos patamares do período pré-real. E o desemprego?



Figura 2: evolução da taxa de desemprego.



Cenário Econômico: crise


Chegando ao mesmo patamar de 2008. Para sair de 9% e chegar e 5%, levamos seis anos, mas para voltar a 9%, apenas 10 meses. O retrocesso é brutal e isto, é o que deixa todos temerosos. Como isto não aconteceu nesta velocidade antes, ninguém sabe o que será de nós. E o PIB?



Figura 3: evolução do crescimento do PIB no acumulado 12 meses.


Pela figura 3, fazia alguns anos que não chegávamos a um número de -4,5%. Dois anos de retração econômica então, só lá em 1929 e 1930. E pelo que vi, desta vez não teve crash na bolsa nova iorquina. Se estratificarmos os números do PIB por setor, será possível analisar quem mais está sentindo a crise.



Figura 4: evolução do PIB da construção.


Pela figura 4, dá para se ter uma dimensão da realidade para a qual estamos caminhando, não? Eu apostaria que o PIB da construção vai buscar um patamar de 15 bilhões no trimestre em breve. Como a média era de 12, mas tivemos mais casas para reformar agora, vamos melhorar um pouco e a realidade se dará em cima de 15 bilhões. E a manufatura? As indústrias?



Figura 5: evolução do PIB manufatureiro.



Como a Crise afetou o cenário econômico?


Pela figura 5, estamos no mesmo patamar do primeiro tri de 2009. Primeiro tri que foi negro, para a indústria. Quando falamos de indústria, fico particularmente mais preocupado, pois capacidade instalada ociosa é difícil de controlar. Como você consegue pagar seus custos fixos se sua capacidade ociosa beira os 60%? É impossível. Saindo da indústria, vamos para a inflação, esta perversa taxa que acaba com o pode de compra do trabalhador.



Figura 6: evolução do núcleo da inflação.


Estamos com o dobro do que tivemos em 2011. Não está fácil para o trabalhador, arrimo de família, de manter o padrão de vida que conquistou. A indústria está mal e o trabalhador também, mas como será que está o gasto público? Será que a presidente conseguiu executar o tão propagandeado arroxo fiscal?



Figura 7: evolução dos gastos públicos.


Parece que ficou só na propaganda e na cabeça do governo, pois os gastos públicos somente crescem. Desemprego sobre, PIB cai, Inflação sobe e gastos públicos também. Parece-me desolador enxergar o cenário, mas espero um 2016 melhor, pois citando o nobre deputado Tiririca, penso que pior que está, não fica. Isto e muito mais são aplicações que você aprende no Green Belt e Black Belt.