Sistemas de Suprimentos: Reformando o básico
Blog

08 de janeiro de 2016

Última atualização: 25 de janeiro de 2023

Sistemas de Suprimentos: Reformando o básico

Sistemas de Suprimentos


Sistema de SuprimentosUm dos 14 pontos de Deming sobre o controle de qualidade fala sobre a necessidade reforma no sistema de suprimentos s e de se estabelecer com eles uma relação duradoura, de confiança e cooperação. Isto implica um conjunto de regras comuns, entre a empresa e seu fornecedor, que englobe a análise conjunta de custos, preços, compartilhamento de lucros e de informações de projeto, sempre tendo como meta a melhoria contínua. A introdução de tecnologias mais complexas ao produto final torna ainda mais necessário isto, não se enquadrando com uma lógica baseada no uso do poder, na qual a empresa pressiona seus fornecedores e provoca disputas desnecessárias e desconfiança mútua entre eles.



Sistemas de Suprimentos


Além da necessidade de introdução de processos de controle estatístico de qualidade, condição essencial para a melhoria contínua, existem três formas básicas de se reduzir o número de fornecedores, sendo que não necessariamente uma organização adotará tais estratégias em suas concepções puras:




  • Hierarquização dos fornecedores, designando a tarefa de fornecer componentes inteiros para fornecedores de primeiro nível que, por sua vez, têm seus fornecedores de segundo nível, e assim sucessivamente. Desta forma, o número de fornecedores da organização cai drasticamente, assim como seus custos administrativos com manutenção de estoques e coordenação de suprimentos.

  • Mesmo sem hierarquização, reduzir o número de fornecedores, por meio da redução do número de peças por componente.

  • Reduzir a um único fornecedor a origem de peças que possuíam, anteriormente, dois, três ou mais fornecedores. Esta mudança se baseia em pesquisas tradicionais de mercado, sendo que a oferta de preço mais baixa será a vencedora. O fornecedor, por sua vez, pode aumentar seus lucros com base na economia de escala, já que produzirá maior quantidade. Entretanto, a organização torna-se vulnerável a interrupções de fornecimento por parte dos fornecedores, causadas, por exemplo, por greves ou falhas graves que por ventura ocorram em seus processos produtivos.


Destas, é a hierarquização dos fornecedores que se enquadra nos princípios da produção enxuta, tendo sido adotada pelas montadoras de automóveis japonesas como parte da estratégia cooperativa com seus fornecedores. Green Belt ou Black Belt é a melhor maneira de entender este conceito.


por: Marco César Prado Soares – consultor associado FM2S e instrutor dos cursos EAD Lean Logistics e Excel

Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.