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Segurança Do Trabalho

11 de abril de 2025

Análise Preliminar de Risco (APR): passo a passo

Prevenir acidentes e garantir a segurança no ambiente de trabalho não depende apenas de protocolos, mas de uma avaliação contínua dos riscos. A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma ferramenta utilizada para identificar perigos antes que eles se tornem um problema real.

Essa análise é amplamente adotada em setores como indústria, construção civil e logística, onde pequenas falhas podem resultar em acidentes graves e prejuízos operacionais. A aplicação da APR ajuda equipes a visualizar cenários de risco, definir medidas preventivas e garantir um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente.

Neste guia, você verá como funciona a APR, quem deve aplicá-la e quais etapas são fundamentais para um levantamento preciso dos riscos. Além disso, conhecerá ferramentas que auxiliam no monitoramento e revisão dessa análise, garantindo que a segurança no trabalho seja uma prática constante.

O que é Análise Preliminar de Risco (APR)?

Análise Preliminar de Risco (APR) é um método usado para antecipar problemas antes que eles aconteçam. O foco está em identificar perigosdefinir medidas para reduzir impactos negativos. Esse processo faz parte da rotina de empresas que lidam com atividades operacionais, especialmente em setores como indústria, construção civil e logística.

A aplicação da APR permite que equipes visualizem cenários de risco antes da execução das tarefas. Isso contribui para decisões mais seguras e uma operação mais eficiente. Antecipar riscos evita acidentes e reduz custos com correções emergenciais.

Objetivos da Análise Preliminar de Risco

APR tem um papel direto na segurança das operações. Os principais objetivos incluem:

  • Identificar perigos: levantar quais fatores podem comprometer a segurança e o desempenho das atividades.
  • Analisar impactos: avaliar a gravidade dos riscos e como podem afetar pessoas, equipamentos e processos.
  • Definir ações preventivas: criar estratégias para eliminar ou reduzir a probabilidade de acidentes.
  • Padronizar processos: garantir que todas as operações sigam um modelo seguro e eficiente.
  • Cumprir normas regulamentadoras: atender exigências legais e evitar penalidades por descumprimento de normas de segurança.

Esses pontos fazem da APR uma ferramenta indispensável na rotina de quem precisa garantir um ambiente de trabalho seguro e produtivoVocê já viu alguma situação em que a falta dessa análise causou problemas?

Quem é responsável por emitir a Análise Preliminar de Risco (APR)?

APR deve ser elaborada por profissionais que conhecem os riscos das atividades operacionais. Normalmente, essa responsabilidade recai sobre:

  • Engenheiros de segurança do trabalho: especialistas em identificar riscos e garantir que as atividades sigam normas regulamentadoras.
  • Técnicos de segurança do trabalho: profissionais que acompanham a execução das tarefas e orientam as equipes sobre medidas preventivas.
  • Supervisores e gestores de equipe: responsáveis por garantir a segurança e aplicar a APR na rotina operacional, garantindo que os procedimentos sejam seguidos.
  • Funcionários treinados: em algumas empresas, colaboradores capacitados também podem participar da emissão e aplicação da APR.

A definição do responsável pode variar conforme o setor e o porte da empresa. O importante é que a APR seja elaborada por alguém que conheça os processos, os riscos envolvidos e as medidas de controle necessárias.

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6 etapas para realizar uma Análise Preliminar de Risco

Análise Preliminar de Risco (APR) segue uma estrutura organizada para garantir um levantamento preciso dos perigos envolvidos em cada atividade. A divisão do processo em etapas facilita a identificação de falhas e a definição de medidas preventivas.

1. Identificação da atividade

O primeiro passo é definir qual atividade será analisada. Isso envolve descrever o que será feito, onde será executado e quais equipamentos ou materiais estão envolvidos. A clareza nessa etapa evita omissões e garante que todos os riscos sejam considerados.

Atividades descritas de forma genérica podem gerar análises superficiais. Para ter maior precisão na prevenção de acidentes, o ideal é especificar cada operação, considerando variáveis como ambiente, procedimentos e interação entre pessoas e máquinas.

2. Divisão da atividade em etapas

Após identificar a atividade, é necessário dividi-la em partes menores. Esse detalhamento permite uma avaliação mais precisa, reduzindo a chance de falhas passarem despercebidas.

Cada tarefa dentro da operação deve ser analisada separadamente, desde a preparação até a finalização. Isso facilita a identificação de pontos críticos, ajudando a definir ações preventivas para cada fase do processo.

A segmentação também contribui para a padronização da APR, tornando a aplicação mais eficiente e melhorando a compreensão dos envolvidos.

3. Identificação dos riscos associados

Depois de dividir a atividade em etapas, o que deve ser feita é a identificação dos possíveis riscos presentes em cada uma delas. O foco aqui é mapear situações que possam comprometer a segurança dos trabalhadores, equipamentos e processos.

Os principais métodos utilizados incluem:

  • Observação direta: acompanhamento da atividade para verificar possíveis falhas e pontos vulneráveis.
  • Consulta a registros de incidentes: análise de ocorrências passadas para identificar padrões de risco.
  • Entrevistas com trabalhadores: coleta de informações com quem executa a atividade no dia a dia.
  • Checklists de segurança: uso de listas padronizadas para verificar conformidade com normas e procedimentos.

A identificação dos riscos precisa ser detalhada para que as medidas de controle sejam eficazes. Cada etapa da atividade deve ser analisada considerando fatores físicos, químicos, ergonômicos e operacionais.

4. Avaliação e classificação dos riscos

Após a identificação, de cada risco que precisa ser avaliado e classificado conforme a probabilidade de ocorrência e o impacto que podem causar. Esse processo ajuda a definir prioridades e orientar a aplicação de medidas preventivas.

Os critérios mais comuns incluem:

  • Probabilidade de ocorrência: frequência com que o risco pode se manifestar.
  • Severidade do impacto: consequências caso o risco se concretize.
  • Nível de exposição: quantidade de trabalhadores expostos ao perigo.

Uma ferramenta amplamente utilizada nesse processo é a matriz de risco, que cruza a gravidade e a probabilidade do evento, classificando-o em baixo, médio ou alto risco. Esse método permite uma visão objetiva sobre quais pontos exigem atenção imediata.

A classificação correta garante que as ações preventivas sejam proporcionais à gravidade do risco. Quanto maior o impacto e a frequência, maior deve ser a prioridade na adoção de medidas de controle.

5. Definição e implementação de medidas preventivas

Depois de avaliar os riscos, o próximo passo é desenvolver e aplicar medidas preventivas. O objetivo é eliminar ou reduzir ao máximo os perigos identificados. Para isso, é necessário escolher estratégias eficazes e adaptadas à realidade da operação.

As principais abordagens incluem:

  • Eliminação do risco: se possível, remover a fonte do perigo, substituindo processos ou equipamentos.
  • Medidas de controle coletivo: uso de barreiras físicas, ventilação adequada e sinalização para reduzir a exposição.
  • Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): quando não há como eliminar o risco, o uso de EPIs adequados minimiza os impactos.
  • Procedimentos operacionais padronizados: instruções detalhadas para que as tarefas sejam executadas de forma segura.
  • Treinamento e conscientização: capacitação contínua para garantir que os trabalhadores conheçam os riscos e saibam como evitá-los.

Ferramentas que auxiliam na implementação das medidas preventivas

A implementação dessas ações deve ser acompanhada de perto para garantir que sejam aplicadas corretamente e tragam os resultados esperados.

6. Monitoramento e revisão contínua

A segurança no trabalho não é estática. Mesmo após a adoção das medidas preventivas, é necessário monitorar sua eficácia e revisar a APR periodicamente. Mudanças no ambiente, novas tecnologias ou ajustes nos processos podem exigir atualizações.

Algumas práticas para garantir essa revisão contínua incluem:

  • Acompanhamento de incidentes: analisar ocorrências para verificar se há falhas nos controles adotados.
  • Auditorias de segurança: inspeções regulares para identificar oportunidades de melhoria.
  • Feedback dos trabalhadores: quem executa a atividade diariamente pode apontar riscos não previstos inicialmente.
  • Atualização de normas e diretrizes: acompanhar mudanças na legislação e boas práticas do setor.

Ferramentas que auxiliam no monitoramento e revisão da APR

  • Checklist de Segurança: garante que todas as etapas da análise sejam seguidas corretamente.
  • Indicadores de Desempenho (KPIs): acompanham a frequência de acidentes, quase acidentes e conformidade das medidas preventivas.
  • Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act): método de melhoria contínua que ajuda a revisar e aprimorar processos regularmente.
  • Gemba Walks: visitas ao local de trabalho para verificar na prática a aplicação das medidas preventivas e coletar percepções da equipe.

A revisão da APR deve ser um processo contínuo. O que foi eficaz hoje pode não ser suficiente amanhã. A adaptação constante garante um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente.

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Equipe FM2S

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