A criatividade é aplicada em diversas áreas, como nas artes, tecnologia e negócios. Mais do que um talento, a criatividade pode ser entendida e treinada. Confira como fazer isso neste artigo.
Muitas das técnicas neste artigo foram usadas por grandes pensadores para impulsionar sua criatividade. Albert Einstein, por exemplo, usou sua própria variante informal de Provocation para desencadear ideias que levaram à Teoria da Relatividade. Mas qualquer um pode aprender a ser tecnicamente criativo e usar essas ferramentas. Elas são projetados para ajudá-lo a criar soluções criativas e imaginativas para os problemas e ajudá-lo a detectar oportunidades que você pode perder.
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O que é a definição de criatividade
Criatividade é a habilidade de produzir ideias e conceitos inovadores e originais, usando a imaginação. É uma combinação de habilidades, conhecimentos, valores e motivações que permite ao indivíduo transformar ideias em soluções inovadoras. Criatividade é a chave para a inovação, a resolução de problemas e o desenvolvimento de novos conceitos e ideias.
Quais são os 5 elementos da criatividade?
Não existe lista definitiva do que compõe a criatividade, mas alguns pontos importantes podem ser destacados, como:
1 - Curiosidade
É importante estar em busca de novas perguntas, novas respostas, questionando o mundo à sua volta. Boa perguntas abrem espaço para boas soluções, respostas criativas.
2 - Flexibilidade cognitiva
Significa estar aberto a pensar em diferentes soluções para um problema, com abertura e facilidade de se adaptar a novas informações e perspectivas, sem ficar preso a uma única maneira de pensar.
3 - Tolerância à ambiguidade
Algumas coisas não tem resposta certa, existindo num limbo de incertezas. Mesmo nessas situações é preciso sentir-se confortável em criar soluções, estando disposto a procurar por todas as possibilidades.
4 - Originalidade
É, basicamente, não fazer mais do mesmo. É preciso pensar além do que já existe, mas, mais do que isso, é preciso saber ver o que já existe e criar a partir daí, fazendo combinações, adicionando elementos novos, tirando inspiração.
5 - Persistência
Criar soluções para um problema não é tarefa fácil – assim, é preciso se dedicar na busca por uma resposta, com paciência e persistência, mesmo quando houver dificuldades e obstáculos.
Quais são os tipos de criatividade?
É importante começar com uma definição clara do que queremos dizer com a criatividade, pois existem dois tipos completamente diferentes. O primeiro é a criatividade técnica, em que as pessoas criam novas teorias, tecnologias ou ideias. Este é o tipo de criatividade que discutimos aqui. O segundo é a criatividade artística, que é mais nascida de habilidade, técnica e auto expressão.
Além desses dois básicos, existem outros tipos de criatividade específicos, como:
- Criatividade colaborativa: é quando um grupo de pessoas trabalha junto para a criação de ideias, em qualquer contexto, seja artisticamente, na empresa, para alguma organização etc.
- Criatividade científica: parecida com a criatividade técnica, mas voltada especificamente ao campo da ciência, visando a criação de teorias, preenchimento de lacunas existentes na área etc.
Abordagens à criatividade
Existem duas vertentes principais para a criatividade técnica: pensamento programado e pensamento lateral. O pensamento programado baseia-se em formas lógicas ou estruturadas de criação de um novo produto ou serviço. Exemplos desta abordagem são a Análise Morfológica e a Matriz de Reframing.
A outra vertente principal usa "Pensamento Lateral". Exemplos disso são Brainstorming, Entrada Aleatória (Random Input) e Provocation. O pensamento lateral foi desenvolvido e popularizado por Edward de Bono.
Pensamento Programado e Pensamento Lateral
O pensamento lateral reconhece que nossos cérebros são sistemas de reconhecimento de padrões e que eles não funcionam como computadores. São necessários anos de treinamento antes de aprendermos a fazer aritmética simples - algo que os computadores fazem com muita facilidade. Por outro lado, podemos reconhecer instantaneamente padrões como rostos, linguagem e caligrafia. Os únicos computadores que começam a ser capazes de fazer essas coisas fazem isso modelando a maneira como funcionam as células cerebrais humanas. Mesmo assim, os computadores precisarão se tornar mais poderosos antes de abordar nossa capacidade de lidar com padrões.
O benefício do bom reconhecimento de padrões é que podemos reconhecer objetos e situações muito rapidamente. Imagine quanto tempo seria desperdiçado se você tivesse que fazer uma análise completa toda vez que encontrou uma garrafa cilíndrica de fluido efervescente. A maioria das pessoas simplesmente abriria sua lata de bebida efervescente. Sem reconhecimento de padrões, morreríamos de fome ou seríamos comidos. Não conseguiríamos atravessar a estrada com segurança.
Infelizmente, ficamos presos em nossos padrões. Nós tendemos a pensar neles. As soluções que desenvolvemos são baseadas em soluções anteriores para problemas semelhantes. Normalmente, não nos ocorre usar soluções que pertençam a outros padrões.
Usamos técnicas de pensamento lateral para sair dessa forma de pensamento padronizada
As técnicas de pensamento lateral nos ajudam a criar soluções surpreendentes, brilhantes e originais para problemas e oportunidades.
É importante ressaltar que cada tipo de abordagem tem sua força. O pensamento lógico e disciplinado é extremamente eficaz para melhorar produtos e serviços. No entanto, só pode avançar até que todas as melhorias práticas tenham sido realizadas. O pensamento lateral pode gerar conceitos e ideias completamente novos e melhorias brilhantes nos sistemas existentes. No lugar errado, no entanto, pode ser estéril ou desnecessariamente perturbador.
Tirando o melhor de cada técnica
Uma série de técnicas fundem os pontos fortes das duas vertentes diferentes da criatividade. Técnicas como o Concept Fan usam uma combinação de pensamento programado e lateral. O método DO IT e o Simplex, de Min Basadur, incorporam as duas abordagens nos processos de resolução de problemas.
DO IT
O DO IT é um processo criativo estruturado que garante que façamos o trabalho preliminar para ajudar a obter o melhor de ferramentas criativas. DO IT é um acrônimo para as seguintes ideias:
D - Definir o problema
O - Open Mind (mente aberta) e aplicação de técnicas criativas
I - Identificar a melhor solução
T - Transformar
Simplex
O Simplex foi criado por Min Basadur e foi popularizado em seu livro "The Power of Innovation", que é adequado para problemas e projetos de qualquer escala. Usa os oito estágios:
- Encontrar o problema;
- Pesquisa de fatos;
- Definição do problema;
- Encontrando ideias;
- Seleção e avaliação;
- Planejamento;
- Vender a ideia;
- Agir.
Embora possam ser considerados "exagerados" ao lidar com problemas menores, eles fornecem estruturas excelentes para resolver problemas difíceis e sérios.
O quadro criativo da mente
Muitas vezes, a única diferença entre pessoas criativas e não criativas é a autopercepção. As pessoas criativas se vêem como criativas e se dão a liberdade de criar. As pessoas não criativas não pensam na criatividade e não se dão a oportunidade de criar nada novo.
Ser criativo pode ser apenas uma questão de deixar reservado o tempo necessário para dar um passo atrás e permitir-se perguntar se existe uma maneira melhor de fazer algo. Edward de Bono chama isso de "Pausa criativa". Ele sugere que esta deve ser uma curta interrupção de talvez apenas 30 segundos, mas que essa deve ser uma parte habitual do pensamento. Isso precisa de autodisciplina, pois é fácil esquecer.
Outra mudança de atitude importante é ver os problemas como oportunidades de melhoria. Embora isso seja um clichê, é verdade. Sempre que você resolve um problema, você terá um produto ou serviço melhor para oferecer depois.
Usando a criatividade
A criatividade é estéril se não houver ação. As ideias devem ser avaliadas, melhoradas, polidas e comercializadas antes de ter algum valor.
Superando mitos sobre criatividade
As crenças de que apenas as pessoas especiais e talentosas são criativas (e você tem que nascer dessa forma) diminuem nossa confiança em nossas habilidades criativas. A noção de que gênios como Shakespeare, Picasso e Mozart eram "dotados" é um mito, de acordo com um estudo na Universidade de Exeter. Os pesquisadores examinaram performances extraordinárias nas artes, matemática e esportes, para descobrir se "a crença generalizada de que, para alcançar altos níveis de habilidade, uma pessoa deve possuir um potencial inato chamado talento".
O estudo conclui que a excelência é determinada por:
- Oportunidades;
- Encorajamento;
- Treinamento;
- Motivação e
- Acima de tudo, prática!
