Paula de Santi Louzada, é head marketing e sócia da FM2S, é engenheira mecânica pela UNICAMP, também mestranda em engenharia mecânica, sistemas de engenharia de produção, tem experiência internacional, intercâmbio acadêmico na área de engenharia industrial na França, experiência em melhoria contínua em diversas áreas desde a engenharia, manutenção até na área de compras e logística.
Ela iniciou a trajetória na FM2S em 2017, começando como consultora de projetos júnior, passando então ao longo dos anos a consultora Plena, a coordenadora e gerente de processos até se tornar head marketing e sócia da startup.
Por que você escolheu a engenharia mecânica e quais foram suas primeiras experiências?
É engraçado pensar. Muita gente fala, nossa, por que engenharia mecânica? Não era tão comum na época que eu que eu fiz graduação. Até um número bem pequeno de meninas fazendo engenharia mecânica.
E na verdade eu escolhi Engenharia Mecânica antes do primeiro ano do ensino médio. Eu sempre gostei de carros e estudando um pouco sobre engenharia e engenharia mecânica, eu vi que poderia atuar de diversas formas. Seja como engenheira propriamente dita ou em todas as vertentes que a engenharia mecânica tem.
Então desde que eu pensei, eu sabia que era algo de exatas, e com certeza seria relacionado a engenharia. A engenharia mecânica veio naquela época que todos começam a te perguntar o que você vai fazer.
Eu fui estudando, fiz testes de aptidão também, e vi que a engenharia mecânica ia ser algo bem interessante, foi foi uma escolha lá de trás. Na verdade, quando eu fazia o vestibular tinha dificuldade de escolher a segunda opção.
Como eu comentei, eu escolhi engenharia mecânica por todas as oportunidades que eu vi. Na graduação eu resolvi abraçar todas. Logo no primeiro ano eu fiz parte do BAJA, que é a construção de um carrinho off road , foi algo bem legal, no primeiro ano você está bem cru então aprender com os mais experientes foi bem interessante ter essa troca, participar do campeonato.
Depois eu fiz uma iniciação científica na área de petróleo, eu tinha uma bolsa da ANP na época onde eu desenvolvi um um projeto fiz algumas matérias específicas de petróleo também. No terceiro ano todo mundo começou a falar numa época que o Ciência sem Fronteiras estava em alta e eu sempre tive uma coisa desde antes da graduação, eu gostava muito da França e aí surgiu essa oportunidade.
Era para ficar um ano, acabei estendendo um pouquinho mais a minha a minha permanência lá porque eu consegui um estágio e fiz lá o que seria o quarto ano de engenharia industrial. Na engenharia industrial você tem que fazer quatro meses de estágio. Então o que acontece. Um país estrangeiro mesmo depois de quase oito meses e falando um pouco mais ainda era muito complicado.
E aos quarenta e oito do segundo tempo eu consegui passar num estágio muito bacana, eu fiz estágio na Airbus.
Como foi seu primeiro contato com a FM2S?
Bom eu me formei no finalzinho de 2016, e aí eu comecei a procurar locações, trabalho na área de melhoria. Como eu saí da graduação e não estava empregada eu comecei também a fazer as matérias do mestrado como uma aluna especial então eu peguei uma matéria de mestrado e comecei a procurar.
Eu não conhecia a FM2S, estava no LinkedIn um dia e quando eu olhei a vaga eu falei meu Deus essa vaga é pra mim. A vaga era para a parte de consultoria. Eles estavam começando a parte de consultoria, crescendo, antes era apenas o Virgilio e o Murilo que faziam a parte de consultoria e crescendo precisavam de alguém.
Me chamaram pra fazer entrevista, demorou um pouquinho deu tudo certo, então em junho de 2017 eu comecei aí em julho eu já estava alocada no primeiro grande projeto.
O que você considera necessário para um crescimento na carreira como o seu?
Eu acho que é tudo estar na hora certa e preparado. E sim estar numa numa empresa de crescimento mais agressivo como uma startup. O que é importante deixar claro o que aconteceu, eu entrei na na na FM2S como eu brinco com o pessoal, o meu computador é o 01 da empresa.
Quando eu entrei teve as partes de projeto, e teve muita coisa que a gente foi olhando internamente. Você vai olhando para os processos internos. Então vamos olhar para o comercial por exemplo.
Então eu acho que já fiz um pouquinho de tudo aqui, já fiz processo seletivo, muitos processos seletivos para outras áreas, eu acho que cada coisinha que você vai fazendo você vai colocando um tijolinho no seu conhecimento.
E quando você fala, "ai como o que que a sua graduação te ajudou?". A engenharia mecânica me ajudou a correr atrás das coisas.
Eu acho isso pra mim é um grande divisor, se você não estudar, se você não correr atrás das coisas que você quer ou que você precisa saber, nada vai acontecer. Então acho que essa é a principal coisa que nos força a crescer, a querer melhorar, a querer aprender cada vez mais.
A parte de engenharia me ajudou bastante com isso. Tipo beleza tem que estudar, tem que ralar, tem que fazer. Então não tem outra forma. Então vamos estudar. Eu fiquei na parte de projetos até 2019, mais ou menos eu toquei vários projetos, que foram bem interessantes.
Além disso, eu também tive a oportunidade de dar aulas. Aulas de Green Belt. Vamos estudar e podemos passar essa experiência que a gente teve na prática durante os treinamentos.
Agora contando como que eu cheguei no marketing. Como é que uma engenheira mecânica chegou aqui? O que aconteceu é que em 2019 tínhamos basicamente uma estagiária no marketing e aí conversando chegamos a conclusão que estávamos num teto que se a gente quiser crescer quiser alcançar mais pessoas, ajustar os processos a gente vai precisar construir uma área mais fortalecida.
E basicamente olharam pra mim e perguntaram, "quer tocar?". Ai eu falei nossa por que não? Tem várias coisas na minha vida que eu pensei, por que não? Mas assim são processos, é isso que algumas pessoas tem essa dificuldade de fazer esse depara. Mas são processos qualquer coisa numa empresa são processos.
Dentro do marketing há um mundo. A gente pode falar de inbound, pode falar de evento, a gente pode falar de rede social. Mas são processos, então qual era a ideia? Estruturar os processos principais, os processos base como qualquer lugar. Qual é a primeira coisa quando vai fazer um projeto de melhoria? Olhar os seus processos, definir o que é mais importante, que não pode morrer, vamos focar nisso e aí a gente vai ajustando os processos.
E eu sabia de tudo do marketing? Claro que não. e é por isso que a gente precisa de time. Por isso que a gente tem pessoas que são boas no que elas fazem e aproveitando aqui a gente tá sempre procurando mais boas pessoas para se juntar a nós. A gente precisa de gente que conheça bastante do assunto para agregar pro time.
Então o que a gente sabe muito bem como o processo tem que correr e cada vez que a gente tem uma pessoa melhor, que sabe cuidar melhor desse pequeno pedaço do processo a gente consegue construir uma coisa mais bem estruturada e consegue girar melhor o marketing da FM2S.
Quais você considera os seus principais desafios e quais foram os caminhos para superá-los?
Eu acho que o maior desafio em uma empresa como a FM2S, que é uma startup, é o crescimento a todo momento. Realmente estar aberta para, "vou mudar isso aqui que eu achei que era uma verdade absoluta e não é". Então acho que esse é um desafio que eu acho que a gente muda o mindset e isso faz com que também pessoas que não se adaptem a isso não estejam aqui. E isso faz com que a gente tenha uma cultura.
Então a gente não precisa reinventar a roda. Algumas pessoas já fizeram algo muito parecido. Vamos começar por aí. A gente não precisa começar do zero. Estar aberto e disposto para ouvir as pessoas que estão no seu time. E eu acho que um dos desafios que eu acho em qualquer empresa é o time. Achar as pessoas certas, as pessoas que se sintam com vontade de estar aqui, de crescer com a gente.