De Analista a Head pela Educação: Papo Carreira com Willy Araujo
Willy Araújo é físico pela Universidade Federal de Itajubá, mestre em engenharia de produção e foco na inovação também pela federal de Itajubá, tem um MBA em gestão estratégica de negócios e hoje atua com gerenciamento de serviços de TI.
Quais foram as suas primeiras experiências com a tecnologia
O físico ele é um especialista em resolver problemas e não tem lugar melhor do que a TI pra gente encontrar problemas, encontrar desafios para resolvê-los, Então eu me sinto muito em casa trabalhando em TI hoje acredito sim que a maior parte das pessoas que se formam em física tem ali uma expectativa de se tornarem professores, pesquisadores, mas o físico é muito mais do que isso. O físico aprende certas teorias e ele acaba tendo desafios pelo pelo conhecimento em matemática que ele tem que se desenvolver que acaba deixando ele pronto pra muitos outros desafios profissionais. muitos cargos que hoje são ocupados majoritariamente por engenheiros, por técnicos que os físicos podem com certeza tá ocupando também em pequenas, médias ou grandes empresas.
Nós temos outros casos de físicos também aqui na Ambev onde eu estou trabalhando hoje e por coincidência na minha área não não temos é muito comum que a gente encontre esses profissionais em diversas áreas diferentes. Então, fico muito feliz em ser um outsider e estar aqui contribuindo de maneira mais diversa ainda para esse ambiente de TI que tem por necessidade essa ideia de inovar, de fazer a de soluções diferentes todos os dias.
Fale um pouco mais dessa sua trajetória e como seus estudos contribuíram para sua ela
Perfeito é a Ambev assim como muitas empresas vão criando uma salada mista de termos, de nomes de áreas, então nem se incomode muito com isso. Eu acho que o principal que a gente poderia puxar pra conversar aqui é que ao ter uma formação diferente, ao se somar outros conhecimentos, ao ler coisas diferentes, acho que a gente pode somar muito no dia a dia, nas discussões de rotina com os nossos times.
Desde o começo na Ambev, mesmo quando era um analista, eu tinha esse sonho de fazer gestão de pessoas então eh eu escutei de um gestor fantástico que eu tive logo no começo da carreira que a gente deveria sempre já se posicionar como uma pessoa que já está naquele cargo que a gente quer ter, então mesmo com o analista eu tentava ter uma postura de gestor então está trazendo ali pro time no dia a dia influências positivas de livros que eu estava lendo, de conteúdos que eu estava consumindo eh e sempre compartilhando as fontes para que outras pessoas também pudessem eh estar em contato com aqueles conteúdos.
Foi assim inclusive que eu conheci o Virgílio (Sócio fundador da FM2S) dentro da própria Ambev. Trazendo conteúdos pra gente bater papo e simular coisas e desenhar projetos. eu acho que empresas que tem uma mente aberta dessa forma elas realmente valorizam quem costuma trazer esses conceitos, essas ideias inovadoras. Eu acho que isso então fez mais diferença pra que eu conseguisse galgar novas posições.
Queríamos que você conte pra nós a história do fundo que você utiliza
Esse aqui é o fundo de tela do programa chamado dàgbá que nós temos aqui na Ambev, um programa muito novo, um programa criado esse ano para desenvolver potências negras aqui na Ambev. Eu fico muito feliz de falar desse programa que é um programa de liderança, um programa que busca aflorar todo o nosso conhecimento, o nosso desejo de crescimento, de união. Então nós estamos, eu sou um dos convidados a participar desse programa, são setenta lideranças que foram escolhidas aqui na Ambev para que as suas carreiras sejam aceleradas.
A preocupação da Ambev com diversidade e inclusão é tremenda, tá na nossa pauta diária, inclusive eu falo, nossa pauta, mas assim, na pauta da presidência da Ambev, inclusive eu fiquei muito feliz quando a nossa diretora trouxe esse programa e fez esse convite. Então claro aceitei de prontidão e estou muito feliz. O programa está avançando muito bem. Nós vamos ter agora no final do ano o fechamento desse programa e vamos entender o impacto de setenta lideranças negras sendo desenvolvidas aí para serem aceleradas como estão sendo, então com certeza a gente traz mais novidades a esse programa aqui num num momento oportuno.
O que você considera necessário para uma promoção de carreira?
Com certeza há uma importância assim talvez até maior do que fatores técnicos para que a gente consiga se desenvolver através das nossas softskills eu acredito que ainda mais pra pra esse olhar de gestor que eu tenho pras oportunidades como me foram dadas nesses nove anos de Ambev eu posso te garantir que não teve nenhuma promoção que eu tive, que eu fui pruma área nova que eu conhecesse de fato o escopo que eu estava indo. Imagina que teve um certo momento quando eu estava tocando projetos de TI que eu fui cuidar de projetos de trade marketing.
Em algum momento eu estava ali com os times discutindo a integração de sistemas que a gente tinha como prestador de serviço. Então eu estava discutindo ali um contexto que eu nunca tinha ouvido falar. Eu estava trabalhando na Ambev antes como eu falei em projetos de logística voltados para parte de insumos e planejamento. E me colocaram num desafio como esse, sabe? Para resolver o problema.
Então estava lá eu discutindo assuntos completamente novos e eu acho que pra que a gente se sinta bem e se desenvolva bem nesses ambientes tem muita softskill que tem que ser desenvolvida né? Primeiro assim você tem que ter a certeza de que você está sempre lutando contra o tempo porque o problema já está lá já existe e o problema não espera ele quer ele precisa ser resolvido o quanto antes. Normalmente são problemas que doem no bolso, né? Ou que podem nos dar uma eficiência, podem nos dar um um desenvolvimento para economizar algum tipo de dinheiro que a gente tá gastando com um processo menos eficiente que a gente possa ter hoje. Então, isso normalmente gera uma ansiedade nas pessoas, pra resolver rápido. E é é sempre esse tray-off entre resolver rápido e resolver de forma a não precisar voltar nesse problema amanhã. Porque às vezes aquela solução que ela é um pouquinho mais rápida ela não é sustentável. E aí de repente seja uma base de clientes que cresce ou só o passar do tempo mesmo que te faz ter uma solução que vai ruir. Então a gente sempre tem essas preocupações aqui, eu acho que ter essa calma, ter um olhar mais cuidadoso e ter sempre assim um planejamento das suas ações.
Fazer um mapeamento de risco do que tá acontecendo ali ao seu redor foram coisas que me trouxeram um um pouco mais de tranquilidade, de sucesso inclusive em cada passo que eu fui dando ali. E pra isso eu acho que a gente precisa ter uma comunicação muito clara porque quando você não entrega um, sistema, um projeto ou um novo processo. No tempo que as pessoas estão esperando você precisa saber explicar o porquê que você não entregou. As empresas criam uma expectativa muito grande com certas soluções. Que o profissional que não consegue narrar bem ali a história do que que aconteceu porque que não é possível entregar isso em dois meses como um diretor pode estar sonhando? Por que que não foi possível fazer isso com o custo de setenta por cento do orçamento como se previa sabe? Então a habilidade de se comunicar, pra mim é uma das mais valiosas e é preciso se desenvolver sempre nessa habilidade. Eu acho que não tem um teto para desenvolver comunicação. A gente falou ainda agora por exemplo de diversidade e inclusão aqui com o programa da da dàgbá. A comunicação precisa ser diversa e inclusiva.
Quais outros aspectos para conduzir um time de sucesso?
Nosso público deve ter acompanhado aqui nos últimos anos algumas pesquisas mostraram que segurança psicológica é o que mais traz retorno pros ambientes empresariais, então todas as skills que a gente for desenvolver que vão poder trazer de alguma forma mais segurança psicológica pro ambiente onde as pessoas trabalham, pras relações profissionais eu toco todos.
Se de alguma forma, por exemplo, a gente falar sobre comunicação, se uma fala mais inclusiva vai fazer com que pessoas diferentes do time vão conseguir se sentir mais seguras, isso é ótimo, se você, por exemplo, for mais flexível com a gestão do tempo. A gestão da agenda das próprias pessoas, se você for mais flexível com isso, vai aumentar a segurança psicológica? Vamos fazer.
É a cultura do erro se você conseguir desenvolver nas pessoas a coisa de olha queria levantar a mão aqui pra dizer que eu errei. Que eu tinha que fazer essa entrega aqui assim e eu não fiz dessa forma assumir o erro e saber que você não vai ser punido por aquilo, é algo que com certeza vai despertar nas pessoas esse sentimento de segurança. Então eu acredito que desenvolver essas habilidades para você conseguir ter essa troca fluida entre as pessoas vai de fato garantir um desenvolvimento e uma uma conexão entre as pessoas muito mais honesta, muito mais dinâmica e isso com certeza vai fazer com que a empresa entregue mais valor, cresça, se desenvolva e eu tô conseguindo ver isso acontecer.