A flexibilidade no trabalho vem de uma cultura organizacional diferente, baseada no crescimento e na omniconexão, bem como no índice de produtividade.
Principalmente com a pandemia do Covid-19, milhares de empresas notaram que um modelo extremamente rígido não seria funcional, gerando a quebra dos negócios. Então, foi o momento forçado de adaptação, que trouxe diversos benefícios.
Pensando nisso, separamos aqui o que exatamente é essa flexibilidade, como ela ocorre no ambiente de trabalho e como você pode adotar essa postura agora. Confira!
O que é flexibilidade no trabalho? Exemplos
O método de trabalho mudou muito nos últimos anos e nunca a frase “não viva para trabalhar, trabalhe para viver” fez tanto sentido.
Atualmente, vemos milhares de pessoas que buscam algo mais tranquilo, com menor cobrança, mais fácil de ser realizado e que traga mais liberdade.
Neste cenário, as empresas também precisaram se adaptar, incorporando novos meios de funcionar. Isso bem antes da pandemia. Para você ter uma ideia, o Google tem há anos espaços de descanso e oferece o local para aqueles que querem trabalhar em seus próprios projetos.
E isso não acontece por um motivo ou outro, mas por um combo de fatores. Desde o aproveitamento da vida, até o aumento na produtividade, novos meios de produção, autonomia na rotina, etc.
Diante disso, a flexibilidade no trabalho é uma nova forma, que foge do modelo rígido e tradicional.
Então, se antes não havia espaço para negociar sobre rotinas, agora há opções. Por exemplo, trabalhar meio expediente no escritório e o restante em home office ou só irem ao escritório para reuniões mais importantes.
Na prática, esse modelo traz mais liberdade em relação aos horários, local de trabalho e rotina. Isso mesmo cumprindo os prazos e mantendo os líderes atualizados.
Portanto, o que mais importa não é o lugar ou a quantia de horas trabalhadas, mas executar as tarefas com qualidade.
Quais são os tipos de flexibilidade no trabalho?
Agora, chegamos aos tipos de flexibilidades que podem acontecer no ambiente de trabalho. Sendo que algumas empresas adotam mais de um tipo em um mesmo setor. Tudo depende da organização e fluxo interno.
Home office
Um dos mais populares durante a pandemia, e que continuou em muitos negócios, o home office se baseia no trabalho em casa. Ou seja, você monta um escritório na sala, quarto ou outro lugar.
A principal vantagem desse modelo é que elimina os gastos (financeiros e de tempo) com trânsito, principalmente nas grandes cidades.
Da mesma maneira, reduz as limitações de espaço. Já que um indivíduo pode trabalhar em empresas de outros estados e até de outros países.
Logo, tudo o que o colaborador precisa é de um computador com acesso a internet para se conectar com a empresa.
Flexibilidade na carga horária
Provavelmente você já se perguntou por que tudo começa sempre as sete horas da manhã. Principalmente se não é alguém matinal e sofre a cada dia quando o despertador toca.
Dessa forma, esse modelo visa dar liberdade nos horários. Geralmente, o funcionário deve cumprir uma determinada quantia semanal, mas ele decide o momento de entrar e sair.
Isso facilita bastante a rotina, principalmente para os afazeres pessoais ou surpresas. Por exemplo, ao invés de entrar as sete da manhã, você entra as nove da manhã.
Nestes, é preciso ter um equilíbrio e boa gestão de tempo, para cumprir com as atividades que devem ser executadas.
Também existem empresas que não cobram por horas trabalhadas, mas por tarefas executadas. Ou seja, desde que você faça o que deve fazer, pode ir embora “mais cedo”.
Horizontalidade hierárquica
Mesmo com esse nome longo, esse modelo é bastante simples e prático de entender.
Em suma, essa flexibilidade no trabalho não está relacionada ao lugar ou as horas, mas a forma como todos são inclusos no processo diário.
Assim, o intuito é estimular todos os colaboradores, independentemente do setor ou posição, a fazer parte dos processos, dar opiniões, ideias e sugestões.
Claro que, para funcionar, eles devem realmente ser ouvidos e terem crédito em suas palavras. A vantagem é que otimiza o funcionamento geral e traz coisas novas à tona.
Afinal, quem mais conhece o processo todo da empresa são aqueles que estão na produção e não aqueles que só esperam os resultados em uma sala.
Essa integração fortalece o vínculo dos colaboradores com a empresa. Ao sentirem que são ouvidos e valorizados, querem fazer o negócio crescer e contribuir de alguma maneira. Tudo isso, alavanca os resultados.
Divisão de tarefas conforme perfis
Não é segredo que cada colaborador tem um perfil único. Então, ao invés de tentar moldar isso, a perspectiva é aproveitar ao máximo as peculiaridades de cada um.
Para isso, a flexibilidade no trabalho envolve a divisão ou delegação de tarefas. Mas, para funcionar corretamente, deve-se considerar o perfil desses colaboradores.
Então, você não vai colocar aquele que é estressado para ser líder ou fazer a gestão de pessoal. Mas, se ele for prático e tiver ideias rápidas, vai funcionar no processo de tomada de decisões e análise.
Portanto, conforme a habilidade de cada um, as tarefas são direcionadas.
Flexibilidade no trabalho também envolve o ambiente
Para finalizar essa lista de tipos, não podemos deixar o ambiente de fora. Afinal, é nesse espaço que o colaborador passa longas horas do dia.
Inicialmente, não é toda empresa que pode permitir que os laptops sejam levados para casa (terminando a tarefa em home office), mas existem outras possibilidades.
Por exemplo, evite criar espaços muitos pequenos, melhore o posicionamento das estações/mesas e faça com que os colabores tenham uma visão mais natural. Como janelas e jardins.
Outra dica é instalar luzes que não cansam os olhos, ter cadeiras confortáveis e balcões que não causem dores nos braços.
Além disso, há opções de espaços para comer tranquilamente, descansar no intervalo e assim por diante.
Como ser uma pessoa flexível no trabalho
Dentro disso tudo entra a questão de como ser mais flexível no trabalho, bem como o que seria essa experiência omniconectada.
Em resumo, a ideia é possibilitar a conexão em qualquer lugar, horário ou dia da semana. Mas não termina por aí, já que o objetivo é agregar valor.
Dessa forma, essa experiência visa uma liderança mais moderna, uma cultura de propósito, flexibilidade e capacitação.
Ou seja, para você ser uma pessoa mais flexível, deve pensar nessas quatro esferas como algo pessoal, não esperando unicamente a empresa avançar.
É preciso ter uma visão mais empática e transparente, ser confiável, ter um local seguro mentalmente para ser autêntico, dentre outros aspectos. O mundo mudou e, com ele, o método de trabalho e as formas de viver.
Neste cenário, cabe as empresas e aos colaboradores investirem no avanço. De um lado fornecendo melhorias financeiras e retenção de talentos, do outro elevando a produtividade e fortalecendo a confiança.
Afinal, não basta a empresa fornecer meios de flexibilizar o trabalho, o colaborador deve estar disposto a fazer parte da mudança, bem como ser parte integrante do processo.
Por exemplo, muitas empresas que migram para o home office sem uma boa seleção de pessoal, acabam com a produtividade abalada. Daí a importância de fazer essa conexão humana, estabelecendo parâmetros de confiança interna.