Etapas Gerenciamento de Risco
Melhoria de Processos

11 de janeiro de 2019

Última atualização: 28 de março de 2025

Quais são as 5 etapas de gerenciamento de riscos?

gerenciamento de riscos é um processo contínuo e estruturado. Ele ajuda a identificar incertezas que podem impactar o projeto, minimizar ameaças e aproveitar oportunidades. Para ser eficaz, esse processo precisa seguir etapas bem definidas, que conduzam desde a identificação até o acompanhamento dos riscos ao longo do ciclo de vida do projeto.

Ao aplicar essas cinco etapas, você aumenta o controle sobre prazos, custos e resultados, além de apoiar uma tomada de decisão mais segura. A seguir, entenda como cada fase contribui para reduzir imprevistos e tornar sua gestão mais estratégica.

Quais as 5 etapas de gerenciamento de riscos?

Etapa 1: Identifique o risco

Nesta fase, você e sua equipe reconhecem e descrevem os riscos que podem impactar o projeto ou comprometer seus resultados. É o momento de levantar eventos incertos que, se ocorrerem, podem influenciar prazos, custos ou entregas.

Diversas técnicas podem ser utilizadas para apoiar essa identificação, como brainstorming, entrevistas com especialistas, análise de históricos e revisão de documentação de projetos anteriores.

Ao final dessa etapa, inicia-se a elaboração do registro de riscos, onde todos os riscos identificados são documentados para acompanhamento ao longo do projeto.

Etapa 2: Analise o risco

Com os riscos identificados, o próximo passo é analisar a probabilidade de ocorrência e o impacto potencial de cada um no projeto. O objetivo é entender a natureza de cada risco e como ele pode influenciar as metas e os resultados esperados.

Essa análise permite diferenciar riscos com maior urgência daqueles que exigem apenas monitoramento. As informações levantadas são registradas no registro de riscos, para orientar as etapas seguintes do gerenciamento.

Etapa 3: Avalie ou classifique o risco

Nesta etapa, os riscos são avaliados quanto à sua magnitude, considerando a combinação entre probabilidadeimpacto. Essa classificação permite priorizar os riscos de acordo com sua gravidade e necessidade de resposta.

Com base nessa análise, define-se se o risco pode ser aceito ou se demanda ações específicas de tratamento. Essa priorização orienta o foco dos esforços da equipe.

Todas as classificações são registradas no registro de riscos, garantindo uma visão organizada e atualizada dos riscos do projeto.

Classificações de risco: como organizar e priorizar

A classificação de riscos é feita com base na combinação entre probabilidade e impacto. Essa análise ajuda a priorizar ações, alocando esforços nos riscos que realmente exigem atenção imediata.

Em geral, os riscos são classificados em níveis como:

  • Baixo: impacto mínimo e baixa probabilidade; pode ser apenas monitorado.
  • Médio: exige atenção, mas não requer ação imediata.
  • Alto: alta probabilidade e impacto relevante; demanda plano de resposta.
  • Crítico: risco elevado com potencial para comprometer o projeto; requer tratamento imediato.

Essas categorias são frequentemente representadas em matrizes de risco, que facilitam a visualização e o alinhamento com toda a equipe.

Etapa 4: Trate o risco

Também conhecida como planejamento de respostas a riscos, esta etapa foca nos riscos com maior prioridade. O objetivo é definir ações para reduzir a probabilidade e o impacto de ameaças, ou ampliar os efeitos positivos de oportunidades.

Você deve elaborar estratégias de mitigaçãoplanos preventivosplanos de contingência, buscando reduzir os riscos a níveis aceitáveis.

As medidas definidas para os riscos mais críticos devem ser registradas no registro de riscos, garantindo acompanhamento e execução ao longo do projeto.

Etapa 5: Monitore e analise o risco

Nesta etapa, o foco está em acompanhar continuamente os riscos identificados, verificando se houve mudanças em sua probabilidade, impacto ou status. O registro de riscos serve como base para esse monitoramento.

A equipe deve rastrear, revisar e atualizar periodicamente os riscos e suas respostas ao longo do projeto. Esse acompanhamento garante que novas ameaças ou oportunidades sejam incorporadas à gestão e que as ações planejadas estejam sendo executadas.

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O que é risco?

Risco é a incerteza sobre eventos futuros que podem afetar o projeto, seja de forma negativa ou positiva. Quando essa incerteza é identificada e estruturada, o projeto se torna mais previsível. Isso permite decisões mais seguras e maior controle sobre o andamento das atividades.

Ao aplicar o gerenciamento de riscos, é possível reduzir surpresas indesejadas e antecipar obstáculos. Além disso, aumentam as chances de identificar oportunidades que podem trazer benefícios ao projeto.

Outro ponto relevante: quando os riscos são previstos, as respostas já estão planejadas. Isso evita decisões reativas ou improvisadas, reduz a pressão sobre a equipe e contribui para um ambiente de trabalho mais equilibrado. O resultado é uma gestão mais eficiente, com menor impacto de ameaças e melhor aproveitamento de oportunidades ao longo do projeto.

O que é Gerenciamento de Risco em Projetos?

Gerenciamento de riscos em projetos é o processo de identificar, analisar e responder a riscos ao longo do ciclo de vida do projeto, com o objetivo de manter o projeto no caminho certo e alcançar os resultados esperados. Trata-se de uma prática que vai além da reação a problemas. Ela começa no planejamento, antecipando possíveis eventos e definindo como lidar com eles, caso ocorram.

Riscos identificados são potenciais eventos que podem afetar negativamente (ou positivamente) o cronograma, o desempenho ou o orçamento. Quando um risco se concretiza, ele passa a ser tratado como um problema a ser resolvido. Por isso, o gerenciamento eficaz envolve identificação, categorização, priorização e planejamento de resposta, antes que esses riscos impactem o projeto.

Existem diferentes tipos de riscos que podem surgir em um projeto: operacionais, financeiros, legais, tecnológicos e até desastres naturais, como enchentes ou terremotos, dependendo do contexto. A compreensão desses tipos permite uma análise mais completa das ameaças e oportunidades envolvidas.

A abordagem de gerenciamento pode variar conforme o porte do projeto. Em projetos de grande escala, costuma envolver planos detalhados para cada risco significativo. Já em projetos menores, é comum utilizar uma lista priorizada de riscos identificados, classificada em alta, média ou baixa prioridade.

Além de reduzir impactos negativos, o gerenciamento de riscos fortalece a tomada de decisão, oferecendo mais previsibilidade e segurança para líderes e equipes ao longo da execução.

Principais tipos de riscos em projetos

Para um gerenciamento eficaz, é importante conhecer os principais tipos de riscos que podem afetar um projeto. Abaixo estão os mais comuns:

  • Riscos técnicos: relacionados a falhas em tecnologia, infraestrutura, sistemas ou especificações técnicas não alcançadas.
  • Riscos financeiros: envolvem variações de custos, câmbio, financiamento ou fluxo de caixa.
  • Riscos operacionais: problemas nos processos internos, logística, suprimentos ou produtividade.
  • Riscos legais e regulatórios: mudanças em leis, normas e exigências que impactam a execução do projeto.
  • Riscos humanos: ausência de pessoal-chave, conflitos internos ou falta de capacitação.
  • Riscos externos: variáveis fora do controle da equipe, como desastres naturais, crises econômicas ou instabilidade política.

Identificar corretamente esses tipos contribui para um plano de resposta mais assertivo e uma gestão mais estratégica dos projetos.

Ferramentas e técnicas para gerenciamento de riscos

A adoção de ferramentas adequadas torna o gerenciamento de riscos mais estruturado e eficaz. Elas auxiliam na visualização, priorização e definição de respostas a eventos incertos, apoiando a tomada de decisão ao longo do projeto. A seguir, veja duas das abordagens mais utilizadas.

Matriz de riscos

matriz de riscos é uma ferramenta visual que cruza dois critérios principais: probabilidade de ocorrênciaimpacto no projeto. O objetivo é classificar os riscos identificados em níveis de prioridade — geralmente categorizados como alto, médio ou baixo.

Essa matriz facilita a definição de quais riscos demandam respostas imediatas, quais podem ser monitorados e quais têm impacto irrelevante. A clareza visual da matriz torna a comunicação com as partes interessadas mais objetiva e direta.

Exemplo prático: um risco com alta probabilidade e alto impacto, como a falta de um fornecedor-chave, deve ser tratado com um plano de contingência robusto. Já um risco de impacto baixo, como um atraso pontual em uma entrega não crítica, pode apenas ser acompanhado.

Análise SWOT aplicada a riscos

análise SWOT também pode ser usada na gestão de riscos, especialmente na fase de identificação e categorização. Ela permite mapear:

  • Strengths (forças): fatores internos que reduzem riscos;
  • Weaknesses (fraquezas): fragilidades internas que aumentam a exposição;
  • Opportunities (oportunidades): eventos externos positivos que devem ser aproveitados;
  • Threats (ameaças): riscos externos que podem impactar negativamente o projeto.

Aplicar essa estrutura ajuda a ampliar a visão estratégica da equipe e relacionar riscos internos e externos ao contexto do projeto. A análise também é útil para alinhar a gestão de riscos aos objetivos organizacionais, conectando decisões de mitigação com metas de negócio.

Como construir um mapa de risco?

Envolva pessoas de todas as partes da sua organização

O mapeamento de riscos não é um processo que deve ser conduzido por uma pessoa.

Cada pessoa em sua empresa, do CEO ao estagiário, terá ideias diferentes sobre os riscos mais comuns em seu setor. Você não pode envolver todos, mas pedir a várias pessoas de vários departamentos e níveis de autoridade para garantir que você esteja obtendo pontos de vista exclusivos.

Isso também permitirá que você descubra riscos que você pode não ter considerado anteriormente e ganhe novas perspectivas sobre quão frequente ou grave é um risco.

Entenda cada risco

Simplesmente nomear seus riscos não permite que você crie um mapa de risco efetivo. Mas você deve avaliar cada cenário com um forte entendimento do negócio e como os riscos podem afetar sua capacidade de continuar as operações.

Por isso, pense no que provavelmente causará o risco e as consequências que ele terá, se ocorrer.

Também é importante, além disso, ser consistente em como você classifica cada risco em termos de frequência e gravidade, de modo que o produto final seja uma representação clara de como os riscos se comparam entre si.

Procure orientação

Nem sempre é possível estimar a probabilidade e o impacto de riscos com base apenas na experiência interna. Se as conversas com pessoas da sua organização não forem suficientes, buscar orientação externa pode ser o próximo passo.

Empresas em estágio inicial, por exemplo, podem não ter histórico suficiente para avaliar riscos com precisão. Nesses casos, é possível consultar especialistas. Corretoras e provedores de seguros frequentemente oferecem ferramentas ou serviços voltados ao gerenciamento de riscos e podem indicar profissionais capacitados.

Outra alternativa é analisar dados do setor, estatísticas públicas e práticas adotadas por organizações semelhantes. Essas informações ajudam a embasar sua classificação de riscos com mais confiança.

Além disso, profissionais certificados em Lean Six Sigma também são fontes valiosas. A metodologia, voltada à otimização de processos, redução de variabilidade e eliminação de desperdícios, contribui diretamente para a tomada de decisão em ambientes incertos. Ao mesmo tempo, promove uma cultura organizacional mais analítica e orientada por dados.

Entre esses profissionais, o Green Belt se destaca como um apoio qualificado para projetos com riscos identificados. Com formação prática em melhoria contínua e atuação direta em iniciativas de mudança, ele possui conhecimento técnico para orientar decisões. Em níveis mais avançados, os Black BeltsMaster Black Belts oferecem ainda mais profundidade.

Vale lembrar: todos esses cursos estão disponíveis na FM2S Prime. Uma excelente oportunidade para desenvolver competências estratégicas e aplicar com mais segurança as práticas de gerenciamento de riscos em seus projetos. 

Revisitar e modificar

Criar e utilizar um mapa de riscos é um passo importante na gestão do projeto, mas o trabalho não termina aí. O cenário de riscos é dinâmico e pode mudar ao longo do tempo.

Por isso, é recomendável revisar periodicamente as classificações de risco com a equipe responsável — preferencialmente a cada trimestre. Essa revisão permite identificar mudanças no status de riscos existentes e incluir novos riscos que possam ter surgido.

Manter o mapa de riscos atualizado garante que ele continue sendo uma ferramenta útil, consistente e alinhada com a realidade do projeto, contribuindo para a redução de incidentes e custos.

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Virgilio Marques Dos Santos

Virgilio Marques Dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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