Está pensando em fazer uma parceria com outra empresa visando obter maior lucro, ouviu falar do termo Joint Venture e não sabe o que ele significa?
Bom, é justamente sobre isso que iremos falar neste post, portanto, se você está pensando em criar uma parceria Joint Venture, mas não entende como funciona, confira esse post até o final.
O que é Joint Venture?
O termo Joint Venture é um termo inglês, que se refere a uma união entre duas ou mais empresas. Neste caso, estamos falando de duas empresas independentes, que decidem fazer uma parceria ou, colaboração empresarial.
Normalmente, essas parcerias acontecem visando trabalharem juntos em um projeto, porém, isso não descarta uma fusão.
Além disso, é importante destacar que as empresas não precisam atuar no mesmo ramo para criarem essa parceria.
Um exemplo bem interessante é o trabalho de construtoras com escritórios de arquitetura, onde a empresa constrói a casa, enquanto o escritório oferece o design.
É comum as parcerias durarem até que todos os imóveis estejam feitos ou com o prazo de contrato concluído.
Como funciona o Joint Venture?
Agora que sabemos o que se refere o termo Joint Venture, vamos entender melhor como ele é aplicado no mundo dos negócios.
Como falamos antes, trata-se de uma parceria entre duas ou mais empresas com o intuito de desenvolverem um projeto.
Neste caso, é importante que o projeto tenha pré-determinado um tempo de duração. Aqui não tem importância o quão longo ou curto ele será, só deve ser definido entre as partes.
Quais são as principais razões pelas quais as empresas formam uma joint venture?
A principal razão pela qual as empresas formam uma Joint Venture é o crescimento/expansão, além da possibilidade de reduzir os gastos e elevar os lucros.
Como funciona em um acordo de cooperação, o crescimento envolve todas as empresas que estão nesse acordo comercial.
É bastante comum que uma empresa que queira atuar em uma nova região forme uma joint venture para facilitar esse processo, reduzindo na logística, contrato de pessoal e na infraestrutura. Através dessa parceria, ambos aumentam a lucratividade e reduz a burocracia ou dificuldades.
A título de curiosidade, a BRF – Brasil Foods fez uma parceria com a DCH (empresa de alimentos chinesa) em 2012 para alavancar e desenvolver a Sadia na China, sendo um ótimo exemplo de Join Venture com uma empresa do Brasil.
Neste cenário, as principais razões que levam as empresas a escolher esse tipo de união são:
- Explorar novos mercados;
- Reduzir custos de expansão;
- Aumentar os lucros;
- Redução de processos legais;
- Superação de barreiras, etc.
Quais as principais formas de joint venture?
As principais formas de joint venture são duas:
Non corporate ou contratual
Nesse modelo não existe a criação de uma nova empresa. A joint venture contratual não possui uma personalidade jurídica própria.
Frequentemente, é uma parceria de curto-médio prazo e costuma envolver empresas diferentes (como uma de tecido e outra de fabricação de móveis), mas que possuem um mesmo objetivo.
Essa forma de união entre empresas, geralmente, envolve aquelas que diferem entre si nos produtos/serviços, mas que estão tentando aumentar a produção, torná-la mais barata, bem como mais eficiente. Em outros casos, essas empresas podem se unir para competir com uma terceira empresa.
Joint venture societária
A societária é a forma de joint venture que possui a criação de uma nova empresa, esta tem uma personalidade jurídica própria.
Isso significa que na formação de uma joint venture societária, essa nova empresa terá um CNPJ próprio e as que formaram a parceria não se unem. Logo, essas empresas societárias recebem uma porcentagem por participar dessa nova que foi formada.
Esse valor recebido sempre corresponde ao investimento de cada parte. Sendo que o investimento envolve não apenas o valor financeiro, mas os espaços, tecnologias, estruturas, mão de obra, etc.
A estratégia societária é comum em investimento de longo prazo que tornam a dinâmica mais eficaz. Nas empresas de exploração de pedras, é muito comum.
Quais são os principais riscos e vantagens de formar uma joint venture?
Pensar nas vantagens e desvantagens é considerar não apenas onde a empresa pode chegar, mas os riscos de tal união e garantir uma perspectiva mais completa do assunto.
Risco e Investimento compartilhado
Uma das principais vantagens da joint venture é que os riscos dessa operação são divididos entre as empresas participantes.
Cabe destacar que todo negócio é um risco, seja uma nova empresa ou a exploração do novo mercado. Logo, é algo natural e esperado.
Entretanto, ao escolher esse modelo, os riscos são diluídos entre as empresas, fazendo com que as estruturas internas de cada não sofram tanto com problemas.
Em simultâneo, o investimento compartilhado permite que cada uma das partes ajude nessa união de formas distintas, ou seja, nada sai de apenas uma fonte.
Como resultado, a totalidade não é tão grande assim e cada uma pode atuar de forma mais inteligente para si, a partir do capital que possui ou mesmo das tecnologias.
Maior acesso a novos mercados e otimização operacional
Por ser uma união entre empresas, facilita o acesso a mercados nos quais a sua ainda não atua, bem como eleva o market share. Inclusive no âmbito internacional.
Na prática, toda a burocracia fica mais fácil, ágil e barata, a logística se torna viável e ocorre uma maior captação de público.
O joint venture ainda traz uma otimização operacional que reduz os custos gerais, seja com matéria-prima ou mesmo com equipamentos, ao passo que eleva a eficiência e rapidez.
Conflitos e fracasso compartilhado: desvantagens
Ainda que as vantagens sejam bastante bacanas, todo investimento inclui riscos. Nesse modelo de negócio, a principal deles são os conflitos.
Em outras palavras, as empresas podem não concordar com o papel de cada uma, como os trabalhos que serão realizados ou em decisões importantes. Tudo isso lesa diretamente no negócio. Não à toa, muitas empresas quebram o contrato por causa desses conflitos internos e algumas chegam a processos na justiça.
Além disso, existe a divisão do fracasso, ou seja, se algo acontecer, todas as empresas envolvidas terão um impacto interno.
Dessa forma, pode ocorrer um conflito de metas ou mesmo uma quebra na confiança das empresas que se uniram. Essa quebra de confiança entre empresas é ruim para os negócios. Por isso, são necessárias novos planos para trazer clareza e devolver a confiança.
Diferença entre Joint Venture e Fusão (Mergers)
Ambos são duas estratégias de união entre empresas para atingirem um objetivo em comum, mas as semelhanças acabam logo por aí. Cada um apresenta suas características distintas e são escolhidas de acordo com o objetivo da união.
Joint venture é uma parceira temporária. As empresas participantes da união ainda mantém sua identidade e operações separadas, mas trabalham um conjunto para alcançar o objetivo em comum.
A fusão é uma união permanente entre as empresas envolvidas, formando uma nova entidade jurídica. Após a junção, as empresas juntas adquirem uma nova identidade e operam como uma única empresa. A fusão pode ocorrer por meio de uma aquisição, em que uma empresa compra outra, ou por meio de uma incorporação, em que as empresas se unem para formar uma nova entidade.
Em resumo, a principal diferença entre joint venture e fusão é que a joint venture é uma parceria temporária, enquanto a fusão é uma união permanente. Além disso, na joint venture, as empresas envolvidas mantêm sua identidade e operações separadas, enquanto na fusão, elas se unem para formar uma nova empresa.
Como as empresas decidem se devem ou não formar uma?
As empresas podem decidir formar ou não uma joint venture considerando suas metas, uma avaliação dos riscos, possíveis interessados e vantagens de cada um deles.
Na maioria das vezes, o principal fator de interesse é a redução de obstáculos para entrar em um novo mercado, conseguir tecnologias melhores e expansão das atividades.
Entretanto, essa não é uma decisão rápida, que deve ser considerada sem avaliação de necessidades, expectativas e riscos que surgem com essa parceria.
Justamente por isso, diferentes equipes fazem parte do processo, incluindo as jurídicas que vão analisar os contratos ou projetos dessa parceria.
Portanto, pondere quais são as vantagens dessa união, as empresas em potencial e faça uma avaliação de cada uma delas em um espectro amplo, a partir de todos os fatores importantes.
Em alguns casos, comuns em empresas menores, os gestores também podem fazer parte desse processo visando o aprendizado e posterior aplicação do novo. Bem como para remanejo de talentos.
Mesmo após a união, mais do que nunca, a gestão deve ser capaz de gerenciar as pessoas envolvidas e coordenar os projetos de melhorias. Para garantir que a empresa continue relevante no mercado, um gestor deve ter a certificação Lean Seis Sigma Black Belt, onde obterá o conhecimento de ferramentas e habilidades para destacar sua empresa.