Perspectivas da indústria brasileira para 2016
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29 de abril de 2015

Última atualização: 25 de janeiro de 2023

Perspectivas da indústria brasileira para 2016

Perspectivas da indústria brasileira: continuando na linha das perspectivas para 2015, vamos discutir mais alguns indicadores no post de hoje. Para começar com indústria brasileira, vamos de Nível de Utilização da Capacidade Instalada Com Ajuste Sazonal. Como será que está a perspectiva da indústria brasileira?









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Figura 1: % de utilização da capacidade instalada (1980 - 2015).

Como o gráfico da figura 1 inicia-se em 1980, não é possível verificar em detalhes como está a utilização da indústria brasileira agora. Para isto, podemos elaborar um gráfico de tendência iniciando-se no governo Lula 1 e verificarmos o comportamento. É como dar um zoom no gráfico da figura 1.









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Figura 2: % de utilização da capacidade instalada (2003 - 2015).

Pela figura 2, os cenários ficam mais claros. Dá para ver o impacto da crise mundial de 2008 na indústria brasileira, sua recuperação e também o início de uma nova crise em 2014. O % da utilização da indústria hoje é o mesmo de dezembro de 2008. Mas vamos a mais indicadores: Índice de Confiança da Indústria com Ajuste Sazonal.









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Figura 3: Índice de Confiança da Indústria com Ajuste Sazonal (2003-2015).

A figura 3 traz praticamente a mesma informação da figura 2, exceto pela velocidade. O índice de confiança parece refletir um pouco mais rápido o grau de utilização da indústria. É como se a equipe de gestão, vendo os estoques subirem, já diminuem a confiança em um cenário promissor, antes mesmo de começar férias coletivas e redução da utilização. Esta correlação fica clara no gráfico da figura 4.









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Figura 4: relação entre % de utilização e confiança da indústria.

E por último, mas não menos importante, vamos dar uma olhada no IGP-M, ou Índice Geral de Preços do Mercado. Este é um indicador mensal cuja base 100 foi instituída em agosto de 1994. Num cenário de desaceleração industrial, teme-se aumento da pressão inflacionária, principalmente com um dólar em patamares elevados. Tal temor baseia-se no fato das indústrias reduzirem seus investimentos em CAPEX nas épocas de crise, o que força um aumento de preços na retomada da economia. Será que isto é verdade?









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Figura 5: gráfico de tendência do IGP-M.

Na figura 5 é possível enxergar alguns indícios deste movimento, com a inflação ficando mais estável em épocas pré-crise e acelerando depois, mas nada muito claro. Para isto, penso ser melhor massagearmos estes dados. Para isto, calculou-se a variação mensal do IGP-M e elaborou-se um gráfico de controle de individuais (fig.6).









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Figura 6: gráfico de controle da variação mensal do IGP-M.

Pela figura 6 fica mais fácil de visualizar estas variações. Antes da crise mundial, IGP-M tava bombando com 3 pontos fora de controle, mas depois, bateu fundo. Porém, agora, mesmo num cenário de perspectiva ruim, o IGP-M continua pressionando. Por que será hein? Dúvida e sugestões, entrem em contato.

Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.