Quanto ganha um engenheiro? Piso e salários por área
Educação e Carreira

18 de maio de 2022

Última atualização: 18 de dezembro de 2025

Quanto ganha um engenheiro? Piso e salários por área

O salário de engenheiro no Brasil pode variar bastante. Enquanto alguns profissionais recebem valores próximos ao piso da categoria, outros conseguem remunerações bem acima da média, dependendo da área de atuação, experiência e região onde trabalham.

Neste conteúdo, você vai entender qual é o piso salarial da engenharia segundo a legislação, como ele se aplica na prática e quais são os fatores que influenciam os ganhos ao longo da carreira. Também vamos mostrar as áreas com melhores salários, os cursos mais promissores e o que você pode fazer para aumentar sua remuneração como engenheiro.

Se você está escolhendo a carreira ou já atua na área e quer melhorar sua posição no mercado, este guia pode ajudar a tomar decisões com mais clareza.

Piso de salário do engenheiro no Brasil

De acordo com a Lei nº 4.950-A/1966, os profissionais diplomados em engenharia, química, arquitetura, agronomia e veterinária têm direito a um piso salarial vinculado ao salário mínimo e à carga horária semanal.

Essa legislação determina que o cálculo do piso se baseia na seguinte proporção:

  • 6 horas diárias: 6 salários mínimos mensais
  • 7 horas diárias: 7,25 salários mínimos mensais
  • 8 horas diárias: 8,5 salários mínimos mensais

Isso significa que o valor mínimo do salário de um engenheiro não pode ser inferior a essas proporções, independentemente do cargo, localidade ou tipo de contrato.

Embora a lei defina um piso nacional, na prática, os salários variam conforme a área de atuação e a região. Por exemplo, segundo dados de mercado, um engenheiro agrícola tem média salarial de aproximadamente R$ 5.498,00, enquanto um engenheiro de sistemas recebe em média R$ 8.372,00 (valores de 2022).

Além da especialidade, fatores como regime de contratação (CLT ou autônomo) e localização geográfica também influenciam na remuneração. Segundo levantamento do site Cargos e Salários, a média de remuneração por hora trabalhada varia significativamente entre capitais e cidades do interior, refletindo o custo de vida e a demanda por profissionais em cada região.

Salário de engenheiro por área

O salário de um engenheiro varia conforme a especialidade escolhida, o setor em que atua e a demanda do mercado. Além disso, fatores como localização, experiência e certificações influenciam diretamente nos valores pagos pelas empresas.

A seguir, veja as médias salariais por área com base em dados recentes do mercado e portais especializados.

Engenheiro Civil

O engenheiro civil tem um dos perfis mais tradicionais e com maior número de profissionais no país. Atua em obras, projetos estruturais, planejamento urbano e infraestrutura.

  • Salário médio: R$ 7.150,00
  • Faixa inicial: R$ 4.500,00
  • Faixa sênior: R$ 10.000,00+

A remuneração tende a ser maior em obras públicas de grande porte ou em construtoras com atuação nacional.

Engenheiro de Produção

Com foco em otimização de processos, esse profissional está presente na indústria, logística, serviços e tecnologia.

  • Salário médio: R$ 7.600,00
  • Faixa inicial: R$ 4.800,00
  • Faixa sênior: R$ 11.000,00+

Profissionais com certificações como Lean Six Sigma ou conhecimento em ERP costumam ter salários acima da média.

Engenheiro de Software

A área de tecnologia tem uma das maiores valorizações salariais atualmente. O engenheiro de software atua no desenvolvimento de sistemas, soluções digitais e infraestrutura de TI.

  • Salário médio: R$ 9.500,00
  • Faixa inicial: R$ 6.000,00
  • Faixa sênior: R$ 14.000,00+

Salários em empresas internacionais ou no modelo remoto global podem superar essas faixas.

Engenheiro Mecânico

Atua no desenvolvimento e manutenção de sistemas mecânicos, equipamentos e processos industriais.

  • Salário médio: R$ 7.800,00
  • Faixa inicial: R$ 5.000,00
  • Faixa sênior: R$ 12.000,00+

A remuneração é maior em setores como automotivo, aeroespacial ou petróleo e gás.

Engenheiro Eletricista

Responsável por sistemas elétricos, geração de energia e instalações industriais. A área exige domínio técnico e responsabilidade legal, o que valoriza a remuneração.

  • Salário médio: R$ 8.200,00
  • Faixa inicial: R$ 5.500,00
  • Faixa sênior: R$ 13.000,00+

Projetos em energia solar e redes inteligentes têm ampliado as oportunidades nessa área.

Engenheiro Ambiental

Esse profissional atua em projetos sustentáveis, licenciamento ambiental e gestão de resíduos. Com o avanço da pauta ESG, o mercado tem valorizado esse perfil.

  • Salário médio: R$ 7.000,00
  • Faixa inicial: R$ 3.500,00
  • Faixa sênior: R$ 9.000,00+

A remuneração tende a crescer em empresas que adotam políticas ambientais mais rigorosas ou buscam certificações.

Engenheiro Químico

  • Salário médio: R$ 9.800
  • Faixa inicial: R$ 6.200
  • Sênior: R$ 18.000+

Presente em setores como petroquímica, alimentos, farmacêutica e cosméticos. A atuação em controle de qualidade e processos industriais é valorizada.

Engenheiro de Alimentos

  • Salário médio: R$ 7.800
  • Faixa inicial: R$ 4.800
  • Sênior: R$ 12.000+

Trabalha com segurança alimentar, inovação de produtos e controle de processos na indústria. A remuneração varia com o porte da empresa.

Engenheiro de Segurança do Trabalho

  • Salário médio: R$ 9.200
  • Faixa inicial: R$ 6.000
  • Sênior: R$ 14.500+

Profissional requisitado para garantir conformidade com normas de segurança. Empresas industriais e do setor energético oferecem as maiores remunerações.

Engenheiro Biomédico

  • Salário médio: R$ 8.000
  • Faixa inicial: R$ 5.000
  • Sênior: R$ 13.000+

Responsável pela integração entre tecnologia e saúde. Atua com equipamentos médicos, inovação e manutenção hospitalar.

Engenheiro de Petróleo

  • Salário médio: R$ 12.500
  • Faixa inicial: R$ 8.500
  • Sênior: R$ 22.000+

Área com alta remuneração, mas sensível ao mercado internacional. Oportunidades em exploração offshore e grandes empresas de energia.

Fatores que influenciam o salário de um engenheiro

Mesmo dentro da mesma área de atuação, os salários de engenheiros podem variar bastante. Essa diferença ocorre por uma combinação de fatores técnicos, geográficos e profissionais que impactam diretamente a remuneração.

Veja abaixo os principais elementos que afetam os ganhos na engenharia:

Nível de experiência

A progressão de carreira é um dos principais fatores. Engenheiros iniciantes (júnior) costumam ter salários mais baixos, enquanto profissionais com maior tempo de atuação e responsabilidades (pleno e sênior) recebem valores mais altos.

  • Engenheiro Júnior: até 2 anos de experiência
  • Engenheiro Pleno: entre 3 e 6 anos
  • Engenheiro Sênior: mais de 6 anos ou em posições de liderança técnica

A evolução costuma estar ligada à complexidade dos projetos executados e ao grau de autonomia profissional.

Localização geográfica

O custo de vida e a concentração de empresas influenciam os salários. Engenheiros que atuam em capitais ou regiões com polos industriais, como São Paulo, Campinas, Curitiba, Belo Horizonte e Joinville, tendem a receber acima da média nacional.

Já cidades do interior ou com baixa demanda por mão de obra técnica podem oferecer salários menores, mesmo com as mesmas atribuições.

Setor e porte da empresa

Empresas de grande porte ou multinacionais geralmente oferecem planos de carreira estruturados, salários mais competitivos e benefícios adicionais. Já pequenas e médias empresas podem ter limitações orçamentárias, afetando a faixa salarial.

Além disso, alguns setores pagam mais por questões de risco, exigência técnica ou lucratividade:

  • Setores com salários acima da média: tecnologia, energia, óleo e gás, saúde, aeronáutico
  • Setores com salários mais estáveis: construção civil, saneamento, alimentos, setor público

Formação complementar e certificações

Engenheiros com especializações, MBAs ou certificações técnicas reconhecidas no mercado têm mais chances de conquistar melhores posições e remunerações.

Alguns exemplos valorizados:

Empresas que operam com projetos internacionais ou exportação tendem a valorizar ainda mais esse perfil.

Modalidade de contratação

regime de contratação também impacta o salário:

  • CLT: com benefícios, FGTS e plano de carreira
  • PJ (Pessoa Jurídica): valor mensal mais alto, porém sem encargos trabalhistas
  • Autônomo: flexibilidade, mas maior instabilidade

Muitos engenheiros, principalmente de software e produção, migram para PJ como forma de aumentar a renda com mais liberdade de atuação.

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