Salários Black Belt: pesquisa e reflexões
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04 de janeiro de 2016

Última atualização: 25 de janeiro de 2023

Salários Black Belt: pesquisa e reflexões

Quais os salários black belt?


Hoje, vamos falar sobre os salários dos especialistas Lean Six Sigma. E, como bons Master Black Belts, vamos falar com dados e fatos, duas coisas importantes para começar a acreditar numa notícia veiculada via internet.


Para responder esta pesquisa, a primeira coisa que fizemos foi uma pesquisa no Google e compilamos os resultados que apareceram. A primeira vista, encontramos várias pessoas de empresas que vendiam cursos e treinamentos falando que certificações aumentavam em 30% o salário das pessoas. Para mim, ler uma notícia como esta, me deixa desconfiado. É um cara legislando em causa própria. Por isto, continue buscando.


Após algumas visitas, o site que mais me interessou foi o Glassdoor. Neste site, consegui buscar quais eram os salários das pessoas que estavam realmente empregadas nas funções de Six Sigma. Na tabela 1, estão os salários para os principais cargos.


Tabela 1: Salários


salários black belt


Pela tabela 1, é possível verificar a grande variação que há nos salários dos profissionais black belts, mas nota-se que a média salarial é alta, em relação a média de engenheiros de produção, por exemplo. Outra análise é a baixa quantidade de black belts e green belts reportados no site. Quando procuramos por  Gerente de Projetos, mais de 630 profissionais informaram seus salários, mas no caso dos black belts, apenas 8.


Qual será a causa para esta disparidade? Há duas hipóteses: há menos cargos black belts do que gerentes projetos ou, os black belts são mais tímidos e não informam seus salários em sites de compartilhamento. Fico com a primeira.



Salários Black Belt nos EUA


Para fins comparativos, o site da ASQ falava que o Black Belt nos EUA, ganhava em média 80 mil dólares ao ano. Se considerarmos o dólar atual, a situação aqui no Brasil é menos favorável do que lá fora, mas se olharmos poder de compra, vemos uma situação melhor.


Parece, olhando os parcos dados coletados, que a certificação vale a pena. Com ela, o profissional consegue aumentar seus salários e suas chances de promoção. Porém, para que isto se torne realidade, ele precisa se destacar. Fazer apenas a certificação e não desdobrar o conhecimento em resultados, não trará, na maioria dos casos, uma sustentação para sua ascensão. Um amigo meu, costumava falar, cuidado com os jabutis na árvore. Jabuti não sobe em árvore e por isto, ele tem muito medo de cair da posição que está. Se ele cair, não consegue subir novamente. Certificar-se é o início da caminhada, que deve ser pavimentado com os resultados de seus projetos, de preferência, projetos sólidos.


Assim, arrematamos este post desejando a todos um 2016 cheio de energia e disciplina, para corrermos atrás de nossos projetos.



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Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.