A busca por processos mais eficientes, entregas consistentes e satisfação do cliente leva muitas organizações a combinarem Seis Sigma e gestão da qualidade em suas estratégias. Embora atuem de formas distintas, essas abordagens se complementam na análise de falhas, padronização e melhoria contínua.
Neste conteúdo, você vai entender como o Seis Sigma contribui para a qualidade organizacional, conhecer as principais diferenças entre os dois conceitos e descobrir as ferramentas que conectam dados, análise e desempenho em projetos de melhoria.
Como o Seis Sigma contribui para a Qualidade
O Seis Sigma é uma metodologia focada na redução da variabilidade dos processos. Seu impacto direto na gestão da qualidade ocorre ao oferecer ferramentas estatísticas que aumentam a precisão das decisões e reduzem falhas operacionais.
Uma das principais contribuições do Seis Sigma é a integração com sistemas de gestão da qualidade (SGQ). Em organizações certificadas pela ISO 9001, por exemplo, a metodologia pode complementar as práticas já estabelecidas, trazendo uma abordagem quantitativa para a identificação e controle de desvios.
Além disso, o foco na redução de defeitos é um ponto de alinhamento entre o Seis Sigma e os princípios da qualidade. O objetivo é claro: minimizar erros e entregar produtos ou serviços dentro de padrões bem definidos. Isso é feito por meio de ferramentas que monitoram processos e eliminam causas de não conformidades.
Outro aspecto relevante são as métricas como DPMO (Defeitos por Milhão de Oportunidades) e Sigma Level, que permitem mensurar o desempenho de forma objetiva. Quanto maior o nível sigma, menor é a incidência de falhas no processo, o que reflete diretamente em maior qualidade percebida pelo cliente.
Por fim, a aplicação estruturada do Seis Sigma gera ganhos em eficiência e previsibilidade. Processos otimizados operam com menos desperdícios, o que reduz custos e aumenta a satisfação do cliente. Isso fortalece a consistência dos resultados, um dos pilares da qualidade nas organizações.
Veja também: conteúdos relacionados sobre Seis Sigma e Qualidade
- ISO 9001
- DMAIC: Entenda as etapas da metodologia Seis Sigma
- Gestão da Qualidade: conceitos, ferramentas e certificações
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Como o Seis Sigma e Qualidade se encontraram?
O Six Sigma é uma estratégia de gerenciamento de negócios que visa melhorar a qualidade dos processos minimizando e, eventualmente, removendo os erros e as variações. O conceito de Six Sigma foi introduzido pela Motorola em 1986, mas foi popularizado por Jack Welch, que incorporou a estratégia em seus processos de negócios na General Electric. O conceito de Seis Sigma surgiu quando um dos executivos seniores da Motorola se queixou da má qualidade da Motorola. Bill Smith finalmente formulou a metodologia em 1986.
A qualidade desempenha um papel importante no sucesso e no fracasso de uma organização. Desconsiderar um aspecto importante como a qualidade, não permitirá que você sobreviva no longo prazo. O Six Sigma garante qualidade superior de produtos, removendo os defeitos nos processos e sistemas. Six sigma é um processo que ajuda a melhorar os processos e sistemas globais, identificando e, eventualmente, removendo os obstáculos que podem impedir a organização de atingir os níveis de perfeição. De acordo com sigma, qualquer tipo de desafio que se depara nos processos de uma organização é considerado um defeito e precisa ser eliminado.
As organizações que praticam o Six Sigma criam níveis especiais para os funcionários dentro da organização. Esses níveis são chamados de: "green belts", " black belts " e assim por diante. Os indivíduos certificados com qualquer um desses cinturões são frequentemente especialistas em processo de seis sigma. De acordo com o Six Sigma, qualquer processo que não leve à satisfação do cliente é referido como um defeito e deve ser eliminado do sistema para garantir qualidade superior de produtos e serviços. Toda organização se esforça para manter a excelente qualidade de sua marca e o processo de seis sigma garante o mesmo, removendo vários defeitos e erros que impedem a satisfação do cliente.
Diferenças e complementaridades entre Seis Sigma e Qualidade
Embora compartilhem o mesmo objetivo — melhorar processos e entregar valor ao cliente — Seis Sigma e Gestão da Qualidade atuam de formas distintas e, ao mesmo tempo, complementares dentro das organizações.
O Seis Sigma é uma metodologia quantitativa, baseada em dados e estatística. Ele estrutura projetos de melhoria com foco na redução da variabilidade e na eliminação de defeitos, seguindo etapas bem definidas como o ciclo DMAIC. Já a Gestão da Qualidade engloba um conjunto mais amplo de práticas, políticas e normas (como a ISO 9001), voltadas à padronização, conformidade e satisfação do cliente.
5 ferramentas do Seis Sigma utilizadas na Qualidade
O Seis Sigma oferece um conjunto de ferramentas que facilitam a identificação de causas de falhas, o controle de processos e a tomada de decisões com base em dados. Essas ferramentas são amplamente aplicadas dentro dos sistemas de gestão da qualidade para melhorar resultados e reduzir a variabilidade.
1. Diagrama de Ishikawa (Espinha de peixe)
Também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito, ajuda a identificar, de forma estruturada, os possíveis fatores que contribuem para um problema específico. Ele é útil em análises de não conformidades e etapas de brainstorming, principalmente na fase “Analisar” do ciclo DMAIC.
2. FMEA (Análise de Modos de Falha e Efeitos)
Ferramenta usada para prever falhas potenciais em processos, produtos ou serviços, avaliando suas causas, consequências e prioridade de ação. Permite classificar os riscos com base em três critérios: gravidade, ocorrência e detecção. Ajuda na prevenção e está diretamente ligada à melhoria da qualidade.
3. Gráfico de Controle
Monitora o desempenho de um processo ao longo do tempo. Permite visualizar se os dados estão dentro dos limites esperados ou se há variações que exigem intervenção. Seu uso é frequente na fase “Controlar” do DMAIC e no acompanhamento de processos padronizados.
4. 5 Porquês
Ferramenta simples e eficaz para chegar à causa raiz de um problema. A técnica consiste em perguntar "por quê?" de forma sequencial, até encontrar o ponto real da falha. É útil para evitar soluções superficiais e eliminar o problema de forma definitiva.
5. Análise de Regressão
Usada para investigar a relação entre variáveis. Com ela, é possível prever comportamentos e identificar fatores que impactam diretamente os resultados do processo. Apoia decisões baseadas em evidências, reduzindo suposições e melhorando a qualidade das entregas.
Essas ferramentas são aplicadas de forma combinada ao longo dos projetos Seis Sigma, sempre com foco na redução de defeitos, aumento da confiabilidade e melhoria contínua dos processos. Quando bem utilizadas, reforçam os pilares da gestão da qualidade baseada em dados.