Ferramentas da Qualidade

03/07/2018

Última atualização: 04/04/2024

Ferramentas da qualidade: entenda as mais utilizadas

No mundo dos negócios, onde a excelência e a eficiência são moedas de valor inestimável, as ferramentas da qualidade surgem como aliadas poderosas. Ferramentas da qualidade são conjuntos de técnicas e métodos aplicados para melhorar a eficiência dos processos, assegurando a qualidade dos produtos ou serviços por meio da identificação e solução de problemas. Por meio de técnicas específicas, elas permitem identificar, analisar e solucionar problemas de maneira eficaz, contribuindo significativamente para a melhoria contínua e a satisfação do cliente.

Neste blog, iremos entender essencialmente o que são as ferramentas da qualidade e quais são  elas. Além disso, vamos explorar quais são as aplicações de cada uma das ferramentas, quais são os benefícios e como elaborar cada uma delas.

Acompanhe-nos nesta jornada para compreender como essas ferramentas podem elevar os padrões de qualidade de sua empresa.

O que são as ferramentas da qualidade?

As ferramentas da qualidade representam um conjunto essencial de técnicas projetadas para aprimorar a gestão de processos, serviços ou produtos, elevando padrões de eficácia e satisfação do cliente. Abrangendo desde métodos visuais simples até análises estatísticas complexas, elas são aplicadas em variadas fases de controle de qualidade, incluindo o planejamento, diagnóstico de problemas, implementação de soluções e acompanhamento continuado de processos.

As ferramentas da qualidade são essenciais para melhorar processos, reduzir custos e aumentar a satisfação dos clientes. Elas permitem identificar e resolver problemas de forma eficiente, garantindo que os produtos ou serviços atendam a altos padrões de qualidade. 

Utilizar essas ferramentas significa não apenas resolver problemas de maneira eficaz, mas também adotar uma abordagem proativa na prevenção de falhas futuras, otimizando continuamente os processos e garantindo uma vantagem competitiva sustentável.

Quais são as 7 principais ferramentas da qualidade?

Diversas ferramentas da qualidade estão disponíveis para otimizar processos e garantir excelência operacional. Aqui, focaremos nas principais, que se destacam por sua eficácia e ampla aplicabilidade.

Qual a função das ferramentas da qualidade?

As ferramentas da qualidade desempenham um papel crucial em diversos aspectos da gestão de qualidade nas organizações, permitindo um controle efetivo e a melhoria contínua dos processos. Algumas de suas principais funções são:

Ferramentas da qualidade com a FM2S

Dominar as ferramentas da qualidade é crucial para quem busca excelência em gestão de processos, melhoria contínua e satisfação do cliente. Reconhecendo essa necessidade, a FM2S desenvolveu o curso "As 7 Ferramentas da Qualidade", destinado a profissionais que desejam aprofundar seus conhecimentos e aplicar essas técnicas de maneira eficaz em seus projetos.

É nesse contexto que apresentamos o curso de Ferramentas da Qualidade da FM2S educação, projetado especificamente para capacitar profissionais a aplicar as  7 Ferramentas da Qualidade. Estas, são a base para aplicação prática de melhoria contínua dentro das empresas.

Durante o curso, abordaremos temas essenciais, como quando usar cada uma das ferramentas, quais são mais adequadas para cada situação, como implemento cada uma delas com um passo a passo detalhado, ilustrado com cases de diversas áreas: serviços, indústria, área da saúde, manutenção, qualidade, etc. Além disso, exploraremos qual é o melhor software para implementá-las e como fazer a diferença usando estas ferramentas no fluxo de trabalho. 

Dessa forma, o curso de Ferramentas da Qualidade da FM2S emerge como um complemento essencial para aqueles que buscam compreender e aplicar Ferramentas de qualidade em busca de excelência operacional.

Como aplicar as ferramentas da qualidade?

Saber aplicar as ferramentas da qualidade é essencial para o sucesso dos resultados alcançados por qualquer empresa. Quando as equipes dominam essas ferramentas, elas são capazes de melhorar processos, aumentar a satisfação do cliente e, consequentemente, elevar a competitividade no mercado. 

1. Fluxograma

Um fluxograma é uma representação gráfica de um procedimento, problema ou sistema, cujas etapas ou módulos são ilustrados de forma encadeada por meio de símbolos geométricos interconectados. Sendo uma ferramenta de grande utilidade para a gestão e consciência organizacional. Ou seja, é a representação de todos os processos que ocorrem dentro de uma determinada estrutura.

 

Quando usar um fluxograma

Benefícios do fluxograma

Como elaborar um fluxograma

  1. Defina o que quer entender: é necessário entender o contexto do seu problema entendendo o que você quer mapear, quai as informações e atividades, descrevendo o problema.
  2. Colete informações a respeito: entender o que está acontecendo nos mínimos detalhes para elaborar seu fluxograma. 
  3. Organize no seu fluxograma: organizar as informações no fluxograma com post it, papel e caneta, bisagi, visio ou excel.
  4. Use: usar o fluxograma para resolver problemas, realizar reunioes de análise crítica e análise de valor.

2. Diagrama de Ishiwaka

Ferramenta utilizada para representar a relação entre um efeito (oportunidade de melhoria, defeitos, eventos inesperados, reclamações de clientes, etc) e suas possíveis causas. Esta técnica é utilizada para descobrir, organizar e resumir conhecimento de um grupo a respeito das possíveis causas que contribuem para um determinado efeito.

Quando usar o diagrama de Ishikawa

Benefícios do diagrama de ishikawa

Como elaborar o diagrama de ishikawa

  1. Definição do efeito/problema: que foi feita pelo responsável através da voz do cliente por fontes ativas ou reativas;
  2. Definição da metodologia pelo facilitador: sugestão das causas a partir da escolha da metodologia de estruturação que achar mais adequada;
  3. Reunião dos envolvidos: nem todos os envolvidos precisam ser chamados. Opte por pessoas que realmente irão contribuir com as discussões;
  4. Desenho do diagrama: o diagrama deve ser desenhado durante a reunião brainstorming em lugar visível para todos;
  5. Preenchimento do efeito e das causas no diagrama: o efeito definido no passo 1 deve ser colocado na “cabeça” do diagrama e as causas do passo 2 nas “pontas das espinhas”;
  6. Preenchimento das subcausas (brainstorming): preencha as subcausas conforme for fazendo o brainstorming de cada causa.
  7. Revisão do diagrama: combinar e rever as causas que são realmente prováveis. Comprovar com dados é sempre melhor;
  8. Finalização do diagrama: definição das ações corretivas e priorização das subcausas atacadas.

3. Folha de verificação

As Folhas de Verificação são formulários planejados que podem ser impressos ou digitais, utilizados para registrar e reunir dados de forma simples e que facilitam o seu posterior uso e análise. Registram os dados dos itens a serem verificados, permitindo uma rápida percepção da realidade e uma imediata interpretação da situação.

Quando elaborar a folha de verificação

Benefícios de elaborar a folha de verificação

Como elaborar a folha de verificação

  1. Definição do problema: entender o problema que será estudado e o seu contexto.Fontes ativas (pesquisas, formulários, árvore CTC); Fontes reativas (reclamações, defeitos).
  2. Definição das características dos dados: entender quais respostas os dados devem fornecer, como eles devem ser categorizados e coletados.
  3. Projeção a folha de verificação: projetar a Folha de Verificação que será utilizada para coletar os dados.
  4. Coleta de dados: realizar a coleta de dados através do uso da Folha de Verificação.
  5. Análise de dados: Analisar os dados de modo que as informações geradas possam responder como o problema poderá ser solucionado com Gráfico de Pareto; Histograma; Gráfico de Dispersão; Gráfico de Controle.

4. Histograma

O histograma pode ser definido como uma representação gráfica de um conjunto de dados divididos em classes. É composto por diversas colunas, as quais constituem as classes do histograma e cujas respectivas bases representam a amplitude dos dados abrangidos por cada classe. Já a altura das colunas representa a quantidade ou frequência com que os valores daquela classe ocorreram. O principal objetivo do histograma é ilustrar como uma determinada população de dados está distribuída. No exemplo, usamos o Minitab e obtemos o seguinte gráfico:

 Quando usar o histograma?

Benefícios do histograma

Como elaborar o histograma

  1. Definição do problema: entender o contexto do problema;
  2. Coletar dados sobre o problema: coletar dados sobre o problema analisado e organizar adequadamente com formulários de coleta de dados, folha de verificação ou banco de dados;
  3. Construção do histograma: elaborar o histograma a partir dos dados coletados, através de Minitab, excel ou manualmente;
  4. Análise do histograma: analisar a distribuição obtida e elaborar um plano de ação;

5. Diagrama de Pareto

É um gráfico que ordena a frequência de defeitos, reclamações ou qualquer coisa que você possa classificar e contar, permitindo que você priorize suas ações. Proposto por J. Juran, parte do pressuposto que problemas de qualidade têm poucas causas vitais e muitas triviais.

Quando usar diagrama de pareto

Benefícios do diagrama de pareto

Como elaborar o diagrama de pareto

  1. Definição do problema: entender o contexto do problema, descrevendo claramente o problema;
  2. Coleta de dados sobre o problema analisado: através de formulários de coleta de dados e banco de dados;
  3. Classificação dos dados em classificações lógicas: nomeie os dados conforme as classificações pré definidas;
  4. Ordenação do gráfico de pareto: contar as frequências das classificações e traçar o Pareto;
  5. Avaliar se faz sentido a ordenação e resolva seu problema: avaliar para priorizar as causas mais frequentes, analisando o gráfico e montando um plano de ação;

6. Diagrama de dispersão

São gráficos que plotam de maneira cartesiana um conjunto de variáveis, de maneira a buscar correlações entre 2 ou mais variáveis. São extremamente simples, mas extremamente importantes. Eles foram o embrião de toda a estatística de correlação, como as famosas análises de regressão e outras análises multivariadas.

Quando utilizar o diagrama de dispersão

Benefícios de diagrama de dispersão

Como elaborar o diagrama de dispersão

  1. Modele o problema:  saber qual é a variável X e a variável Y que você deseja. Liste as variáveis de entrada. Use o SIPOC se precisar. Entenda as estratificações;
  2. Colete dados sobre o problema: colete dados estruturados, de maneira que você possa correlacionar facilmente as variáveis da modelagem com banco de dados;
  3. Construa o gráfico de dispersão: plotar as variáveis estratificadas ou não através de softwares, minitab ou excel;
  4. Analise a correlação: calcular a linha média e os limites de controle;
  5. Tome ações: otimize seu processo com o que aprendeu, ajustando variáveis e buscando entender o que acontece;

7. Gráficos de Controle

São gráficos que dizem se o nosso processo está estável ou não. A partir do acompanhamento periódico de um indicador, sabemos se ele está sob a influência de causas especiais, o que nos ajuda a aprender mais sobre o que está acontecendo.

Quando utilizar o gráfico de controle?

Benefícios do gráfico de controle

Como elaborar o gráfico de controle?

  1. Definição do seu problema e sua métrica: descobrir qual é a característica de qualidade que queremos controlar;
  2. Coleta de dados sobre o problema: coletar dados sobre o processo para fazer o controle;
  3. Avaliação da distribuição e o tipo de gráfico a ser usado: escolher entre os diversos modelos estatísticos, qual é o correto para sua análise;
  4. Construção do seu gráfico de controle:  calcular a linha média e os limites de controle. Coma ajuda de softwares, minitab e excel;
  5. Análise e variação: Identificar onde estão as causas comuns e especiais e tomar ações;
  6. Tome ações: necessárias para melhorar seu processo;

Outras ferramentas e metodologias

PDCA

O PDCA (Plan, Do, Check, Act) é um método para solução de problemas cuja causa não é conhecida ou não está clara. Geralmente, são problemas que não foram resolvidos, apesar de várias tentativas, ou são aqueles desafios que todos conhecem dentro da empresa, mas que ninguém resolveu eliminar. Sua aplicação é bastante ampla, usada para prever falhas, planejar  e aprimorar processos em um ciclo iterativo. Pode ser utilizado também por diferentes tipos de empreendimentos, atuando em diversas áreas com foco na melhoria contínua.

SIPOC

O SIPOC é uma ferramenta de gestão visual utilizada para mapear processos, destacando cinco elementos-chave: Fornecedores (Suppliers), Entradas (Inputs), Processos (Process), Saídas (Outputs) e Clientes (Customers). Essa metodologia oferece uma visão clara e abrangente dos processos, sendo reconhecida pela ISO 9001 em sua abordagem de processos.


 

5 PORQUÊS

O método dos 5 Porquês é uma técnica simples e eficaz para análise de causa raiz, que envolve questionar repetidamente o motivo de um problema até chegar à sua origem fundamental. Por meio da sequência de perguntas "por que?", geralmente cinco vezes, é possível identificar a causa principal de um problema, permitindo que sejam tomadas medidas corretivas mais efetivas e duradouras.

Para exemplificar a aplicação dos 5 Porquês, consideremos o problema de uma máquina que parou de funcionar:

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