Como melhorar a logística com supply chain
Supply Chain

29 de janeiro de 2021

Última atualização: 24 de março de 2025

Supply Chain: o que é, etapas e como funciona na prática

Você sabe o que é Supply Chain? Este vocábulo de origem inglesa significa “cadeia de suprimentos”. Em resumo, consiste em um sistema completo de produção e entrega de um produto ou serviço, desde o estágio inicial (obtenção das matérias-primas) até a entrega do produto ou serviço aos usuários finais.

Essa cadeia, portanto, apresenta todos os aspectos do processo produtivo, incluindo cada estágio de processamento, as informações que estão sendo veiculadas, recursos naturais que são transformados em materiais úteis, recursos humanos e outros componentes que vão para o produto ou serviço acabado.

Uma boa gestão da cadeia de suprimentos é fundamental para as empresas, especialmente na era digital, em que os consumidores recebem os produtos mais rápido do que nunca. Mas como o Supply Chain pode ajudar o seu negócio? É o que vamos te contar neste artigo.

O que é Supply Chain e como ele funciona?

Supply Chain é o sistema que integra todos os processos relacionados ao fluxo de materiais, informações e serviços, desde a origem da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente. Esse conceito abrange uma rede coordenada de organizações, pessoas, atividades e recursos que atuam de forma conectada para agregar valor ao longo da cadeia.

Na prática, o Supply Chain envolve planejamento, abastecimento, produção, armazenagem, transporte, distribuição e atendimento ao cliente. Seu foco está em alinhar demandas com capacidade operacional, reduzir ineficiências e gerar vantagem competitiva por meio da sincronização entre os elos da cadeia.

Diferente da logística, que opera dentro de um escopo mais restrito (transporte e armazenagem, por exemplo), o Supply Chain tem um papel estratégico na estrutura empresarial, sendo fundamental para a tomada de decisão em contextos de alto impacto, como planejamento de demanda, gestão de riscos e integração com fornecedores e clientes.

Empresas com cadeias de suprimentos bem estruturadas conseguem reagir com mais agilidade a oscilações do mercado, reduzir custos operacionais e garantir níveis de serviço mais elevados, fatores críticos para sustentar a competitividade no cenário atual.

Diferença entre supply chain e logística

Apesar de estarem interligados, Supply Chain e Logística não são sinônimos. A logística é apenas uma parte do sistema mais amplo que compõe a cadeia de suprimentos. Enquanto a logística se concentra no transporte, armazenagem e distribuição de produtos, o Supply Chain engloba o planejamento, a coordenação e a integração de todos os processos que conectam fornecedores, fabricantes, distribuidores e clientes.

De forma objetiva, a logística atua no nível operacional, cuidando da execução física dos fluxos. Já o Supply Chain atua de maneira estratégica, garantindo o alinhamento entre as áreas de compras, produção, estoque, transporte e atendimento ao cliente, com base na demanda do mercado.

Essa distinção é relevante porque a eficiência logística não garante, por si só, uma cadeia de suprimentos eficaz. Uma empresa pode operar com alta performance logística, mas enfrentar gargalos se não houver integração com fornecedores ou previsões de demanda confiáveis.

Uma cadeia de suprimentos bem gerida exige visibilidade de ponta a ponta, colaboração entre os elos e uso de dados para decisões mais precisas. Por isso, o conceito de Supply Chain é cada vez mais adotado por organizações que buscam não apenas eficiência operacional, mas também vantagem competitiva sustentável.

Como funciona o Supply Chain na prática

Na prática, o processo de Supply Chain funciona como um sistema interligado, onde cada etapa influencia diretamente o desempenho das demais. Desde a aquisição de matérias-primas até a entrega ao consumidor final, todas as fases precisam estar integradas para garantir o fluxo eficiente de produtos, serviços e informações.

Para que essa dinâmica funcione, é necessário alinhar áreas internas e externas, como compras, planejamento, produção, gestão de estoquesprocessos logísticos, vendas e pós-venda. A integração entre esses pontos depende de um sistema de gestão capaz de consolidar dados em tempo real e apoiar decisões táticas e estratégicas.

Por exemplo, atrasos na entrega de insumos impactam a produção, afetando o cronograma e, consequentemente, o cumprimento dos prazos com o cliente final. Cada etapa precisa estar sincronizada, e falhas pontuais podem comprometer o desempenho global da cadeia. Para evitar esse tipo de ruptura, empresas investem em sistemas de gestão integrados, tecnologias de monitoramento e parcerias estratégicas com fornecedores e operadores logísticos.

O Supply Chain moderno também se apoia em planejamento colaborativo, uso de KPIs e soluções baseadas em automação, analytics e inteligência artificial. Esses recursos ampliam a visibilidade dos processos, podem trazer ganhos de desempenho e aumentam a agilidade diante de oscilações de demanda e oferta.

Além disso, práticas de melhoria contínua são fundamentais para refinar rotinas, eliminar desperdícios e elevar o nível de serviço. A eficiência no processo de Supply Chain contribui diretamente para a redução de custos, cumprimento de prazos e aumento da satisfação do cliente — fatores decisivos em ambientes altamente competitivos.

Principais etapas da cadeia de suprimentos

cadeia de suprimentos é composta por um conjunto de processos integrados que precisam funcionar de forma coordenada para garantir o desempenho operacional da empresa. Cada etapa tem objetivos específicos e está conectada às demais, exigindo controle, visibilidade e alinhamento estratégico para maximizar resultados.

A seguir, estão as principais etapas do processo de Supply Chain:

1. Planejamento da demanda

Essa etapa envolve a previsão de vendas e o dimensionamento da necessidade de recursos para atender o mercado. A acurácia no planejamento influencia diretamente a gestão de estoques, a produção e os prazos de entrega. Modelos estatísticos, análises de histórico de vendas e dados de mercado são usados para sustentar a tomada de decisão.

2. Suprimentos e compras

Aqui, a empresa realiza a seleção, negociação e gestão de fornecedores. O objetivo é garantir o abastecimento com qualidade, prazo e custo compatíveis com o planejamento. Estratégias como dual sourcing e contratos de longo prazo aumentam a resiliência da cadeia. É necessário integrar essa etapa com o restante do processo para evitar rupturas ou excessos de estoque.

3. Produção e controle de estoque

A produção transforma insumos em produtos acabados, conforme as especificações de mercado. O controle de estoque atua como suporte, regulando o nível de materiais em processo e itens prontos para expedição. Um sistema de gestão eficiente permite acompanhar ordens de produção, níveis de estoque e capacidades produtivas com precisão.

4. Processos logísticos e distribuição

Com o produto finalizado, os processos logísticos entram em ação para armazenar, movimentar e distribuir os itens até o destino. Isso inclui o gerenciamento de armazéns, roteirização de entregas e acompanhamento da frota. A entrega ao consumidor final deve ser feita com confiabilidade, prazo adequado e visibilidade de ponta a ponta.

Gestão eficiente da cadeia de suprimentos

gestão da cadeia de suprimentos vai além da simples coordenação de atividades operacionais. Trata-se de uma abordagem estratégica que busca alinhar processos internos e externos para gerar valor, controlar riscos e garantir a entrega ao consumidor final com eficiência.

Uma gestão eficiente exige visibilidade de ponta a ponta, integração entre áreas e uso de dados em tempo real para apoiar decisões. É necessário adotar políticas de suprimentos, produção e distribuição baseadas em previsibilidade, flexibilidade e resposta rápida às mudanças de mercado.

Indicadores de desempenho (KPIs) são fundamentais para monitorar e ajustar o desempenho da cadeia. Entre os mais utilizados estão:

  • OTIF (On Time In Full): mede entregas completas e no prazo.
  • Lead time total: tempo desde o pedido até a entrega.
  • Giro de estoque: avalia a eficiência da gestão de estoques.
  • Custo total de atendimento: representa os gastos envolvidos até a entrega do consumidor final.

A eficiência operacional pode ser ampliada com práticas como colaboração com fornecedores e clientes, padronização de processos e investimentos em sistemas de gestão integrados. Ferramentas de analytics e automação otimizam rotinas, enquanto programas de melhoria contínua ajudam a identificar e eliminar desperdícios.

Além disso, a capacidade de adaptação a eventos externos — como variações na demanda, restrições logísticas ou interrupções de fornecimento — diferencia empresas resilientes daquelas que sofrem com gargalos e prejuízos.

A gestão eficiente do Supply Chain não é apenas um diferencial competitivo. Em mercados dinâmicos e voláteis, ela representa um requisito para a sustentabilidade operacional e o crescimento a longo prazo.

Como a sustentabilidade afeta o Supply Chain?

A sustentabilidade tem um grande impacto na gestão da cadeia de suprimentos, pois a forma como as empresas gerenciam seus fornecedores e a produção de seus produtos pode ter um grande impacto no meio ambiente e na sociedade em geral. A seguir, destacam-se algumas formas em que a sustentabilidade afeta a gestão da cadeia de suprimentos:

Redução do impacto ambiental: 

As empresas estão cada vez mais preocupadas em reduzir o impacto ambiental de suas operações, e isso inclui a gestão da cadeia de suprimentos. Isso pode envolver a escolha de fornecedores com práticas ambientais responsáveis, a redução do uso de materiais e energia na produção e o uso de embalagens mais sustentáveis.

Gestão de riscos: 

A sustentabilidade também pode afetar a gestão de riscos na cadeia de suprimentos, pois as empresas precisam avaliar os riscos relacionados a questões como a mudança climática, regulamentações ambientais e questões sociais, como condições de trabalho inadequadas e violações dos direitos humanos.

Satisfação do cliente: 

Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a sustentabilidade, e as empresas que adotam práticas sustentáveis em suas operações e cadeia de suprimentos podem ter uma vantagem competitiva, atraindo clientes que valorizam a sustentabilidade.

Custos operacionais: 

Práticas sustentáveis, como a redução do consumo de energia e materiais, podem levar a reduções nos custos operacionais ao longo da cadeia de suprimentos, tornando as operações mais eficientes e rentáveis.

Reputação da marca: 

A adoção de práticas sustentáveis na gestão da cadeia de suprimentos também pode ter um impacto positivo na reputação da marca, aumentando a confiança e lealdade dos clientes e gerando benefícios de marketing e imagem corporativa.

Em resumo, a sustentabilidade está se tornando cada vez mais importante para a gestão da cadeia de suprimentos, e as empresas que adotam práticas sustentáveis em suas operações e cadeia de suprimentos podem ter uma vantagem competitiva a longo prazo.

O que é o Supply Chain Management (SCM)?

Supply Chain Management, Gestão da Cadeia de Suprimentos ou Gestão da Cadeia Logística é um processo estratégico que consiste na gestão integrada do fluxo de mercadorias e serviços. Esse processo engloba todas as atividades e tarefas que transformam as matérias-primas em produtos. Além disso, inclui a otimização do fornecimento de insumos a fim de maximizar a geração de valor do cliente para obter uma vantagem competitiva.

O Supply Chain Management ou Gestão da Cadeia de Suprimentos é um processo estratégico que envolve previsões da demanda, a classificação e escolha de fornecedores, o fluxo de materiais, o estudo de informações e movimentações financeiras, além da criação de novas instalações como fábricas, armazéns, centros de distribuição.

Em geral, o Supply Chain Management é realizado por conjunto de soluções de software que gerencia e supervisiona o fluxo de mercadorias, dados e finanças à medida que um produto ou serviço passa do ponto de origem para seu destino final.

Qual é o papel do SCM?

A gestão de uma cadeia de suprimentos é feita com o objetivo de cortar custos excessivos e entregar produtos ao consumidor com mais rapidez. Isso é feito mantendo-se um controle mais rígido dos estoques internos, produção interna, distribuição, vendas e estoques dos fornecedores da empresa.

Dessa maneira, o gerente da cadeia de abastecimento coordena a logística de todos os aspectos da cadeia de abastecimento, que consiste em cinco partes:

  • O planejamento de aquisição, utilizando estratégias de previsão de demanda;
  • Os fornecedores de matérias-primas, produtos ou serviços;
  • A fabricação (processos de transformação das matérias-primas);
  • A logística (transporte, estoque, distribuição e entrega dos produtos);
  • O sistema de devolução ou troca (se necessário);

Assim, o gerente da cadeia de suprimentos tenta minimizar a escassez mantendo baixos custos. Quaisquer tipos de melhorias, seja na produtividade ou mesmo na eficiência impactam diretamente os resultados financeiros de uma empresa.

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Benefícios da Gestão da Cadeia de Suprimentos

  • Maior controle de estoques: Com o Supply Chain Management, trabalhando em um sistema Just-In-Time, ao lidar com o sistema de estoque há uma redução significativa de custos em relação à ocupação de um armazém e, consequentemente, às perdas de produtos por vencimento ou mau condicionamento;
  • Redução de custos operacionais: ao iniciar a gestão da sua cadeia de suprimentos, é possível enxergar os locais onde existem desperdícios, seja ele em forma de armazenamento, transporte, produção e até mesmo refugo. Saber como reduzir desperdícios é crucial para otimizar a sua cadeia de suprimentos.
  • Redução dos atrasos em entregas: Um dos principais benefícios do gerenciamento da cadeia de suprimentos é o fato de que, por meio da comunicação, você pode realmente diminuir os atrasos nos processos.
  • Maior qualidade dos produtos: as empresas que têm maior controle não apenas sobre seus fornecedores diretos, mas também sobre os fornecedores de seus fornecedores, se beneficiam de um controle de qualidade aprimorado. A implementação de critérios de qualidade mínimos padrão como a ISO 9001, por exemplo, permite que fornecedores diretos identifiquem e façam parceria com fornecedores secundários que atendam a esses requisitos.
  • Aumento da Receita: quando você implementa um sistema completo e adequado de gerenciamento da cadeia de suprimentos e o mantém aberto a todos, desde fornecedores e vendedores até usuários finais, com certeza resultará em uma receita de negócios mais alta e forte.

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Equipe FM2S

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