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Carreira

28 de março de 2025

Tipos de Pós-Graduação: entenda as diferenças

Falar em pós-graduação virou parte do vocabulário de quem busca crescer na carreira. Mas o que muita gente ainda confunde é que existem diferentes tipos, formatos e objetivos — e isso muda completamente o percurso de quem decide seguir estudando depois da graduação.

Nem toda pós é igual. Algumas são voltadas para o mercado, outras exigem dedicação à pesquisa. Há cursos mais curtos, como especializações, e outros mais densos, como mestrados e doutorados. O tempo de duração, o tipo de certificação e até a forma como a formação é aplicada no dia a dia também variam.

Neste guia, você vai entender o que é uma pós-graduação, as diferenças entre lato e stricto sensu, os principais tipos de curso, além de tirar dúvidas comuns sobre o tema. Tudo de forma objetiva, com foco no que realmente importa para quem está em fase de decisão.

Se você está avaliando dar o próximo passo na formação, este conteúdo vai ajudar a enxergar com mais clareza o que faz sentido — de acordo com o seu momento, sua rotina e seus planos profissionais.

O que é uma pós-graduação?

Pós-graduação é o nome dado a qualquer formação que vem depois da graduação. Ou seja, é o caminho para quem já concluiu um curso superior e quer aprofundar seus conhecimentos ou direcionar a carreira para áreas mais específicas.

Esse tipo de formação pode atender diferentes perfis. Há opções voltadas para o mercado de trabalho e outras focadas em pesquisa e docência. A escolha vai depender do objetivo profissional e do momento da carreira.

Apesar de carregar o mesmo nome, nem toda pós-graduação é igual. Existem diferenças importantes entre os tipos — tanto no formato quanto na titulação oferecida. Algumas dão o título de especialista, outras, de mestre ou doutor.

Além disso, a pós não é um requisito obrigatório, mas vem sendo cada vez mais exigida em áreas técnicas, de gestão e no setor público. Em concursos, por exemplo, ela pode somar pontos importantes.

No fim, a pós-graduação serve para especializar, atualizar ou redirecionar o caminho profissional. Por isso, antes de escolher um curso, vale entender melhor as diferenças entre as modalidades. É sobre isso que falaremos nos próximos tópicos.

Diferença entre pós-graduação lato sensu e stricto sensu

Parece tudo pós, mas não é. No Brasil, as formações depois da graduação seguem dois caminhos bem distintos: lato sensustricto sensu. E a escolha entre um ou outro muda bastante o tipo de formação — e o que se espera dela.

Lato sensu: quando o foco é aplicar no mercado

Pós-graduação lato sensu é uma formação voltada à especialização em áreas práticas do conhecimento. Essa modalidade tem como principal objetivo aprofundar habilidades técnicas ou de gestão, com foco direto no desempenho profissional. São cursos indicados para quem já atua no mercado e quer se manter atualizado ou migrar de área sem sair do ritmo de trabalho.

Cursos como especializações e MBAs fazem parte desse grupo. A carga horária costuma variar entre 360 e 500 horas. Em geral, as aulas ocorrem à noite ou aos sábados, o que facilita para quem trabalha em tempo integral.

Não há exigência de dissertação acadêmica, apenas um trabalho final. O título conferido é o de especialista, com reconhecimento do MEC. Apesar de não permitir seguir diretamente para o doutorado, esse tipo de pós-graduação pode fazer diferença em seleções públicas e cargos de liderança.

Para quem busca formação ágil, aplicável e com retorno rápido, o lato sensu costuma ser o caminho mais direto.

Stricto sensu: para quem mira pesquisa e docência

Pós-graduação stricto sensu é voltada à formação acadêmica e científica, com foco em pesquisa, docência e produção de conhecimento. Nessa modalidade, estão os cursos de mestrado e doutorado, que exigem maior dedicação e aprofundamento teórico.

A carga horária é mais extensa. O aluno precisa desenvolver uma pesquisa com orientação, apresentar dissertação (no mestrado) ou tese (no doutorado), passar por uma banca avaliadora e fazer uma defesa pública.

O título concedido é de mestre ou doutor, reconhecido no Brasil e também aceito em programas internacionais. Esse tipo de formação é obrigatório para quem deseja atuar como professor universitário ou pesquisador.

Fora do meio acadêmico, o stricto sensu também tem espaço. Em empresas, profissionais com esse perfil costumam ser valorizados em áreas técnicas, de inovação ou que lidam com dados e análise regulatória.

Quem segue esse caminho geralmente busca contribuir com a produção de conhecimento — e, muitas vezes, influenciar decisões que dependem de base científica sólida.

Quais são os principais tipos de pós-graduação?

Ao buscar uma pós, é comum se deparar com várias siglas e formatos. Para fazer a escolha certa, é importante entender o que cada tipo oferece — e o que se espera de quem escolhe cada um.

Especialização

A especialização é o formato mais comum da pós-graduação lato sensu. Voltada ao aprofundamento em uma área específica, ela atende profissionais que querem atualizar o currículo ou adquirir novos conhecimentos para atuar de forma mais técnica ou estratégica.

Por regra do MEC, a carga horária mínima obrigatória é de 360 horas, o que equivale, na prática, a cerca de 12 meses de curso. Algumas instituições oferecem programas mais extensos, com até 500 horas, dependendo da área. Em geral, não há necessidade de entregar dissertação, mas sim um trabalho final.

A titulação obtida é de especialista, com validação nacional e reconhecimento pelo MEC. Para se matricular, é necessário já ter concluído a graduação — sem isso, o certificado não pode ser emitido.

É uma opção direta para quem quer retorno rápido sem se afastar do mercado.

MBA (Master of Business Administration)

O MBA é um tipo de pós-graduação lato sensu com foco específico em gestão, liderança e tomada de decisão. É voltado para profissionais que já atuam no mercado e querem acelerar a carreira em posições estratégicas, principalmente em ambientes corporativos.

Os conteúdos costumam abordar finanças, marketing, estratégia, gestão de pessoas e inovação. Mas o que diferencia o MBA de outras especializações é a abordagem prática, voltada à resolução de problemas reais — com estudos de caso, simulações e trabalhos em grupo. É comum também o networking entre alunos com diferentes formações, o que enriquece a troca de experiências.

A carga horária segue o mínimo exigido pelo MEC (360 horas), mas muitos programas ultrapassam esse valor. Alguns MBAs chegam a ter 450 ou até 500 horas, dependendo da complexidade dos módulos.

No mercado de trabalho, profissionais com MBA são frequentemente associados a perfis de liderança, visão analítica e capacidade de tomada de decisão sob pressão. Além disso, tendem a se destacar em processos seletivos para cargos de coordenação, gerência e direção, principalmente em empresas que valorizam competências de gestão

Na FM2S, você encontra MBAs voltados para áreas como Lean Seis Sigma, Gestão da Qualidade, Projetos, Liderança, Logística, Negócios e Ciência de Dados— com flexibilidade de horários e foco em aplicação prática. São programas reconhecidos pelo MEC e desenvolvidos para quem quer avançar na carreira com metodologia, conteúdo direto e professores com experiência de mercado.

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Mestrado Acadêmico

O mestrado acadêmico é o primeiro nível da pós-graduação stricto sensu, voltado para quem deseja ingressar na carreira de pesquisador ou professor universitário.

Durante o curso, o aluno aprofunda conceitos teóricos, aprende metodologias de pesquisa e desenvolve um trabalho original, que resulta na dissertação de mestrado. Essa produção deve ser defendida diante de uma banca avaliadora — e é nesse momento que se comprova o domínio do conteúdo e a contribuição do trabalho para a área.

A duração média é de 2 anos. Ao longo desse período, o estudante participa de grupos de pesquisa, seminários, congressos e, muitas vezes, atua como bolsista em agências como CAPES ou CNPq.

O título de mestre permite lecionar em faculdades e centros universitários, além de ser critério importante em concursos públicos, editais acadêmicos e seleções para cargos técnicos em instituições públicas.

Mesmo quem não pretende seguir carreira acadêmica pode encontrar no mestrado um diferencial relevante — especialmente em áreas que valorizam análise crítica, escrita técnica e domínio de métodos científicos, como políticas públicas, economia, direito e saúde.

Mestrado Profissional

O mestrado profissional é uma modalidade stricto sensu voltada à aplicação prática do conhecimento científico em contextos do mercado de trabalho. Ele mantém a mesma base teórica do mestrado acadêmico, mas com uma diferença central: o foco está na solução de problemas reais enfrentados por empresas, órgãos públicos ou setores produtivos.

O curso exige a elaboração de uma dissertação, mas o produto final pode ser um projeto técnico, um plano de ação, um estudo de caso ou uma inovação de processo. A ideia é que o aluno aplique o conhecimento científico em situações concretas, com impacto direto na sua área de atuação.

Geralmente é procurado por profissionais que já estão inseridos no mercado — como engenheiros, administradores, economistas, profissionais da saúde e da tecnologia — e que querem avançar tecnicamente sem se afastar do ambiente corporativo.

A duração média também é de dois anos. Durante o curso, o aluno participa de disciplinas teóricas e metodológicas, mas também desenvolve atividades práticas, muitas vezes alinhadas aos desafios da organização onde trabalha.

O título de mestre é o mesmo concedido no mestrado acadêmico, com validade nacional e reconhecimento pelo MEC. A diferença está no propósito da formação: menos voltada à docência e mais próxima da inovação, da gestão e da resolução de problemas estratégicos.

Para quem quer aprofundamento técnico, reconhecimento acadêmico e impacto direto na prática profissional, o mestrado profissional é um caminho equilibrado entre teoria e resultado.

Doutorado

É o grau mais alto da formação stricto sensu. O doutorado é voltado à produção original de conhecimento, aprofundando a base científica iniciada no mestrado.

O curso pode durar de 3 a 5 anos, dependendo da área. Envolve pesquisa aprofundada, publicações e, ao final, a defesa de uma tese. É comum que o doutorando atue em projetos científicos ao longo do curso, muitas vezes com bolsa de estudo.

O título de doutor é pré-requisito para concursos de universidades públicas, além de abrir espaço em consultorias técnicas, agências reguladoras e órgãos internacionais.

Então, o pós-doutorado é um tipo de pós-graduação stricto sensu?

Não.pós-doutorado não é considerado um curso ou grau acadêmico, mas sim uma etapa avançada de pesquisa acadêmica realizada após a conclusão do doutorado.

Ele não confere novo título (como “pós-doutor”), e por isso não aparece em diplomas como uma graduação formal. No Brasil e em outros países, o pós-doc serve para ampliar a produção científica, aprofundar estudos ou participar de projetos de inovação vinculados a universidades, centros de pesquisa e agências de fomento.

É comum em trajetórias acadêmicas mais consolidadas, principalmente para quem atua com orientação de alunos, publicações científicas e editais públicos de pesquisa.

Critérios para escolher o tipo de pós certo

Escolher uma pós-graduação não depende só do nome do curso ou da reputação da instituição. A decisão passa por pontos mais práticos: o que você busca profissionalmente, quanto tempo pode dedicar e até onde vai o seu orçamento.

Antes de pensar no formato, é importante entender qual é o seu objetivo com a formação. Há quem queira subir na empresa, mudar de área ou seguir carreira acadêmica. Cada um desses caminhos exige um tipo de pós diferente — e níveis distintos de aprofundamento.

perfil pessoal também pesa. Pessoas com rotina intensa, por exemplo, podem preferir cursos mais objetivos e aplicáveis, como especializações e MBAs. Já quem tem facilidade com pesquisa, leitura densa e escrita técnica pode se adaptar melhor a um mestrado ou doutorado.

Outro ponto que não dá para ignorar é a disponibilidade de tempo. Um curso stricto sensu, como o mestrado acadêmico, exige dedicação regular — com aulas, grupos de pesquisa e produção científica. Já os cursos lato sensu costumam ser mais flexíveis, inclusive nas versões EAD.

Por fim, o investimento financeiro também entra na conta. Cursos como MBAs e especializações apresentam ampla variedade de valores, com opções acessíveis, principalmente no formato EAD. Em muitas instituições, como a FM2S, é possível estudar com flexibilidade e qualidade, sem comprometer o orçamento.

Já os programas stricto sensu, em especial os oferecidos por universidades públicas, podem contar com bolsas de pesquisa, o que ajuda a viabilizar a formação — embora exijam maior disponibilidade de tempo e dedicação ao longo do curso.

Perguntas comuns sobre pós-graduação

Na hora de pensar em uma pós, surgem dúvidas que se repetem — e que nem sempre são respondidas com objetividade. Abaixo, estão algumas das mais frequentes.

É possível fazer duas pós ao mesmo tempo?

Sim. Não há impedimento legal ou acadêmico para cursar duas pós-graduações simultaneamente. Mas vale avaliar se a sobrecarga de conteúdo, prazos e leitura não vai afetar seu desempenho. Se ambas forem lato sensu, com aulas quinzenais ou EAD, a conciliação é mais viável. No caso de um mestrado ou doutorado, a exigência de tempo e foco é bem maior.

MBA é considerado mestrado?

Não. MBA é uma especialização lato sensu, voltada para gestão, negócios e liderança. Apesar do nome em inglês, ele não tem equivalência com o mestrado acadêmico ou profissional. O título concedido ao final do MBA é o de especialista, e não o de mestre. Essa confusão é comum, mas são formações com estruturas e objetivos diferentes.

Pós-graduação serve como pontuação em concursos?

Depende do edital. Em muitos concursos, especialmente para cargos públicos de nível superior, pós-graduações lato sensu e stricto sensu podem somar pontos na fase de títulos. O peso varia conforme o tipo de pós, a área e as regras do processo seletivo. Em alguns casos, o mestrado e doutorado também são usados como critério de desempate.

Pós sobe meu salário?

Depende do setor e da política da empresa. Em algumas áreas, ter uma pós é praticamente obrigatório para progressão salarial. Em outras, o impacto é indireto — melhora o currículo, amplia as possibilidades de promoção e fortalece a negociação. O aumento, se vier, costuma estar ligado ao tipo de pós, à sua aplicabilidade e ao valor que a organização dá à formação continuada.

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Equipe FM2S

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