Introdução
Grandes gestores devem estar a par das mais novas informações, tecnologias, habilidades e competências que estão sendo exigidas no mercado de negócios. Saber direcionar as equipes, sem perder o foco e também prever e propor mudanças para proteger os negócios são medidas que um bom líder deve saber. Mas a velocidade com que as informações são compartilhadas, muitas vezes não dão tempo hábil para que muitas destas medidas sejam tomadas. Desta forma vamos trazer nesta postagem um novo manual de liderança, com novos focos a que a liderança deve se atentar. Se você deseja chegar à liderança ou se você quer se tornar um Black Belt ou Master Black Belt Lean Seis Sigma essa leitura é imprescindível.
Um novo manual de liderança
Organizações e líderes precisam de um novo conjunto de comportamentos para a era digital. Aqui está o que abandonar, o que manter e o que desenvolver.
O que definirá uma grande liderança na nova economia digital? Precisamos de uma combinação de comportamentos emergentes e duradouros e, principalmente rejeitar comportamentos erodíveis.
Mas não para por aí: reconhecer os comportamentos é apenas o primeiro e pequeno passo. O verdadeiro desafio está em enfrentar a inércia cultural e tornar novos comportamentos a norma em toda a organização. Vamos conferir quais são as descobertas centrais sobre os desafios que as organizações de hoje enfrentam e seus líderes.
Por que estudar a liderança é importante?
Estamos todos muito familiarizados com as mega tendências que estão tornando este mundo um lugar mais complexo. Estudamos a natureza mutável da concorrência, a digitalização, a demografia variável e a natureza mutável do trabalho. Mas o que nos surpreendeu foi o fato de haver poucos estudos baseados em fatos sobre as implicações de liderança e desenvolvimento de liderança dessas mega tendências. Precisamos entender melhor o que define grande liderança neste mundo em mudança. Parece que estamos conversando sobre isso para sempre, e ainda assim muitas pessoas continuam presas.
Esse é exatamente o ponto. Temos conversado muito sobre essas coisas, mas de alguma forma nossas organizações não estão mudando, ou para ser justo, estão mudando muito lentamente. Muita conversa se presta a hipérbole. Este estudo coloca os fatos em primeiro plano neste desafio. Estudamos a visão de mais de 4.000 pessoas de mais de 120 países ao redor do mundo. Realizamos dezenas de entrevistas aprofundadas com líderes de alto escalão e conduzimos grupos focais com líderes de nova geração. Agora somos capazes de ir além da conjectura, o que nos estimulou em criar um novo manual de liderança.
Uma das metodologias que quebram totalmente antigos estigmas de liderança é a metodologia ágil. Aproveite para conferir os nossos cursos de metodologias ágeis e especialista scrum.
Surpresas Desanimadoras
Algumas são preocupantes e outras tranquilizadoras. A surpresa mais preocupante foi a extensão em que gerentes e líderes, sentem. Nossas empresas não estão preparadas para liderar a nova economia. As lacunas de capacidade foram, em muitos casos, surpreendentes.
Apenas 9% dos entrevistados consideraram que seus líderes tinham as habilidades ou demonstraram os comportamentos necessários para liderar na era digital. Apenas 12% indicaram que seus líderes possuíam a mentalidade certa para liderar no mundo digital. E apenas 13% concordaram firmemente que suas empresas estavam prontas para competir e muito menos vencer neste novo ambiente. Também descobrimos o que chamamos de “gap de conscientização” e “gap de resolução”, ambos detalhados nos resultados do estudo.
O efeito cumulativo dessas lacunas é a criação do que chamamos de inércia cultural.
Pegando essas lacunas principais juntas, você terá um poderoso desincentivo à mudança. Isso é particularmente verdadeiro nas empresas que têm a sorte de ainda ter sucesso, mas estão enfrentando tempos difíceis pela frente, talvez sem saber ainda, ou pelo menos não querendo enfrentar os fatos ainda. É fácil culpar a cultura, porque parece assustador tentar fazer algo a respeito. A maioria das pessoas enxerga a mudança na cultura de sua organização acima da faixa salarial, por isso reclamam, colocam a culpa em outro lugar e, estranhamente, isso parece reconfortante.
A mudança começa olhando para pequenas coisas, orientando e dando autonomia aos líderes certos. E mais do que nunca você deve estar disposto a arriscar, porém com muita cautela e sabedoria.
Eis um assunto bastante abordado em nossas formações da mais alta hierarquia em termos de Gestão da Qualidade Total (TQM – Total Quality Management). Ela está bem atrelada às formações Black Belt e Master Black Belt disponíveis em nossa Plataforma EAD.
Por outro lado, existem surpresas animadoras
As pessoas, e não apenas as de última geração, estão exigindo que suas organizações criem ambientes de trabalho mais planos, mais transparentes, mais inclusivos e mais direcionados a alguns propósitos. Eles não estão mais só falando sobre isso - eles estão exigindo. Eles estão deixando organizações que continuam sendo top-down em suas abordagens à liderança. Alguns comportamentos de líderes eram de vital importância, não importando o que acontecesse - coisas como confiança, integridade, honestidade, propósito e comprometimento com a comunicação contínua.
Mas também existem muitos comportamentos que são desgastantes. São as manifestações de como os líderes lideraram em tempos mais simples: tomada de decisões de cima para baixo, planos estratégicos de longo prazo, padrões de comunicação com estilo de venda e, infelizmente, predominantemente masculinos.
Comportamentos emergentes são aqueles sobre os quais ouvimos falar como fundamentais para liderar a nova economia: empatia, autenticidade, transparência, humildade, inclusão, colaboração e conexão, experimentação e similares. Comportamentos duradouros são os que passaram pelo teste do tempo, eram importantes há 50 anos, são importantes hoje e continuarão sendo importantes daqui a 50 anos.
Portanto, se conhecemos os comportamentos que precisamos demonstrar para liderar na era digital, o que está nos impedindo?
Não podemos esquecer a coisa da cultura e essa noção preocupante de inércia cultural. Falar sobre comportamentos é uma coisa. Mas se isso é tudo o que você faz, o que você fez foi criar um novo vocabulário, porém não escreveu um novo manual para essas palavras. Por isso, chamamos o estudo de "O novo manual de liderança para a era digital". O que recomendamos é que os líderes superem as palavras e comecem a criar as condições para que o sucesso aconteça em suas organizações. Para fazer isso, achamos útil olhar para algumas empresas que já moram no futuro.
O que esses líderes fizeram foi criar uma capacidade de liderança coletiva e adotaram esse tom adotando o que chamamos de mentalidade característica das grandes comunidades de liderança, que são detalhadas no relatório.
Por fim, como fazer isso acontecer?
Os líderes precisam moldar e articular uma narrativa poderosa sobre o que parece e parece uma grande liderança em suas organizações e depois socializá-la em diálogo honesto com suas equipes. Eles precisam demonstrar que estão dispostos e prontos para mudar, modelando ativamente essa narrativa. Eles precisam incluir essa narrativa em seus sistemas e processos de gerenciamento de talentos para garantir que um novo tipo de líder surja em suas organizações. E eles precisam ter certeza de que este novo manual de instruções abre as portas para toda uma nova e diversificada geração de líderes.
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Fonte: CHURC, Z. - Writing a New Leadership Playbook - MIT SLOAN
