Uma pesquisa rápida sobre o termo “carreira” no Google te retorna uma busca constante por carreiras militares – isso, ao lado dos cada vez mais escassos concursos públicos, ocorre por serem uma das poucas instituições que ainda aderem a um modelo antigo de carreira: o modelo em linha reta. Mas, assim como as relações, há um novo modelo de carreira emergindo: o modelo em rede. Vem conferir o que é e como você pode se aproveitar disso!
O Trabalho Proteano
Nesse novo formato de trabalho, em que a flexibilidade, versatilidade e manejo de ferramentas serão o diferencial de um profissional, se aproxima muito do Trabalho Proteano. Essa terminologia, que faz referência ao mito de Prometeus, inventor grego que teria roubado o fogo dos deuses, indica um trabalho sempre inventivo. E esse vai ser o perfil do trabalhador que quiser crescer nesse novo período. A capacidade de se reinventar pode – e comumente é – aprendida. Cursos de criatividade costumam dar metodologias para se acostumar a estar fora da caixa, enquanto certificações como o Lean Six Sigma vão proporcionar uma ferramenta para levar a melhoria contínua para a carreira de si.
Fim da terceirização da carreira
Iniciar e gerir uma carreira é algo que não percebemos, mas temos o hábito de terceirizar. Sempre procuramos por novos empregos na esperança de conseguir uma oportunidade, enquanto almejamos subir nas hierarquias das empresas até uma posição que seja confortável e alinhada com os nossos valores. Percebeu como o sujeito da frase acima é sempre passivo? Ele espera e ele quer ter a oportunidade? Isso é o hábito de terceirizar a sua carreira – ficar na expectativa de que as suas habilidades e competências sejam percebidas para você receber sua nova posição. No fundo, você está deixando que outra pessoa tome as rédeas da sua carreira por você. Os novos formatos de carreira pedem profissionais que sejam proativos na construção de seu futuro profissional, seja se tornando ele mesmo uma empresa, com serviços específicos, seja se capacitando ao máximo e tornando-se indispensável. E se tem uma aliada desse novo profissional, essa é a tecnologia.
Carreira em tecnologia x Carreira e tecnologia
A relação entre uma boa gestão de carreira e a tecnologia é íntima, enquanto a carreira em tecnologia é todo um outro assunto. Vamos falar rapidamente da diferença entre um e outro e esclarecer que a tecnologia é sua amiga, mesmo que você não trabalhe com ela.
Carreira em tecnologia:
Quem quer perseguir uma carreira em tecnologia, precisa entender que irá trabalhar com dois campos bem distintos – pessoas e ferramentas. Um excelente operador de ferramentas que não entenda as demandas e dores de seus clientes e subordinados não irá muito longe, assim como quem não procura dominar as novas peças do quebra-cabeça está fadado a não completar a figura. Um jeito de unir o útil ao agradável é por metodologias de gestão que nasceram da necessidade de trabalhos mais ágeis na área de tecnologia e inovação. É o caso da metodologia Scrum, que surge na necessidade de softwares feitos mais rapidamente e mais adequados as demandas do mercado.
Carreira e tecnologia:
Já quando pensamos em carreira e tecnologia, nos referimos a tecnologia como aliada de quem está desenvolvendo sua carreira. É através dela que você será capaz de usar dados e design para criar narrativas envolventes e com ela você poderá multiplicar sua rede de clientes. É impensável se estruturar um network adequado sem estar alinhado com plataformas como o LinkedIn, por exemplo. E o quanto o seu trabalho não ficará mais interessante se os dados não estiverem bem apresentados em um dashboard interativo? O uso correto das tecnologias pode impulsionar a sua carreira, assim como se negar a conhece-las pode enterrá-la de vez. Dentre os vários usos da tecnologia para impulsionar carreiras hoje, o Home Office tem sido o principal fator que vem mexendo com o status quo e criando diversas oportunidades para se lançar no mercado de trabalho.
Home office: novo local de trabalho
A adaptação de salas e quartos em escritórios já era tendência, mas virou a realidade de grande parte dos cargos que trabalham com inteligência e informação – e, sobretudo, os cargos de tecnologia! A digitalização das coisas tornou possível que o trabalho ocorresse em qualquer canto, e a pandemia nos forçou a perceber isso. Nessa nova configuração, houve quem não soubesse administrar o novo espaço e quem não quer saber de outra vida. Essa modalidade muda as regras do jogo. Portugal, por exemplo, sancionou recentemente uma lei proibindo chefes de entrarem em contato com empregados fora do horário de trabalho. Esse é um exemplo de novas preocupações dos colaboradores mobilizadas pelo home office – muitos têm preferido o atendimento psicológico ao Vale Transporte.
Um profissional, vários empregos
O tema já foi notícia e suscitou debate nas redes sociais, mas não importa a posição, é um fato: as pessoas tem aproveitado a oportunidade de estar em casa, sem uma supervisão constante, para somar ocupações e multiplicar a renda. O que não é bom nem ruim, caso haja a devida administração para conciliar tudo. O que muitos não enxergam é como essa multiplicação de empregos abre margens para que os profissionais se capacitem em múltiplas experiências simultaneamente, agregando ao seu valor profissional. Para isso, não deixe de ter em mente algumas técnicas de organização pessoal como manter um checklist atualizado e um cronograma em dia.
Fim das barreiras geográficas
Esses profissionais não estão abertos apenas ao mercado nacional – o fim das barreiras também permite a muitos profissionais, sobretudo os de tecnologia no Brasil, alcançarem posições que pagam em dólar em empresas estrangeiras. Essa fuga profissional já ligou o alerta em diversas empresas nacionais, que se viram necessitadas de competir com os salários elevados da concorrência internacional. Nesse ínterim certificados internacionais, como o Lean Six Sigma acabam se tornando um diferencial, pois nivelam o profissional no padrão de qualidade que essas empresas buscam. Certificações como a Green Belt e a Black Belt são essenciais para que o profissional se torne atrativo para cargos de maior responsabilidade lá fora.
A saúde mental do colaborador
O tópico da saúde mental do colaborador fala diretamente com a maneira que uma equipe é administrada. Falta de feedback, sensação de deslocamento e problemas de comunicação tem aparecido em diversos tópicos no LinkedIn e pesquisas conduzidas sobre o mercado de trabalho brasileiro. E como em toda crise, há uma oportunidade. Lideranças que possuem treinamento em metodologias de administração de times, como o Scrum, vão encontrar grande vantagem na busca por um novo cargo. Do mesmo modo, ter a noção de gestão de conflitos é essencial para não haver ruído entre os colaboradores vai diferenciar os gestores de sucesso dos que vão falhar.
Melhoria contínua de si
Outro aspecto que estará na mente de quem for conduzir essa “carreira de si” é o ensino constante, ou Lifelong Learning. O formato já vinha ganhando corpo com sites como Coursera e EDx lançando cursos pontuais de diferentes universidades, e agora toma volume conforme mais pessoas enxergam seus pontos fortes e fracos e percebem onde precisam investir tempo e energia. A Assinatura da FM2S é um desses cursos com uma abordagem que visa unir todas as soft skills quanto as hard skills que farão você se destacar numa carreira em tecnologia ou na carreira com tecnologia. A grande vantagem aqui é a disponibilidade de cursos que culminam em um certificado: você pode cursar diferentes disciplinas, conforme o seu interesse (ou necessidade de trabalho), e ao completar determinadas porções de texto, receber sua certificação de capacitação Lean Six Sigma.