Como resolver problemas? Descubra em 7 passos
Como resolver problemas?

10 de junho de 2015

Última atualização: 08 de abril de 2025

Como resolver problemas? Descubra em 7 passos

O que é resolução de problemas?

Resolução de problemas é o processo estruturado de identificar, analisar e tratar uma situação indesejada até eliminá-la ou controlá-la. O conceito é aplicado em diversos contextos, como gestão de processos, projetos, atendimento ao cliente e melhoria contínua.

Há diferença entre resolvercontornarprevenir um problema:

  • Resolver é eliminar a causa do problema após sua ocorrência.
  • Contornar significa agir temporariamente, sem tratar a causa.
  • Prevenir é agir antes que o problema aconteça, com base em dados e sinais.

Organizações que usam dados e métodos estruturados conseguem transformar falhas recorrentes em oportunidades de melhoria. A resolução de problemas ajuda a reduzir retrabalho, aumentar a produtividade e tomar decisões mais eficazes.

Por que desenvolver a habilidade de resolver problemas?

Saber resolver problemas com eficácia é uma competência valorizada em todos os níveis da organização. Essa habilidade impacta diretamente a produtividade, a qualidade dos processos e o desempenho das equipes.

Em cargos de liderança, a capacidade de identificar causas e propor soluções sustentáveis é ainda mais relevante. Líderes que dominam essa habilidade conseguem agir com rapidez e evitar a repetição de falhas.

Além disso, metodologias como LeanPDCA DMAIC dependem de uma abordagem estruturada para resolver problemas. Desenvolver essa competência acelera a tomada de decisão e favorece a melhoria contínua, mesmo em contextos de alta complexidade.

Etapas da resolução de problemas

PDCA (Planejar, Executar, Verificar, Agir)

O ciclo PDCA é um dos métodos mais utilizados para resolver problemas de forma estruturada e contínua. Na etapa Planejar, define-se o problema, seus impactos e as possíveis causas. Em seguida, Executar significa colocar a solução em prática em pequena escala. A fase de Verificação analisa se os resultados atendem ao esperado. Por fim, a etapa de Ação padroniza o que funcionou ou inicia um novo ciclo, caso ajustes sejam necessários.

É ideal para aplicar em problemas recorrentesmelhorias de processoprojetos de curto prazo, garantindo controle e aprendizado contínuo.

5 Porquês

O método dos 5 Porquês é uma técnica de análise de causa raiz. Parte-se de um problema observado e, sucessivamente, pergunta-se “por quê?” até identificar a origem real da falha. Na maioria dos casos, cinco repetições são suficientes para chegar à causa primária, mas esse número pode variar.

Sua simplicidade permite aplicação rápida em problemas operacionais, como falhas pontuais em máquinas, atrasos em entregas ou desvios de qualidade. Não exige ferramentas complexas e pode ser aplicada em reuniões rápidas com as equipes.

Diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe)

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito, organiza graficamente todas as possíveis causas de um problema, agrupadas em categorias como: método, máquina, mão de obra, material, meio ambiente e medição.

Essa abordagem é útil quando o problema é complexo e envolve várias áreas. Ajuda a visualizar de forma sistemática os fatores que podem estar contribuindo para a ocorrência do problema. É comum utilizá-lo em conjunto com o brainstorming e os 5 Porquês para aprofundar a análise.

Análise de Pareto (Regra 80/20)

A Análise de Pareto permite priorizar causas com maior impacto. Baseia-se na regra de que 80% dos efeitos são causados por 20% das causas. Ao aplicar essa análise, as causas mais frequentes ou mais impactantes são destacadas em um gráfico de barras e linha, facilitando a tomada de decisão sobre onde agir primeiro.

É indicada para problemas com várias ocorrências documentadas, como reclamações de clientes, defeitos em produtos ou falhas em processos. Foca na resolução do que realmente importa para o resultado.

A3 Report

O A3 Report é uma ferramenta de comunicação e análise visual utilizada principalmente em ambientes Lean. Seu nome vem do tamanho do papel (A3) onde se organiza toda a estrutura da resolução do problema: contexto, situação atual, análise da causa raiz, plano de ação, resultados esperados e lições aprendidas.

Além de ajudar a padronizar a abordagem, facilita o alinhamento entre equipes e gestores. Por ser visual e direto, o A3 é usado tanto na apresentação de projetos quanto no acompanhamento de melhorias.

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Resolução de problemas: erros comuns a evitar

Mesmo com métodos bem definidos, algumas falhas no processo de resolução de problemas comprometem os resultados. Evitar esses erros é tão importante quanto aplicar a metodologia correta.

Ignorar a causa raiz

É comum implementar soluções sem investigar o que realmente originou o problema. Isso gera correções superficiais e falhas recorrentes. Ferramentas como os 5 Porquês e o Diagrama de Ishikawa ajudam a aprofundar a análise.

Agir com base em opinião, e não em dados

Tomar decisões sem evidência concreta aumenta o risco de falhas. Coletar e analisar dados objetivos torna o diagnóstico mais confiável e reduz suposições.

Não envolver as pessoas certas

Resolver problemas isoladamente, sem escutar quem executa o processo, limita a compreensão do cenário real. A colaboração entre áreas melhora a análise e a execução das ações corretivas.

Implementar sem testar

Pular a fase de validação pode levar à adoção de soluções ineficazes. Testar em escala reduzida ajuda a evitar retrabalho e ajustes não planejados.

Não acompanhar o resultado

Após aplicar uma solução, o acompanhamento é essencial. Sem monitoramento, não é possível saber se o problema foi de fato eliminado ou apenas adiado.

Evitar esses erros aumenta a eficiência do processo e garante que os resultados sejam sustentáveis ao longo do tempo.

7 passos para resolver problemas com mais eficiência

1. Compreenda o problema

Antes de qualquer ação, é essencial entender o que está realmente acontecendo. Reúna informações iniciais e descreva o problema de forma objetiva: onde ocorre, com quem, com que frequência e quais impactos causa.

2. Defina o escopo

Delimite o que será analisado. Isso evita que o time se desvie para causas ou áreas que não estão relacionadas diretamente ao problema. Definir o escopo também ajuda a manter o foco e facilita a priorização de recursos.

3. Coleta e análise de dados

perdas envolvidas e padrões de comportamento são informações que ajudam a entender a causa.

Sem dados, as decisões tendem a ser subjetivas e menos eficazes.

4. Identifique a causa raiz

Utilize ferramentas como 5 PorquêsDiagrama de Ishikawa ou brainstorming estruturado. O objetivo é encontrar o fator principal que gera o problema, e não apenas corrigir os sintomas.

5. Elabore soluções viáveis

Com a causa identificada, proponha soluções práticas, considerando recursos disponíveis, tempo e impacto esperado. Avalie os riscos e benefícios de cada alternativa antes da escolha final.

6. Teste e implemente

Sempre que possível, implemente em escala reduzida para validar a eficácia. Se os resultados forem positivos, amplie a aplicação para toda a operação ou processo. Documente o que foi feito.

7. Acompanhe e padronize

Monitore os indicadores relacionados ao problema. Se os resultados se mantiverem positivos, padronize a solução e compartilhe com outras áreas. Se o problema persistir, revise as etapas anteriores.

Resolver problemas de forma estruturada é uma habilidade indispensável em qualquer ambiente profissional. Compreender o cenário, usar dados confiáveis e aplicar métodos adequados evita decisões impulsivas e reduz falhas recorrentes.

Organizações que adotam uma abordagem lógica e replicável para resolução de problemas colhem resultados mais consistentes, economizam recursos e evoluem de forma contínua.

Mais do que reagir a falhas, o foco deve estar em entender causas, agir com precisão e gerar aprendizado organizacional.

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Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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