O que é gerenciamento? À medida que o mercado consumidor cresce, se desenvolve e evolui, o mesmo acontece com as empresas e marcas que o atendem. Operações, protocolos, produtos, estratégias – todos os aspectos da maneira como os negócios são realizados estão em constante estado de mudança.
Parte do modo como muitas empresas e marcas impõem a inovação e a evolução são realizadas através do gerenciamento – da maneira como lidar com as pessoas e das tarefas que essas pessoas devem realizar.
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Quais são as noções básicas de gerenciamento?
Em poucas palavras, gerenciamento trata-se de planejar, organizar, dirigir e controlar, aplicando certos princípios para utilizar e maximizar os recursos humanos, informativos e financeiros de uma organização para atender à missão e aos objetivos da empresa.
O Investopedia define gerenciamento de operações como “a administração de práticas de negócios para criar o mais alto nível de eficiência possível dentro de uma organização”. Ele se preocupa em converter materiais e mão-de-obra em bens e serviços da maneira mais eficiente possível para maximizar o lucro da organização.
As equipes de gerenciamento de operações tentam equilibrar custos com receita para alcançar o maior lucro operacional líquido possível.
Algumas palavras-chave nessa definição são "administração", "nível mais alto de eficiência possível", "maximizar lucro" e "equilibrar custos com receita". Isso apenas mostra como a gestão é realmente complexa. Não é apenas ordenar as pessoas ou a papelada.
A gerência determina a estratégia e a direção da empresa. Uma boa gestão é a base sobre a qual empresas de sucesso são construídas. Ao contrário da crença de que tudo o que precisamos é de um bom produto, uma marca com um bom produto rapidamente se encontrará em apuros se as coisas forem mal administradas.
Quanto mais complexa a operação de uma empresa, mais importante é o gerenciamento de projetos, conflitos e pessoas, entre tantos fatores que envolvem a organização.
Qual a história do gerenciamento?
A administração como a conhecemos hoje começou a ser praticada aproximadamente durante a Revolução Industrial. Antes desse período, eram principalmente os empresários que faziam todo o trabalho. Embora o filósofo Adam Smith propusesse que a produção pudesse ser aumentada através da divisão do trabalho, a Revolução Industrial deu início a um aumento na escala de produção – como tal, o trabalho não poderia ser feito por uma única pessoa ou um pequeno grupo.
Para que a produção em massa fosse possível, o conceito de gerenciamento passou a existir.
Naquela época, isso significava especialização do trabalho, padronização de processos, controle de qualidade, planejamento e organização do fluxo de trabalho e até mesmo contabilidade antecipada. O termo "gerenciamento" tornou-se amplamente usado no início dos anos 1900. Como consequência, surgiram as escolas e currículos dedicados à administração.
De fato, a prestigiada Wharton School foi fundada em 1881, quando o conceito de gestão se tornou parte mais sólida e integral da cultura e do ambiente de negócios. Depois disso, veio um período que enfatizou a experiência.
A cultura militar, ideias matemáticas e científicas e conceitos de outros campos, como sociologia e psicologia, tornaram-se a base de diversos princípios e práticas de gestão. Esse também foi o momento em que os trabalhadores passaram a ser vistos como mais do que apenas engrenagens na produção – aqueles que recebiam treinamento e utilizavam informações forneciam mais valor à organização.
Isso também significava que o gerenciamento deixava de ser apenas “seguir o líder”, passando a valorizar o envolvimento e a motivação de trabalhadores e funcionários. Por consequência, a ênfase na experiência dos trabalhadores e no valor que eles fornecem levou o gerenciamento a incorporar a empatia como um elemento essencial.
Isso se traduz em conectar-se aos membros da organização em um nível mais emocional, memorável e até pessoal. Além disso, o envolvimento das marcas com os clientes também passou a exigir essa conexão emocional e empática. Hoje, as empresas são chamadas não apenas a se preocupar com lucros e resultados, mas também a criar uma estratégia de gerenciamento que promova a igualdade e trate todos os indivíduos e grupos com dignidade.
Quais os tipos de gerenciamento?
Agora, vejamos os diferentes tipos de gerenciamento que você pode fazer parte:
Autocrático
A ênfase aqui é uma autoridade rígida, classificação e hierarquia dentro da organização. A interação ocorre sempre de cima para baixo, e os funcionários são amplamente incentivados a simplesmente seguir comandos.
Os funcionários que não obedecem são punidos. Além disso, o estilo de gerenciamento autocrático depende do medo para manter todos alinhados e garantir que as operações sigam funcionando.
Quando o gerenciamento autocrático é aplicado, a produção pode ser alta, mas a satisfação dos funcionários tende a ser baixa. Outra desvantagem é a possível queda na qualidade, pois os trabalhadores não se sentem motivados a dar 100%.
Os microgerenciadores geralmente se enquadram nessa categoria, pois ficam constantemente supervisionando as equipes. Nesse modelo, as tarefas são executadas apenas conforme as instruções, sem espaço para autonomia ou inovação.
Extrovertido
Um estilo de gestão mais agradável (pelo menos para os trabalhadores) é o extrovertido, onde os gerentes exercem mais consideração, compaixão e compreensão em relação aos funcionários.
Alguns nomes famosos que praticaram esse estilo de gestão foram o falecido CEO da Apple, Steve Jobs, e o CEO da Tesla, Elon Musk – ambos confiam amplamente em seu forte carisma para liderar e gerenciar pessoas.
Os gerentes de transformação – aqueles que adotam a mentalidade do quid pro quo entre gerente e funcionário – também se enquadram nessa categoria.
Político
Uma espécie de combinação entre o estilo autoritário e o extrovertido de gerenciamento. No geral, os gerentes parecem simpatizar com os funcionários, mas muitas vezes possuem agendas ocultas não divulgadas aos trabalhadores regulares.
Os gerentes que operam com base na necessidade de conhecimento ao lidar com subordinados se enquadram nessa categoria.
Além disso, como o nome sugere, esse estilo incorpora a política do escritório ao jogo de poder, onde as escadas de carreira individuais são mais prioritárias do que a produtividade ou o lucro da empresa.
Administrativo
Esse estilo pode ser visto como uma derivação do gerenciamento autoritário, mas não inteiramente. Embora a ênfase esteja na aderência estrita às regras, protocolos e processos da empresa, eles não são necessariamente prejudiciais aos trabalhadores.
O ponto central desse estilo de gerenciamento é a mentalidade “Se não está quebrado, por que consertar?”, onde as coisas são feitas da mesma maneira que sempre foram.
Democrático
Aqui, a voz de todos é ouvida. Isso resulta em alta satisfação entre os trabalhadores, mas, se não houver controle, esse tipo de gerenciamento pode se tornar contraproducente ou até impactar negativamente a organização como um todo.
O objetivo desse estilo gerencial é incentivar deliberadamente a participação de todos (ou pelo menos da maioria) dos membros da organização, reconhecendo que boas ideias não vêm apenas da administração.
Laissez-faire
De longe, o mais descontraído de todos os estilos. Nesse modelo, os trabalhadores estão sob supervisão mínima e recebem liberdade criativa para trabalhar como e quando considerarem adequado, desde que prazos e objetivos pré-estabelecidos sejam cumpridos.
A ênfase aqui está mais na conclusão dos projetos e nos resultados finais. Além disso, há grande confiança nos membros da organização para que atendam às metas e expectativas.
Treinamento/orientação
Nesse estilo, a gerência está mais atenta aos problemas e presta suporte contínuo. Não se trata de um modelo rígido do tipo "meu jeito ou nada", mas sim de um processo onde os trabalhadores são ensinados e guiados.
O gerenciamento é fluido, ajustando-se conforme a contribuição dos trabalhadores. A principal diferença em relação ao estilo democrático está na abordagem da gerência, pois, ao final, o modelo democrático exige um único tomador de decisão.
No coaching, não há um caminho único e definido. A gerência assume o papel de fornecer diversas alternativas para que os membros da organização alcancem o mesmo objetivo.
O que é o gerenciamento hoje e como continua a evoluir?
Não existe um único estilo de gerenciamento certo ou definitivo. A escolha do modelo ideal depende do tipo de organização e da situação atual, determinando qual abordagem será mais eficaz.
Embora muitas empresas já tenham uma cultura predefinida, a gerência pode adaptar sua supervisão conforme as circunstâncias exigirem.
Hoje, outro fator – a tecnologia também desempenha uma grande parte de como o gerenciamento é feito e praticado. Com cada vez mais processos incorporando tecnologias como inteligência artificial e automação, é comum que as estratégias de gerenciamento também mudam passem a se desenvolver.
A tecnologia oferece diversas ferramentas que auxiliam no processo de gerenciamento, tornando-se um elemento essencial para a facilidade e eficiência operacional dentro das organizações.
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