A IoT não é apenas uma tecnologia, é um catalisador para uma revolução digital, remodelando a forma como interagimos com o mundo e criando oportunidades inexploradas para a inovação.
O que é a Internet das Coisas?
Em poucas palavras, a Internet das Coisas é o conceito de conectar qualquer dispositivo (desde que tenha um botão liga / desliga) à Internet e a outros dispositivos conectados. A IoT é uma rede gigante de coisas e pessoas conectadas - que coletam e compartilham dados sobre a maneira como são usadas e sobre o ambiente ao seu redor.
Isso inclui um número extraordinário de objetos de todas as formas e tamanhos - de micro-ondas inteligentes, que cozinham automaticamente pelo tempo certo, a carros autônomos, cujos sensores complexos detectam objetos em seu caminho. Existem até bolas de futebol conectadas que podem rastrear a distância e a rapidez com que são jogadas e registrar essas estatísticas por meio de um aplicativo para fins de treinamento futuro.
Como funciona a Internet das Coisas?
Dispositivos e objetos com sensores embutidos são conectados a uma plataforma da Internet das Coisas, que integra dados de diferentes dispositivos e aplica análises para compartilhar as informações mais valiosas com aplicativos criados para atender necessidades específicas.
Essas poderosas plataformas de IoT podem identificar exatamente quais informações são úteis e quais podem ser ignoradas com segurança. Essas informações podem ser usadas para detectar padrões, fazer recomendações e detectar possíveis problemas antes que eles ocorram.
Por exemplo, imagine que você é um dono de uma empresa de fabricação de automóveis, talvez queira saber quais componentes opcionais (bancos de couro ou rodas de liga leve, por exemplo) são os mais populares. Usando a tecnologia Internet das Coisas, você pode:
- Usar sensores para detectar quais áreas em um showroom são as mais populares e onde os clientes permanecem por mais tempo;
- Fazer uma busca detalhada nos dados de vendas disponíveis para identificar quais componentes estão vendendo mais rapidamente;
- Alinhar automaticamente os dados de vendas com o suprimento, para que itens populares não se esgotem.
As informações coletadas pelos dispositivos conectados assim me permitem tomar decisões inteligentes sobre quais componentes armazenar - com base em informações em tempo real - o que me ajuda a economizar tempo e dinheiro.
Com as informações fornecidas pelas análises avançadas, vem o poder de tornar os processos mais eficientes. Objetos e sistemas inteligentes significam que assim você pode automatizar determinadas tarefas, principalmente quando são repetitivas, mundanas, demoradas ou mesmo perigosas.
Exemplo de como funciona uma rede IoT
Não é só para ligar usa geladeira, a Internet das Coisas tem funções diversas em saúde, comércio, entre outros. É uma forma de revolucionar a vida que conhecemos como um todo. As redes de Internet das Coisas (IoT) estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Aqui estão alguns exemplos práticos de como a IoT está em ação:
- Casa Inteligente: Termostatos inteligentes ajustam a temperatura baseados na presença de pessoas ou no clima. Lâmpadas inteligentes mudam de cor e intensidade com comandos de voz ou programações específicas. Fechaduras e câmeras de segurança permitem controle e monitoramento remoto.
- Wearables: Dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes, monitoram atividades físicas, padrões de sono e sinais vitais, fornecendo dados para usuários e profissionais de saúde.
- Agricultura Inteligente: Sensores no campo medem umidade, temperatura e composição do solo, auxiliando na irrigação precisa e no uso eficiente de fertilizantes.
- Cidades Inteligentes: Sensores de tráfego controlam o fluxo de veículos, otimizam semáforos e reduzem congestionamentos. Sistemas de gestão de resíduos monitoram a necessidade de coleta de lixo em diferentes áreas.
- Indústria 4.0: Máquinas com sensores em fábricas permitem a manutenção preditiva, evitando paradas não planejadas. Sistemas de rastreamento de ativos monitoram a localização de produtos em tempo real ao longo da cadeia de suprimentos.
- Gestão de Energia: Smart grids utilizam IoT para equilibrar a demanda e a oferta de energia, integrando fontes renováveis e melhorando a eficiência energética.
- Saúde: Dispositivos médicos conectados permitem monitoramento remoto de pacientes, alertando profissionais de saúde sobre condições que requerem atenção imediata.
- Transporte e Logística: Veículos conectados com IoT fornecem dados sobre condições de trânsito, rotas ótimas e manutenção veicular, além de facilitar o rastreamento de cargas em trânsito.
Qual é a importância da Internet das Coisas?
A Internet das Coisas, por sua vez, não se trata de uma segunda Internet – mas de uma rede de dispositivos conectados à Internet que é usada diariamente para diversas funções, como pesquisar no Google, fazer upload de imagens e conectar-se a amigos. É uma rede de produtos conectados à Internet, que têm seu próprio endereço IP e podem se conectar para automatizar tarefas simples.
A Internet das Coisas (IoT) conecta objetos do cotidiano à internet para trocar dados e facilitar a vida. Para usar IoT com segurança:
- Escolha dispositivos compatíveis com a sua rede.
- Use senhas fortes e mantenha o software atualizado.
- Considere o uso de redes separadas para proteger seus dados.
Com IoT, você pode controlar dispositivos remotamente e automatizar tarefas domésticas, economizar energia e monitorar sua saúde. A chave é focar em como a IoT pode tornar a vida mais eficiente e confortável.
No entanto a Internet das Coisas (IoT) está em sua infância: não foi totalmente desenvolvida e está fragmentada. Luis Galvez, diretor do Internet of Things Consortium, um grupo dedicado a reunir empresas para acelerar o desenvolvimento da IoT, compara o estado atual da IoT ao nascimento do computador, observando que empresas e consumidores estão apenas aprendendo que os produtos podem conecte-se à Internet e agora é hora de descobrir o que fazer com essa tecnologia.
Desenvolvimento da IoT: como isso atinge sua família?
Para que a IoT seja totalmente realizada, é necessário que todos os dispositivos se conectem, independentemente de qual empresa fabricou o produto ou de quais empresas tenham relações comerciais entre si.
Para exemplificar em que pé a Internet das Coisas se encontra hoje, trazemos um caso de exemplo que atinge diretamente a sua família – isso mesmo! Uma empresa chamada Rest Devices desenvolveu um conjunto de pijamas para bebês que vêm com um monitor projetado para detectar a Síndrome da Morte Súbita Infantil.
Funciona da seguinte forma: quando a frequência respiratória do bebê atinge níveis alarmantes, os pais recebem uma mensagem de texto ou telefonema, ou é feita uma ligação para o 911.
É um sistema muito rígido, controlado completamente pelo fabricante do pijama. O sensor ainda não pode se comunicar com um despertador ou luzes da casa para alertas adicionais – o que poderia acontecer em um estágio bem desenvolvido da Internet das Coisas. Para que isso acontecesse, a Rest Devices também precisaria fabricar esses dispositivos ou trabalhar em conjunto com outras marcas que os fazem.
A necessidade de uma comunicação efetiva para evitar a fragmentação
Para que isso aconteça, é preciso haver uma plataforma na qual os dispositivos possam se conectar diretamente. Nesse sentido, algumas empresas criaram suas próprias plataformas para conectar dispositivos fabricados por uma única empresa, criando soluções fechadas para resolver problemas específicos, mas essas soluções fechadas aumentam a fragmentação da indústria crescente e já lotada.
Para que todos os dispositivos conectados se comuniquem, eles devem estar conectados na mesma plataforma. Ou seja, para alavancar, é necessária uma comunicação clara e eficiente entre as diferentes (idealmente, todas) empresas do ramo.
A internet fornece um ótimo exemplo do problema. Imagine se todos os dispositivos da Apple tivessem sua própria internet específica, incluindo sites e serviços, enquanto a Samsung, Asus e demais marcas tivessem seus próprios sistemas, separadamente. Os resultados estariam longe de serem benéficos; e provavelmente não teríamos a robusta World Wide Web de que todos desfrutamos hoje.
O valor da Internet das Coisas
Apesar dos holofotes sobre as luzes acenderem automaticamente quando o carro chega à entrada da garagem e cia., o verdadeiro valor da Internet das Coisas está nos dados que os dispositivos conectados coletam sobre seus usuários. Imagine um hospital com dispositivos conectados.
Os dados coletados a partir desses dispositivos fornecem informações sobre o status dos pacientes e executam análises nas diversas máquinas de monitoramento. Dessa forma, ajudando o hospital a funcionar da melhor maneira possível.
A coleta de dados dos dispositivos permitirá que consumidores, empresas e até cidades inteiras conectem-se e assim funcionem da forma mais eficiente possível. No entanto, a coleta de grandes quantidades de dados apresenta desafios.
"Alguns dos desafios que ainda precisam ser descobertos estão parcialmente relacionados aos algoritmos que podem processar os dados e fornecer algo valioso", disse Galvez. "O que você está realmente tirando de todos esses dados que está coletando?"
Com a coleta de dados, surgem grandes preocupações de privacidade e segurança para os consumidores. Galvez e Jones concordam que cabe aos fabricantes dos produtos garantir que eles estejam protegendo os dados do usuário. Mas, apesar das preocupações com a segurança, a coleta de dados é um componente essencial da realização da Internet das Coisas e está incorporada ao objetivo final da IoT.
Afinal, o valor derivado dos dados coletados pode variar entre economizar alguns segundos acendendo luzes e salvar a vida de um bebê. Além de uma enorme economia financeira para uma cidade conectada. Galvez explicou que a Internet das Coisas permitirá que mais informações sobre o mundo sejam coletadas, permitindo que os usuários interajam e reajam às mudanças do ambiente e produzam "um impacto econômico drástico". Jones simplesmente estimou que "o potencial econômico desse tipo de ambiente é algo que vai ofuscar a Internet e os dispositivos móveis combinados".
Uma tentativa de definição da Internet das Coisas
Por que a definição de Internet das Coisas do Google é imprecisa?
Você já tentou encontrar uma definição abrangente de Internet das Coisas na internet? Surpreendentemente, a resposta do Google é a seguinte. “Um desenvolvimento proposto da Internet no qual os objetos têm conectividade de rede, permitindo que eles enviem e recebam dados”. Mas espere. A Internet das Coisas, já em 2014/2015 certamente não é mais um “desenvolvimento proposto”! A Internet das Coisas é REAL. E o Google deveria saber disso melhor do que qualquer um. Em janeiro de 2014, o Google adquiriu a Nest, uma empresa que atualmente vende mais de 100.000 termostatos inteligentes por mês.
Alguns exemplos conhecidos de aplicativos da Internet das Coisas hoje são:
- Dispositivos vestíveis / rastreadores fitness (por exemplo, Jawbone Up, Fitbit, Pebble);
- Automação residencial (exemplos: Nest, 4Control, Lifx);
- Monitoramento de ativos industriais (GE, AGT Intl.);
- Medidores inteligentes de energia.
Uma melhor definição da Internet das Coisas
Então, qual é a melhor definição da Internet das Coisas? McKinsey o fez de forma bem sucinta e que parece bastante lógica:
"Sensores e atuadores embutidos em objetos físicos que são vinculados por redes com e sem fio, geralmente usando o mesmo IP (Internet Protocol) que conecta à Internet".
Uma breve história da Internet das Coisas
O termo Internet das Coisas tem cerca de 20 anos. Mas a ideia real de dispositivos conectados já existia há mais tempo, pelo menos desde os anos 70. Naquela época, a ideia era frequentemente nomeada de "internet incorporada" ou "computação difundida". Mas o termo atual “Internet das Coisas” foi cunhado por Kevin Ashton em 1999, durante seu trabalho na P&G. Ashton, que trabalhava na otimização da cadeia de suprimentos, queria atrair a atenção da alta gerência para uma nova e empolgante tecnologia chamada RFID. Como a internet era a nova tendência mais quente em 1999 e porque de alguma forma fazia sentido, ele chamou sua apresentação de "Internet das Coisas".